Abaixar a Cabeça? Impossível! romance Capítulo 593

Uma frase – "Nosso chefe foi agredido por você" – fez com que Luana imediatamente entendesse quem eram os recém-chegados.

Quando Fabio ouviu isso, ele largou o que estava fazendo, relaxando.

Kail, ao perceber, soltou um suspiro de alívio…

Não era para menos, ele realmente temia que a situação explodisse ali mesmo, o que não lhe traria nenhum benefício.

Fabio cruzou os braços e olhou para Luana com um ar divertido, como se estivesse prestes a assistir a um espetáculo.

Luana resmungou: "Querem uma explicação do quê?"

Continuem, continuem gritando.

Será que não seria melhor dar um megafone para eles gritarem? Parecia até que era motivo de orgulho o chefe deles ter sido espancado.

E ainda querem explicação…

Precisava mesmo que ela, diante de todos, expusesse os motivos que levaram Emerson a apanhar?

Quem se apresentava era Humberto, o braço direito de Emerson. O homem retirou os óculos escuros do rosto.

Com frieza, soltou duas palavras: "Tem que pagar."

Luana: "…"

Kail: "…" Como é? Pagar?

Depois de tantos anos de brigas, era a primeira vez que ouviam algo do tipo.

Quando Luana escutou aquele "tem que pagar", seus lábios se contraíram involuntariamente.

Teria ouvido certo?

Emerson fora nocauteado por ela, e agora um dos seus vinha cobrar indenização? Aquilo soava tão absurdo…

Lançou um olhar furioso para Fabio, que assistia à cena: "Foi você quem teve algo roubado. Eu fui lá, recuperei para você e acabei batendo na pessoa. Agora querem indenização, escutou? Tem que pagar."

Pagar?

Num círculo como o deles, aquela fala beirava o ridículo, de fazer qualquer um morrer de rir.

E aquele desgraçado do Fabio…

Tudo começara por causa dele, e agora estava ali de espectador? O que significava aquilo?

Era como se nunca tivesse visto um espetáculo antes. E, de fato, parecia que ele se divertia com qualquer situação.

Fabio arqueou uma sobrancelha: "Como seria esse pagamento?"

Luana olhou para Humberto: "É, como seria?"

Era realmente algo inusitado.

Solicitaram compensação.

Luana estava curiosa para saber que tipo de exigência fariam.

Já tinha presenciado situações absurdas, mas aquela superava todas.

Humberto disse: "Como pagar, só nosso chefe pode decidir. Sra. Resende, poderia nos acompanhar?"

Kail interveio: "Isso não é apropriado, não acham? Eles estão prestes a se casar, não seria meio estranho levá-la agora?"

Fabio apertou os lábios, olhando para Humberto com um ar perigoso.

Luana encarou Fabio: "Prestando para casar, vai deixar?"

O rosto de Fabio se fechou.

Aquela mulher sabia mesmo se sair das situações. Não era à toa que ela e Emerson tinham se envolvido no passado.

Olhem só a audácia…

"Quer mesmo me envolver nos seus assuntos com Emerson?"

Luana respondeu: "Ora, se vai casar comigo, meus problemas são seus também."

Pois que venha, não era casamento que queria?

Fabio soltou uma risada seca.

Olhou perigosamente para Humberto: "Minha esposa não vai com vocês."

As palavras "minha esposa" saíram de Fabio entre dentes cerrados.

O semblante de Humberto escureceu.

A mãe dela desapareceu, e a antiga líder da Sombra foi capturada.

Íris ficou imediatamente nervosa.

Sylvia: "…"

Íris: "O que eu faço, Sylvia? Estou desesperada."

Ela tentava ligar para a mãe, mas não conseguia contato nenhum.

Pensando bem, só podia concluir que a mãe era mesmo a antiga líder da Sombra.

Sylvia: "Calma, vou confirmar tudo por aqui."

Se a Lurdes que a Sombra recapturou fosse realmente a mãe de Íris, então precisavam agir rápido.

Íris: "Sylvia, estou contando com você, preciso da sua ajuda."

Em relação a Felipe, Íris estava inquieta; até encontrar-se com ele era complicado agora.

Sentia que só causava problemas…

Sylvia: "Sim, eu sei."

Ainda tranquilizou um pouco Íris antes de encerrar a ligação.

Olhou para Jeferson ao seu lado.

Jeferson sabia bem o que ela pensava, e acariciou carinhosamente sua cabeça: "Fique tranquila, Felipe vai cuidar desse assunto."

Se houvesse preocupação, não seria deles.

Ao ouvir o nome de Felipe, Sylvia não pôde evitar uma careta – era inegável, Íris agora…

Se dissesse que Íris não fazia de propósito, teria que desconfiar que, antes de Felipe assumir, Íris realmente não tinha controle sobre si mesma.

Só de lembrar que Íris rasgara novamente as roupas de Felipe, Sylvia ficava apreensiva: "O Sr. Rios vai ajudar ela?"

"Vai."

Sem dúvida alguma.

Jeferson respondeu sem hesitar.