A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 37

Antes mesmo de Leonardo perguntar qualquer coisa, Mônica rapidamente recuou a mão, puxando a manga para baixo, como se tivesse tocado em brasa.

Com as mãos para trás, ela murmurou: "Parece sério, mas na verdade não dói nada."

"Como você se machucou? Como pôde ser tão descuidada?"

Ela sabia que, mais cedo ou mais tarde, teria que revelar a Leonardo sua complicada relação com a família Santos.

Então, decidiu não esconder nada e contou tudo o que aconteceu.

Revelou que, no momento em que o tapa de Márcio estava para acertá-la, poderia ter se esquivado, mas escolheu não fazê-lo.

Foi uma escolha intencional.

Ela sabia que, por conta de sua condição física especial, qualquer tapa de Márcio, fosse leve ou forte, deixaria uma marca intensa.

Queria usar essa marca como justificativa para se afastar de Francisco e Márcio.

Ao terminar, Mônica abaixou a cabeça, encolhendo-se como uma criança que havia feito algo errado.

Admitiu que agiu de forma calculista naquele instante, e que suas ações não foram exatamente nobres.

A família Cruz sempre prezou por princípios sólidos, e Leonardo era alguém íntegro e até meticuloso em suas ações; talvez ele não tolerasse deslizes.

Mas agora ela e Leonardo eram marido e mulher, e ela sentia que precisava ser honesta com ele.

Querendo ou não, essa era a sua essência.

Leonardo permaneceu em silêncio por um longo tempo.

Tempo suficiente para que Mônica começasse a pensar que suas ações seriam vistas com desprezo e que talvez ele até a repreendesse.

No entanto, Leonardo de repente a abraçou.

O inesperado abraço fez com que o corpo de Mônica ficasse um pouco rígido.

Ela não estava habituada a contatos íntimos com o sexo oposto, especialmente com Leonardo, a quem conhecia há apenas alguns dias e com quem ainda não tinha intimidade.

Até mesmo com Samuel era assim.

Mas o abraço de Leonardo era quente.

Seu rosto pressionado contra o peito dele, o aroma suave de madeira invadia suas narinas, e o som do coração dele, firme e constante, trazia uma tranquilidade inexplicável ao seu coração.

Ela foi relaxando aos poucos.

Então, ouviu a voz de Leonardo, grave, clara e intensa como o vento frio da noite.

"Dói ver minha Sra. Cruz, tão forte e ainda assim vulnerável."

Mônica sempre se via como alguém blindada, sem fraquezas, forte o suficiente para enfrentar qualquer tempestade sozinha.

Achava que não possuía um lado frágil.

Mas naquele momento, com apenas algumas palavras de Leonardo, ela se sentiu desarmada.