Abaixar a Cabeça? Impossível! romance Capítulo 138

O viva-voz estava ativado.

O tom de adoração na voz de Jeferson ao falar com Sylvia era tão evidente que Robson conseguia ouvir tudo claramente…

Uma Sylvia tão mimada, e a Família Menezes ainda tinha coragem de tratá-la de qualquer jeito. O que se podia dizer sobre pessoas assim?

"Robson? Por que está perguntando dele?"

Sylvia respondeu de forma tranquila: "Só queria saber… Você acha que ele é uma boa pessoa?"

Houve um breve silêncio na linha.

Quando Jeferson finalmente voltou a falar, seu tom expressou uma frieza perceptível.

Ele perguntou, de forma gelada: "Sylvia, você gosta dele?"

Sylvia: "..."

Robson: "..."

Não, espere...

Ela só estava perguntando sobre o caráter de Robson, se ele era confiável. Como Jeferson chegou a uma conclusão tão absurda?

E mais, o que significava aquele tom visivelmente descontente em sua voz?

O canto dos lábios de Sylvia tremeu ligeiramente. "Não é isso, Jeferson. Eu só estava perguntando, nada além disso."

"Ele não consegue nem cuidar da própria família. Esse tipo de pessoa não é confiável. Esqueça ele."

A voz de Jeferson estava visivelmente mais dura.

Sylvia suspirou: "Eu realmente não gosto dele dessa maneira."

"Vou buscá-la para almoçar ao meio-dia. Se comporte. Até mais."

Jeferson desligou abruptamente antes que Sylvia pudesse dizer qualquer outra coisa.

Robson, que estava esperando por uma resposta clara e positiva, ficou completamente atônito.

Por que ele tinha a impressão de que uma tempestade estava prestes a se formar?

Sylvia virou-se para ele e disse com um olhar impassível: "O senhor ouviu, Sr. Fonseca? Na opinião do meu irmão, você não tem credibilidade alguma."

"Então é por sua causa!"

"Não é por minha causa, é por causa da Susana. Através do comportamento dela, meu irmão notou muitas coisas."

Robson ficou ainda mais ansioso: "Nossa parceria não tem nada a ver com Susana! Ela não tem qualquer vínculo com a empresa."

Sylvia respondeu, com um tom mais firme: "Na visão do meu irmão, se alguém não consegue administrar os problemas da própria casa, isso reflete na integridade dessa pessoa."

Robson, então, perguntou: "A Família Resende é como a Família Menezes?"

"O quê?"

Robson continuou: "Você também é apenas uma filha adotiva na Família Resende, mas parece que eles a tratam bem. Como eles tratam a filha de sangue?"

Ao ouvir isso, o semblante de Sylvia endureceu imediatamente.

"Você está comparando a Família Resende com a Família Menezes?"

Comparar a Família Resende com aquela gente? Que absurdo!

A diferença entre as duas era tão grande quanto o céu e a terra.

A Família Menezes, com seus negócios medianos e ambições desproporcionais, era um amontoado de desordem!

Kesia, com sua astúcia, havia manipulado todos eles. A Família Menezes acreditou cegamente em suas palavras, a ponto de expulsar sua própria filha de casa sem um pingo de compaixão.

Como alguém que falha em enxergar as questões mais básicas poderia ser comparado à Família Resende?

A Família Resende, por outro lado, fosse de sangue ou de coração, permanecia unida...

Os interesses de seus membros eram entrelaçados, e sua segurança era prioridade absoluta.

Ao perceber a expressão séria e fria de Sylvia, Robson sentiu um aperto no peito e murmurou, com um tom quase arrependido: "Desculpa."