Abaixar a Cabeça? Impossível! romance Capítulo 262

Nesse momento, a voz de Kesia se embargou de emoção.

Essa frase, vinda de sua própria filha, fez o coração de Glenda disparar de raiva.

Ela queria dizer que já havia cortado relações com Sylvia, mas pensando na situação atual da empresa...

Pelas palavras de Teodoro Menezes, parecia que o destino de toda a empresa estava agora nas mãos de Sylvia.

Kesia chorou sem conseguir formar palavras: "Eu sempre a tratei como uma irmã, por isso não queria que ela se transformasse nisso."

"Chega."

Foi Ricardo quem interrompeu.

Naquele momento, suas têmporas latejaram intensamente.

Kesia e Glenda perceberam a irritação na voz de Ricardo e olharam para ele confusas.

Ricardo sentiu um aperto no peito: "A Sylvia foi criada pela família Simões."

Kesia: "..."

Glenda: "..."

Ao ouvir isso, as duas ficaram petrificadas.

Glenda, prendendo a respiração: "O que... o que você quer dizer com isso?"

O que significava o fato dela ter sido criada pela família Simões?

Kesia, igualmente confusa, olhou para Ricardo: "Sim, Ricardo. O que você sabe?"

Ela cresceu no seio da família Simões? Sylvia?

A família Simões de Paris? Sua presença era temida por todos.

Ricardo fechou os olhos. A ideia de Sylvia ser membro da família Simões fez com que todo o seu corpo ficasse tenso.

"A Sylvia é a irmã de Jeferson Simões."

Jeferson Simões.

Jeferson Resende?

Elas já tinham ouvido esse nome antes, mas não sabiam que era o famoso Sr. Resende.

Seu pai era brasileiro e sua mãe francesa, e seu pai havia obtido grande sucesso em Paris.

"Jeferson Simões, Sr. Resende?"

Kesia entendeu, olhando para Ricardo com a respiração acelerada.

Ela mal podia acreditar que Sylvia era irmã do famoso Sr. Resende, de Paris.

Kesia respirou fundo várias vezes em silêncio.

Cresceu na família Simões de Paris, irmã do temido herdeiro Sr. Resende…?

Kesia e Glenda trocaram olhares.

Naquele momento, a respiração de Glenda parou completamente.

Kesia levantou a cabeça: "Ricardo, você tem certeza?"

Sylvia estava escondida debaixo das cobertas, recusando-se a sair a qualquer custo.

Um som abafado veio de dentro das cobertas: "Saia! Saia logo."

"Sylvia, esse tipo de machucado não é brincadeira. Deixe-me ver..."

"Você ainda está falando disso… Se continuar, vou começar a te ignorar."

Havia um certo tom de irritação em sua voz.

Jeferson, sem escolha, estendeu a mão para puxar as cobertas sobre sua cabeça, mas Sylvia se enrolou ainda mais.

"Você ainda está puxando? Ah… vou ligar para a mãe."

Ao ouvir isso, Jeferson hesitou por um momento.

Então, ele simplesmente a pegou, com cobertores e tudo, e a sentou em seu colo.

"Ai, está doendo…"

O grito abafado de Sylvia foi ouvido quando Jeferson tirou as cobertas do rosto dela.

O que entrou nos olhos foi o rostinho de Sylvia, já completamente vermelho de tanto segurar.

Jeferson ficou com uma expressão séria.

Sylvia olhou para ele com olhos grandes, ainda com lágrimas nos olhos, e parecia extremamente dócil.

Jeferson, sem saber o que fazer, soltou um suspiro: "Está doendo muito?"

Sylvia assentiu com a cabeça, parecendo muito triste.