Acontece Que Ele Sempre Me Amou romance Capítulo 30

Carla Rocha tirou um cartão bancário da bolsa e o entregou a Aline.

Aline, abraçando uma caixa de papelão, não se moveu.

"Não precisa, pode guardar para a senhora gastar. Eu tenho bolsa de estudos."

"Quanto pode ser uma bolsa de estudos, minha filha, mãe só tem você, o que é da mãe é seu, coloque a caixa de papelão no chão primeiro, depois a gente leva tudo de volta para Salvador, vamos ficar no hotel esta noite, e amanhã cedo eu te levo de carro de volta para Salvador."

Aline olhou para Carla Rocha, com um tom muito sereno, "Mãe, já combinamos, eu com 18 anos, vocês se divorciaram, eu não vou com nenhum dos dois."

"Eu mesma vou enviar a caixa para a casa do meu avô."

"Amanhã, eu também vou pegar o trem de alta velocidade de volta para Salvador."

"Quando eu sair agora, não vou mais voltar aqui."

Carla Rocha claramente não estava preparada para isso, seus olhos ficaram um pouco vermelhos, "Uma moça sozinha, à noite......."

"À noite eu vou ficar na casa da Diana, já combinei com ela."

"Aline........."

"Mãe, não chora, quando eu tiver tempo vou visitá-la, e se a senhora não estiver ocupada, também pode vir me ver, mas meu curso de medicina é muito pesado, a senhora sabe."

Aline abraçou a caixa de papelão e saiu.

Carla Rocha, pensando que a família estava se desfazendo assim, finalmente não conseguiu segurar, e as lágrimas começaram a cair sem parar.

*

À tarde, à beira da estrada em Brasília.

Aline terminou de enviar o pacote e ficou esperando.

Ela estava envolta em um longo casaco de tricô na cor creme, jeans, calçando tênis brancos, e carregava uma pequena bolsa com corrente.

Ela era alta, com um rosto doce.

Uma pessoa passou por ela de lado.

Não demorou muito.

Um SUV branco se aproximou, Diana desceu do carro, usando um sobretudo na cor vermelho quente, como uma chama ardente em sua direção, e abraçou Aline, "Aline! Quanto tempo não nos vemos."

Gabriel estava ansioso, mas falava devagar, "Alguém, voltou, para, Brasília!"

A voz fria de Vinicius soou claramente diferente do usual, com um tom ligeiramente elevado, "Alguém?"

"Sua namorada, Aline."

"..........."

Gabriel ouviu o som agudo de freios, ficou assustado, "Vinicius, está dirigindo?"

"Sim."

"Então, cara, sem pressa! Eu vou segurar as pontas aqui, ela não vai escapar, quanto tempo você leva para voltar?"

Vinicius levantou levemente as pálpebras, olhando para uma certa pequena mansão à frente, cercada por grades e cheia de flores e plantas. Mesmo se aproximando de janeiro, o jardim ainda estava repleto de flores coloridas e verdejante. Um senhor de cabelos brancos estava podando as plantas e, ao ouvir o som dos freios, olhou para cá com curiosidade.

Vinicius acenou em saudação.

Em seguida, fez uma volta habilidosa e respondeu a Gabriel com um tom indiferente, "Quatro horas depois."

"Segura as pessoas aí."