Abaixar a Cabeça? Impossível! romance Capítulo 99

Ao ver Ricardo, Glenda não conseguiu mais segurar a dor e o desespero que a consumiam.

"Ricardo... A Kesia está sofrendo tanto..."

Sua equipe médica havia sido substituída pelos profissionais de Ricardo, que trouxera alguns dos melhores especialistas disponíveis.

Provavelmente tinha ouvido falar da reputação de Jessica e Alan.

Glenda sempre acreditou que, com aqueles dois na equipe médica de Kesia, haveria uma chance real de reduzir o sofrimento dela.

Embora o resultado parecesse promissor, mesmo que não fosse alcançado, ao menos o processo parecia menos doloroso.

Portanto, sempre que via Kesia sofrendo terrivelmente.

Glenda ficava ainda mais determinada a envolver Jessica e Alan no tratamento.

Ricardo franziu a testa, demonstrando certa impotência: "Eu entendo."

Com tantas complicações, era inevitável que Kesia sofresse... Ele entendia isso melhor que ninguém.

Glenda insistiu, com sua voz cheia de angústia: "É fundamental que Jessica e Alan participem do tratamento. Estou realmente preocupada..."

"Ricardo, tenho medo de que Kesia não consiga resistir a cada nova crise."

Toda vez que via Kesia suportando a dor.

Glenda realmente temia que ela não resistisse.

Ricardo suspirou: "Se Alan e Jessica se juntarem, o plano de tratamento deles provavelmente será similar."

Em sua visão prática, o estado de Kesia já era crítico, e não havia como evitar que ela sentisse dor.

Glenda sacudiu a cabeça com veemência: "Não... Eles são extremamente competentes e têm uma excelente reputação. Com certeza podem fazer Kesia sofrer menos!"

"Por favor, Ricardo, pense em alguma solução... Deve haver um jeito! Sylvia, aquela insensível, não concorda com nada do que eu digo agora!"

Aquela atitude inabalável realmente a levava ao desespero.

Ricardo: "..."

Quando ouviu o nome 'Sylvia', seus olhos involuntariamente escureceram.

Enquanto Glenda continuava falando.

Ele simplesmente deixou de escutá-la.

"Ricardo? Ricardo!"

Ao perceber que Ricardo não estava respondendo, Glenda sentiu que algo estava errado. Ela olhou para ele e percebeu que ele estava distraído.

Naquele momento, seu coração tremeu incontrolavelmente!

Virando-se para a cuidadora ao lado, ela sussurrou: "Tudo bem. Pode sair agora."

"Certo."

A cuidadora interrompeu a massagem nas pernas de Kesia, levantou-se com respeito e saiu discretamente do quarto.

Quando Kesia ficou sozinha, finalmente atendeu o telefone: "Alô."

"Sou eu."

A voz grave e familiar de um homem de meia-idade ecoou do outro lado da linha.

Três anos inteiros haviam se passado desde aquele acidente de carro... Desde então, ele havia desaparecido sem deixar vestígios.

Mas agora, ouvir aquela voz novamente fez o coração de Kesia se apertar violentamente: "Por que está me ligando... depois de todo esse tempo?"

O que houve entre eles fora liquidado com dinheiro. Aquele capítulo, ao menos para ela, estava encerrado há muito tempo.

Ao receber aquela ligação inesperada, Kesia sentiu um mau pressentimento.

De fato, no momento seguinte, o homem do outro lado da linha disse: "Estou precisando de dinheiro... Quero dinheiro."