Abaixar a Cabeça? Impossível! romance Capítulo 645

Área de descanso.

Como a área de alimentação estava um pouco cheia, Luana ficou preocupada que algo pudesse acontecer com Sylvia, afinal, ela realmente não podia se dar ao luxo de ter qualquer contratempo agora.

Levou Sylvia até a área de descanso: "Fique aqui me esperando um instante, vou buscar algo pra você comer."

Sylvia: "..."

Em casa não era ela mesma que não deixava comer?

Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, Luana já havia se virado e ido embora. Sylvia sentou-se no sofá, puxou o casaco um pouco mais para si.

Apesar de a temperatura do ambiente estar agradável, desde que engravidara, ela sentia mais frio sem motivo aparente.

No pescoço ainda estava o cachecol que Jeferson acabara de lhe dar.

Um garçom trouxe água para ela. Sylvia pegou: "Obrigada."

"A senhorita gostaria de comer alguma coisa? A área de alimentação fica logo ali."

Sylvia: "Não precisa, minha irmã foi pegar algo pra mim, obrigada."

"Por nada."

Vendo que ela não precisava de mais nada, o garçom fez um aceno respeitoso e se afastou.

Quando restou apenas Sylvia, ela olhou para o copo de água na mão, pensou um instante, mas não bebeu, apenas o colocou de lado.

Pegou o celular e viu uma mensagem de Íris: [Sylvia, você lembra quando eu disse que queria casar com o Felipe, ele não aceitou, mas por que agora o prêmio virou eu?]

[Será que ele só tá de olho no meu corpo? Daquele tipo que não quer se responsabilizar?]

Sylvia: "!!!"

Uhm…

Essa análise deixou sua mente, já confusa, ainda mais bagunçada.

Na verdade, com Felipe e Íris morando juntos, Sylvia também não sabia realmente o que poderia ter acontecido entre eles.

Então, ao ver isso, especialmente a frase "de olho no meu corpo", Sylvia não conseguiu evitar que o canto da boca tremesse levemente.

Respondeu: [O Sr. Rios provavelmente não está interessado só no seu corpo.]

Íris respondeu rápido: [Por quê?]

Sylvia: [Não me pergunta, eu não sei.]

Falar a verdade ofende, e de forma indireta ela também não sabia como dizer, então preferiu não falar mais nada.

Íris: [Você tá dizendo que eu sou feia, que não tenho um corpo bonito?]

Pessoa 1: "O quê? Isso..."

A mulher parecia chocada com o que ouviu.

Pessoa 2: "Senão, por que ela apoiaria tanto? Coitado do Sr. Resende, ninguém sabe se o que saiu nas notícias há três anos é realmente verdade."

Pessoa 1: "Olha, faz sentido. A Família Landim queria arranjar casamento entre a filha deles e o Sr. Resende, a Milia gosta dele desde o colégio, mas acabou perdendo pra irmã adotiva."

Pessoa 2: "Afinal, é filha de verdade, né? Vai ver o Sr. Resende é que foi adotado. Você não viu como a Sra. Valentina sempre mimou a filha adotiva, até buscava ela na escola."

Pessoa 1: "O Sr. Resende é que é azarado, casar com uma mulher dessas? Antigamente já diziam que a Sra. Simões tinha algo com outro homem."

Como havia pouca gente ali, as duas falavam sem qualquer pudor, os comentários tornavam-se cada vez mais absurdos, quase difamando toda a Família Resende.

Os olhos de Sylvia se estreitaram levemente. Com calma, guardou o celular na bolsa, levantou-se, pegou o copo de água que não havia bebido.

Virou-se e foi na direção das duas.

As duas, entretidas na conversa, nem perceberam que Sylvia se aproximava.

Quando Luana chegou com a comida, viu Sylvia derramando o copo de água na cabeça de uma das mulheres.

Ela se enganara... Sua Sylvia não era nenhuma flor de estufa.

A água ainda estava morna, e a mulher gritou de susto ao sentir o calor: "Ah—, quem é você? O que pensa que está fazendo?"