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"Você precisa voltar e pedir desculpas ao Samuel, e com isso, encerramos o assunto."
Com um ar de compaixão e um tom leve, como se toda a situação fosse apenas um capricho dela, causando transtornos desnecessários aos outros.
Durante três anos, Rebeca manteve essa postura, com um semblante gentil e amável, mas, na realidade, agindo de forma arrogante, acreditando ser moralmente superior e menosprezando a todos.
Mônica sorriu.
"Senhora, desde que eu era pequena, nunca soube me conter e, quando fico com raiva, costumo sair de casa."
E ela nunca gostou de se rebaixar para pedir desculpas a alguém.
Além disso, Samuel e ela já terminamos.
Ela nunca foi de se submeter na família Machado, sempre foi conhecida por seu temperamento difícil e teimosia.
Aqueles três anos de submissão foram uma tentativa de ter uma vida harmoniosa com Samuel, mantendo suas arestas sob controle.
Ela aguentou por três anos, mas agora não queria mais se conter.
Mas, Rebeca não se irritou, falando suavemente.
"Mônica, eu entendo que está com raiva, e não tenho segundas intenções, estou apenas pensando no que é melhor para você. Às vezes, as brigas acabam desgastando o amor."
"Pense bem, Samuel sempre teve um gênio difícil e é orgulhoso desde pequeno. Se você ceder um pouco, abaixar a cabeça, essa situação pode se resolver."
Mônica estava prestes a desligar, mas o celular foi tomado por Luciana.
"A Mônica também tem um temperamento difícil e é orgulhosa. Conheço-a há anos e nunca a vi abaixar a cabeça para ninguém. O que o seu filho tem de especial para ser a exceção?"
"Por que você não pede para seu filho se acalmar um pouco, e abaixar a cabeça?"
"Ah, claro, quase me esqueci: seu filho é o centro do mundo, e todos devem girar ao redor dele. Ele não precisa se rebaixar, já é baixo."
"Mônica, eu entendo que você esteja brava. Podemos conversar melhor quando você se acalmar."
Rebeca manteve seu tom gentil e desligou o telefone.
Luciana percebeu que Rebeca estava confiante de que Mônica não deixaria o filho, por isso agiu com tanta calma.
Seu coração se apertou de dor.
Embora Mônica não fosse bem-vinda na família Santos, ela sempre fora a queridinha da família Matos, muito amada por seus avós, Felipe Matos e Mariana.
"Quando você estava na Ilha da Pedra Pintada, em que momento deixamos que você passasse por qualquer humilhação? E quem pensa que essa família Machado é para te fazer passar por isso?"
Durante esses três anos, Mônica nunca falou sobre como era sua vida na Cidade das Araucárias.
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