Abaixar a Cabeça? Impossível! romance Capítulo 590

Caso contrário, será que acham mesmo que Valentina Simões faz caridade?

Ao ouvir Sra. Simões mencionar Emerson, um traço de preocupação também passou pelos olhos de Sylvia.

Afinal, aquele homem morou no coração de Luana durante tantos anos.

Naquela época, ela quase enlouqueceu...

Agora, olhando para Luana, ela não parecia ter nenhum problema, mas quem sabia o que realmente suportava por dentro?

Talvez, quanto mais alguém aparentasse ser desapegado, mais escondia suas dores?

...

Quando Jeferson voltou para casa após resolver seus assuntos,

viu Sylvia exausta, sentada no sofá, ainda vestindo o vestido de noiva que não havia trocado.

A empregada lhe ofereceu um copo de suco de laranja fresco. "Senhorita, tome um pouco de suco e descanse."

Sylvia assentiu. "Obrigada."

Ela até gostava do sabor do suco de laranja, mas naquele momento, ao beber, parecia estranho.

Deu dois goles e já não quis mais, devolvendo o copo à empregada.

A empregada perguntou, preocupada: "O que houve, senhorita? O suco de hoje está forte demais?"

Sylvia balançou a cabeça. "Não quero mais, não desce."

As grávidas têm o olfato e o paladar mais sensíveis; aquele suco de laranja que antes era tão comum agora parecia ter um gosto esquisito.

Ao ver Jeferson chegando,

a empregada cumprimentou com respeito: "Sr. Robson."

Jeferson acenou com a mão, indicando para todos saírem.

A empregada assentiu e fez sinal para os funcionários que ajudavam Sylvia a experimentar o vestido de noiva saírem também.

Restaram apenas Sylvia e Jeferson. Ele se sentou ao lado dela, puxando-a suavemente para o seu colo.

"Cansada?"

Sylvia se aconchegou, procurando uma posição confortável. "Uhum. Por que você voltou tão rápido?"

Jeferson respondeu: "Terminei o que precisava fazer e voltei antes. E minha mãe?"

"Recebeu uma ligação e acabou de sair, saiu até meio apressada."

Pouco antes, tinha dito que ia ajudá-la a experimentar o vestido, mas acabou se ocupando.

Todos na família estavam sempre tão ocupados, só ela parecia estar ali sem fazer nada.

Antes era assim, e continuava sendo.

Jeferson afagou os cabelos dela, e Sylvia se aconchegou ainda mais. "Você vai mesmo deixar Luana casar com aquele Fabio?"

Desde pequena, sempre foi muito bem protegida por toda a família Simões.

No coração de todos, ela era sempre uma criança, e agora que havia voltado, todos continuavam a tratá-la como tal.

Em decisões importantes, naturalmente, ela não tinha espaço para opinar.

Ouvindo seu resmungo teimoso, Jeferson riu de leve: "Sim, já cresceu, vai ser mãe e tudo."

"Então, por que ainda diz que sou criança?"

Sylvia resmungou.

Vendo seu rosto emburrado, Jeferson apertou carinhosamente o narizinho dela. "Quer experimentar mais?"

Ainda não tinham terminado de provar o vestido de noiva.

Sylvia balançou a cabeça. "Não quero mais, estou exausta."

Experimentar roupa também era de matar qualquer um!

Jeferson disse: "Então troque de roupa, vou te levar para jantar na casa da vovó."

"Voltar para a Família Simões?"

"Sim", Jeferson assentiu.

O rostinho de Sylvia se iluminou com um sorriso; ela também estava com saudade da vovó e do vovô.