Ouvindo o tom especialmente tranquilo de Sylvia sobre deixar Felipe cuidar do assunto, Íris, naquele momento, sentiu-se um tanto sem palavras.
Com um quê de mágoa, ela exclamou: "Sylvia".
"Hã? O que foi?"
Sylvia já estava na porta, de olho nos movimentos de Fábio e Luana do lado de fora, enquanto respondia a Íris.
Com aquele chamado carregado de tristeza, metade da atenção de Sylvia imediatamente voltou para Íris.
"Por que esse tom de lamento agora? Fique tranquila, o Sr. Rios é muito confiável. Veja só, mesmo estando ao lado dele nesse tempo, você passou por perigos, mas nunca se machucou. Só prova que ele é uma pessoa em quem se pode confiar."
"..."
"Então pode ficar sossegada. Ele cuidando disso, só vai fazer você ver sua mãe mais rápido."
Íris disse: "Ele me pediu uma recompensa."
Sylvia: "!!!"
O quê...?!
"Re-recompensa?"
"Isso, recompensa." Sendo que aquela ordem tinha vindo do Jeferson, e mesmo assim ele veio cobrar recompensa dela.
Ao ouvir a palavra ‘recompensa’, Sylvia deixou de lado qualquer pensamento sobre Luana.
Perguntou sem entender: "Que recompensa? Ele quer dinheiro?"
"Eu disse que não tenho dinheiro, ele pediu outra coisa em troca, e ainda falou que não aceita fiado de jeito nenhum."
As palavras "outra coisa em troca" e "fiado", Íris pronunciou com raiva contida.
E Sylvia percebeu exatamente o ponto principal.
"Outra coisa em troca? Se você não tem dinheiro, o que mais você tem?"
Na cabeça de Sylvia, Íris sempre tivera dinheiro.
Claro, isso era quando a mãe dela estava bem, e dinheiro não faltava.
Agora que a mãe passava por aquela situação, era impossível Íris conseguir uma soma considerável.
Se Felipe realmente quisesse dinheiro, Sylvia pensou até em ajudar Íris a pagar.
Mas Íris acrescentou: "Ele disse que não quer dinheiro."
Sylvia: "Hã?"
Íris: "Ele falou que só aceita outra coisa em troca, afinal, dinheiro não falta para ele."
Foi isso que Felipe lhe dissera.
A fala de Íris deixou Sylvia ainda mais intrigada.
"Então o que ele quer?"
Felipe falava a verdade, ele realmente não precisava de dinheiro.
Mas e esse ‘outra coisa’? O que Íris teria? Sylvia não se lembrava de mais nada que Íris pudesse oferecer.
Será que era "aquela empresinha da mãe dela?"
"Bem, você não tinha dito que ia casar com ele? Se casar, não tem mais essa de fiado, afinal de contas, família é família."
Íris: "..."
Olha só, que conversa é essa?
Por que Sylvia também estava começando a não soar tão confiável?
"Se eu casar com ele e ele também exigir alguma condição, não vou ter como cumprir. Casar com mulher tem dote, mas com homem não precisa?"
Sylvia: "..." É mesmo.
Mas espera, será que o Sr. Rios é do tipo que pediria dote?
Íris: "Eu estou sem um tostão, com que vou casar com ele?"
A fala saiu com um tom de tristeza.
Sylvia: "..."
A cabeça já estava confusa. Ela decidiu: "Vou pedir para alguém perguntar de uma vez o que o Sr. Rios quer. Sério, por que não fala logo de uma vez?"
Nada mais irritante do que ter que adivinhar o que o outro quer, não é?
E era exatamente assim que Íris se sentia agora: irritada.
Íris: "Então agiliza isso, Sylvia, agora estou contando só com você."
"Pode deixar, eu sei, fique tranquila. Assim que tiver notícias, te aviso."

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Abaixar a Cabeça? Impossível!
Cadê a atualização do livro?...
Gente cadê as atualizações desse livro, parou de vez, se sim, dêem fim nele no aplicativo para que mais pessoas não caiam na armadilha de começar a ler 😡...
Por favor postem mais capitulos atè o final estou amando!!...
Quando terà outros capitulos?? Por que demora tanto?? Por favor postem logo atè o final!!...
Esse livro parou?...
Gente!! tem mais capitulos? adorando essa leitura. Nunca ri tanto com essas confusoes. Ansiosa pra ver como termina. Obrigada...