Abaixar a Cabeça? Impossível! romance Capítulo 627

Jeferson havia escolhido um vestido azul-claro para Sylvia, porque sua gravata naquela noite também seguia a mesma paleta de azuis.

Saíram da sala de chá.

Fabio e Luana, por alguma razão, haviam começado a discutir de novo.

Pouco antes, tinham esclarecido tudo sobre a questão do "dinheiro", mas acabaram se desentendendo mais uma vez.

Prestando atenção, deu para perceber o motivo.

Parecia que Fabio tinha chamado Luana de falsa? Aquilo, Luana não podia aceitar; ela vinha fazendo caridade discretamente há tantos anos.

Ser acusada assim por Fabio não só a deixou irritada, como também provocou uma briga física...

"Você, com essa inteligência emocional de uma porta, essa boca inútil, quer ver se eu não arranco ela pra você aprender!"

Luana falou e já partiu para a ação.

Fabio segurou a cintura fina dela, e Luana, que detestava ser tocada ali, ficou ainda mais furiosa.

"Onde pensa que está pondo a mão? Tira a mão de mim agora!"

E já levantou a mão, pronta para dar um tapa em Fabio.

Fabio fechou a cara na hora: era inacreditável, com outras mulheres bastava tocar ali para amolecerem.

Mas Luana se transformava numa verdadeira furacão.

Ele segurou o pulso delicado dela: "Chega, você acha que eu faço questão de te tocar? Nem de graça eu aceitaria."

"Se não quer, por que encosta? Seu desgraçado..."

Luana levantou a outra mão para bater nele.

Fabio já estava com dor de cabeça de tanta raiva.

"Eu não quero e, sinceramente, ninguém mais vai querer você. Pode esperar sentada, porque vai terminar sozinha."

Essas palavras foram cruéis.

Especialmente para uma mulher, ainda mais uma sem defeitos, ser amaldiçoada assim — quem conseguiria engolir?

Luana, definitivamente, não.

"Seu idiota, desgraçado!"

Fabio: "Temperamento difícil, e ainda preta como carvão, estou só falando a verdade. Pode perguntar pra alguém aí fora quem gostaria de você."

Luana: "..."

Hoje, se não arrancasse a boca dele, não conseguiria se acalmar.

Sylvia e Jeferson trocaram olhares.

Naquele momento, Sylvia queria intervir, mas Jeferson a puxou para longe.

Só pararam quando chegaram no andar de cima.

No baile.

Normalmente, em festas assim, a comida nunca é suficiente. E agora, Sylvia estava grávida, então a família a colocava em primeiro lugar.

A Sra. Simões ficou do lado de fora.

Ela ligou para casa: "Peça para a cozinha preparar algo para a Sylvia. Que ela coma alguma coisa antes."

"Sim, senhora."

O mordomo respondeu respeitosamente.

Na verdade, nem precisava se preocupar; Jeferson já tinha organizado tudo.

E Sylvia, além disso, estava sonolenta.

Jeferson a levou de volta ao quarto, planejando que ela dormisse uma hora antes de comer algo e só então descer novamente.

Assim que entraram no quarto, Jeferson recebeu uma ligação.

Ninguém sabia o que foi dito, mas seu semblante mudou sutilmente. Ele tapou o telefone e olhou para Sylvia.

"Descanse um pouco. Depois, vá com a Luana para a festa, sem pressa, está bem?"

Sylvia: "Já vai trabalhar de novo?"

Desde que tinham voltado para Paris, Jeferson parecia estar sempre ocupado.