A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 187

Fabiana voltou para casa.

Ainda não havia entrado quando ouviu os empregados cochichando baixinho atrás da porta:

"O senhor Francisco tem estado tão estranho ultimamente. Antes, ele era tão gentil, sempre sorrindo para todos. Agora, até quando eu o cumprimento, ele me ignora. Comecei a pensar se, de alguma forma, o ofendi."

"Não é uma questão de ter ou não ofendido o senhor Francisco, é que ele tem estado de mau humor recentemente, não importa quem seja."

"É verdade. Outro dia, enquanto eu estava jogando fora o lixo, vi os presentes que a Sra. Fabiana havia dado a ele. Antes, ele valorizava tanto aqueles itens, agora estavam todos no lixo.

Sempre achei que o senhor Francisco fosse alguém de bom temperamento, mas agora percebo que ele muda de humor tão rápido quanto o vento."

Enquanto conversavam baixinho, riam com uma delicadeza extrema.

Mas o som desse riso soou para Fabiana como um tapa na cara

Os presentes que ela deu para Francisco foram diretamente jogados no lixo?

E agora ela se tornou motivo de piada para as empregadas nas horas vagas!

Os olhos de Fabiana se encheram de fúria.

Inicialmente, ela estava hesitante sobre a proposta de Henrique, dizendo que precisava de tempo para pensar.

Mas, com a sensação de humilhação fervendo dentro dela, qualquer dúvida que restava desapareceu completamente.

Fabiana entrou em casa como se nada tivesse acontecido.

Ao vê-la, os dois empregados que estavam podando galhos secos a cumprimentaram em uníssono: "Sra. Fabiana".

Fabiana fez um leve aceno de cabeça, sorrindo docemente antes de perguntar:

"O Márcio já chegou em casa?"

Os empregados responderam respeitosamente: "O Sr. Márcio está no quarto."

Sem dizer mais nada, ela entrou, preparou um café e caminhou até a porta do quarto de Márcio. Ela bateu levemente.

Do interior, veio a voz um pouco cansada de Márcio: "Entre."

Fabiana abriu a porta e encontrou Márcio sentado ao lado da mesa de trabalho.

A luz do quarto estava fraca, mas o computador estava ligado. A luz da tela iluminava o seu rosto.

Ele parecia exausto, com olheiras profundas, e o cansaço claramente estampado em seu rosto.

Márcio, sendo dono de sua própria empresa, precisava cuidar pessoalmente dos negócios. Além disso, tinha de atender às demandas de Isabela, assumindo mais responsabilidades no Grupo Matos.

E sempre que ele desabafava suas queixas com Isabela, ela respondia com indiferença, dizendo que, na época em que o Grupo Matos precisou passar por uma grande transformação, ela enfrentou dificuldades e exaustão muito maiores.

O que ele estava vivendo agora, segundo ela, nem se comparava ao que ela suportou naquela época.

E Vitor, de uma forma mais ponderada, o aconselhou que, como homem, ele deveria suportar o trabalho árduo.

E que ele não deveria reclamar por um pouco de cansaço ou dificuldade.

Márcio não estava reclamando porque não aguentava o trabalho, mas porque, de forma inconsciente, buscava consolo.

Porém, ninguém parecia perceber isso.

Naquele momento, Fabiana usou apenas algumas palavras simples, mas conseguiu confortar o seu coração:

Em toda a casa, somente Fabiana era capaz de compreender sua dor e seu cansaço.

Nessa fração de segundos, Márcio sentiu seu coração se amolecer consideravelmente.

Ele balançou a cabeça: "Só tem um pouco mais de coisas para fazer do que antes, mas não estou cansativo."

De repente, Fabiana falou: