Abaixar a Cabeça? Impossível! romance Capítulo 93

Depois de desligar o telefone de Nathan, um longo tempo se passou.

Ricardo estava sentado no carro, com a mente em um verdadeiro turbilhão.

Um ano…

O estúdio havia sido inaugurado no ano passado, bem debaixo do seu nariz, e ele mal percebeu o quanto ele havia crescido, ao ponto de não conseguir mais controlá-lo.

Ela era sua noiva, mas em um piscar de olhos, com apenas uma frase, ela destruiu tudo.

Quem seria o homem por trás dela?

...

Ao meio-dia.

Íris finalmente conseguiu almoçar com Sylvia.

"O que aconteceu com a sua boca? Como ela ficou tão inchada assim?"

Sylvia respondeu com um sorriso cansado: "Foi picada por um inseto."

Naquele dia, todos que notavam, perguntavam sobre sua boca inchada, o que era realmente frustrante.

Íris, ao ouvir a explicação de que tinha sido uma picada de inseto, não pôde deixar de murmurar: "Que tipo de inseto é tão poderoso assim?"

Sylvia: "..."

Que tipo de inseto? Ela não sabia o que responder.

Íris olhou para um toco de madeira não muito longe e sentiu um leve constrangimento: "Seu irmão realmente cuida bem de você, amiga…"

Para garantir que ela saísse para comer, evitando optar por um simples churrasco, ele ainda designou alguém para acompanhá-la o tempo todo.

Sylvia, com uma leve expressão de desdém: "Você não acha que ele é um pouco controlador?"

"Um irmão controlador assim? Eu adoraria ter uma dúzia deles! Eu amaria isso!"

Sylvia apenas revirou os olhos: "Que virtude, até parece que você gosta de ser controlada."

Quantas pessoas não lutam para ter um pouco de liberdade, se rebelando contra a pressão da família?

Ela tinha algumas amigas em Paris que faziam exatamente isso, resistindo ao controle severo dos pais com todas as forças.

Íris, com um olhar mais sério, respondeu: "Você não entende, eu sempre cuidei de mim mesma desde pequena, mas sempre senti falta de alguém que realmente se importasse comigo."

Ao ouvir isso, Sylvia parou por um momento, com os talheres ainda nas mãos.

Olhando para Íris, ela também sentiu pena.

Diferente dela, a vida de Íris começou praticamente como um inferno.

"Como sua mãe tem estado ultimamente?"

"Bem, muito bem."

Quanto à sua mãe, Íris não sabia bem o que dizer. Dizer que não tinham sentimentos uma pela outra não seria exatamente verdade, já que sua mãe sempre lhe enviava uma quantia generosa de mesada.

Ela não era mesquinha com Íris, mas o que faltava mesmo era a presença, algo que elas nunca tiveram.

"Sempre ocupada ganhando dinheiro. Já tem tanto e ainda é tão obstinada... Às vezes, me pergunto se ela pensa que pode sufocar alguém com tanto dinheiro."

Sylvia, com um sorriso irônico: "Ela conseguiu sufocar alguém com tanto dinheiro?"

Íris assentiu, com um tom de desdém: "Parece que ela quer superar alguém e depois pisar nessa pessoa."

Se não fosse por isso, Íris realmente não conseguiria entender o empenho de sua mãe.

Falando em esforço...

Mas sempre que o assunto era dinheiro, Íris sentia um certo rancor no tom de voz de sua mãe.

"Sua mãe chegou a procurar pelo seu pai nesses anos?"

"Não sei... Ela nunca me deixou saber dessas coisas." - Íris balançou a cabeça, resignada.