Abaixar a Cabeça? Impossível! romance Capítulo 268

Esfregando as mãos frias, ele estava prestes a avançar inconscientemente.

No entanto, foi nesse momento que ele percebeu que suas pernas estavam tão frias que ele não conseguia mais sentir nada. Ao dar um passo, ele quase caiu no chão.

"Sr. Resende, Sylvia."

Teodoro se firmou, cambaleando para perto de Jeferson, mas foi impedido pelos seguranças.

Teodoro ficou visivelmente assustado.

"Sylvia? Sylvia!"

Ao ver a expressão fria no rosto de Jeferson, Teodoro voltou seu olhar suplicante para Sylvia.

O rosto de Sylvia permaneceu escondido nos braços de Jeferson, sem lhe dar qualquer resposta.

"Sr. Resende, precisamos ter uma conversa. E Sylvia, você realmente entendeu errado sobre papai e mamãe. Diga, o que você quer afinal? Papai e mamãe vão satisfazer seus desejos, está bem?"

Teodoro falou com um tom de urgência.

Maldita Glenda! Sempre criando problemas para ele.

E, naquele momento, Sylvia sequer dirigia o olhar para ele. Por dentro, Teodoro sentia-se mais insatisfeito do que nunca com Glenda.

Jeferson colocou Sylvia no carro, que já estava aquecido.

Enquanto Teodoro ainda tentava chamar Sylvia, Jeferson fechou a porta do carro.

Com um olhar gelado, Jeferson encarou Teodoro e, no momento em que seus olhos se encontraram, Teodoro engoliu involuntariamente.

"Sr. Resende."

Com um traço de ironia em seu olhar frio, Jeferson perguntou: "O Sr. Menezes acha que ela precisa do senhor para satisfazer o quê?"

Teodoro: "..."

Ao ouvir isso, ele sentiu sua respiração se contrair novamente.

Sim, do que mais Sylvia precisaria, tendo crescido na família Simões?

Ela provavelmente nunca precisou de nada desde que era pequena, certo?

Ao pensar em Sylvia voltando para a Família Menezes, com aquela mesada cada vez menor, Teodoro se sentiu extremamente envergonhado.

Jeferson riu sarcasticamente: "Tudo o que está acontecendo no Grupo Menezes agora não tem nada a ver com ela. Não procurem mais por ela."

"Ela também não tem mais nada a ver com vocês!"

Teodoro: "..."

Não tem mais nada a ver com vocês!"

Essas palavras fizeram Teodoro sentir ainda mais frio.

Se fosse para analisar com cuidado, Sylvia e eles, além do laço de sangue...

No entanto, assim que terminou de falar, sentiu sua mão esvaziar quando Jeferson, irradiando uma frieza intensa, entrou no carro.

Com a janela do carro entreaberta, Jeferson olhou para ele com um olhar penetrante: "Se o Sr. Menezes acha que foi um mal-entendido, então alguém precisa assumir a responsabilidade por esse mal-entendido."

"Como vocês são os pais dela, naturalmente isso é ainda mais imperdoável. O que o Sr. Menezes acha?"

Aqueles que deveriam cuidar dela com mais zelo acabaram empurrando-a para a beira da morte, quase fazendo com que ela não voltasse.

Teodoro: "..."

A expressão "imperdoável" atingiu o coração de Teodoro como um trovão retumbante.

Seu rosto, já pálido por causa do frio, ficou ainda mais branco quando ouviu as palavras de Jeferson.

Justamente quando ele estava prestes a dizer algo.

A janela do carro se fechou e o veículo partiu. Ele se moveu para frente instintivamente, mas escorregou, quase caindo no chão.

Quando ele conseguiu se equilibrar novamente, tudo o que restou foi a visão da traseira do carro se afastando.

O vento gelado cortava a pele do lado de fora.

Dentro do carro, o ambiente era aconchegante. Jeferson, sentindo-se um pouco sufocado, abraçou Sylvia: "Por que você não a matou naquele momento?"

Sylvia, fungando levemente pelo nariz, olhou para Jeferson: "Eu estava sozinha, e havia tantas pessoas do lado dela que não consegui vencer."

Essa confissão de incapacidade fez com que os olhos de Jeferson escurecessem, irradiando uma frieza incalculável de um ângulo que Sylvia não conseguia ver.