Acordei casada romance Capítulo 25

Acordei a todo vapor, deixei a mesa do café pronta como sempre e fui direto para o hospital. No fim, a hora passou tão rápido que eu nem vi. No entanto, correu tudo bem, não tinha tantos pacientes como no dia anterior.

Já era a hora de ir embora e estava morrendo de ansiedade de ligar para o Léo e a Bia para saber se havia alguma novidade.

Então, entrei em meu carro, peguei o celular e liguei primeiro para meu amigo, pois Bia ainda estava trabalhando, logo no segundo toque ele atendeu:

— Oi, Sophia, tudo bem?

— Tudo sim e você como está?

— Estou bem.

— Que bom que está bem, eu estou aqui muito ansiosa para saber se tem alguma novidade sobre o Diego.

— Olha, Sophia, andei pensando e achei que não daria certo eu e Bia fazermos isso, pois ele nos conhece. Seria muito arriscado e poderia pôr tudo a perder, então conversei com um amigo meu do trabalho, é de estrema confiança e está precisando de uma grana fácil, então vai fazer isso para nós, ainda mais que esses dias ele está de folga, então vai ficar mais tranquilo.

— Ah, Léo, não tinha pensado nisso. Bom, então deixa que eu pago seu amigo, viu?! Pois foi eu que tive a ideia do plano, combinado?

— Mas quero ajudar também, Sophia, pois fui eu que arrumei o rapaz.

— Tudo bem, Léo — falei respirando fundo. Agora faltava pouco. — Mas e aí, tem alguma novidade?

— Pelo que o Théo me falou, não temos nada suspeito.

— Bom, Léo, eu peguei o medicamento Lx, só trinta cincos gotas, já vai fazê-lo dormir à noite toda e aí podemos seguir com meu plano.

— Não é perigoso esse medicamento?

— De jeito nenhum, só vai fazê-lo dormir em vinte minutos e ele acordará quando estiver amanhecendo. O melhor é que não dá gosto nas bebidas. Vai passar despercebido facilmente.

— E quando vai ser isso?

— Hoje à noite. E eu vou precisar de vocês.

— Já combinou com o Diego?

— Ainda não, mas ligarei para ele assim que eu chegar em casa.

— Bom, vou torcer para que dê tudo certo.

— Vai dar sim, Léo, agora vou ter que desligar, pois ainda estou aqui na porta do hospital. Mais tarde eu te ligo.

— Ok, Sophia, até mais.

— Até.

Fui para casa pensando em ligar para a Bia mais tarde, para combinar tudo direito de como seria a nossa noite.

Cheguei ao meu apartamento e fui recebida por uma pequena muito alegre.

— A Sô... chegou — Beka falou correndo para meus braços. — Banho... Sô — falava ela mexendo em meu cabelo.

— Sophia, ela não me deixou dar banho nela hoje, só ficava repetindo que iria tomar banho com você — avisou-me Dona Emily.

— Pode deixar, Dona Emily, vou tomar banho, aproveito dou banho nela também.

— Tá certo, Sophia, espero vocês para tomar café, que já está na mesa.

— Ok, logo nós estaremos na cozinha — falei indo para o meu quarto com a Beka no colo e preparei a banheira para tomarmos banho juntas, pois é o que ela mais gostava.

Depois de um banho divertindo, eu e Beka estávamos prontas para tomar café. Fomos para cozinha e ela tomou seu leite sentada na cadeirinha.

Meu dia foi tranquilo. Fred me ligou duas vezes, mas não atendi, não queria ficar dando explicações sobre o ocorrido da noite passada.

Diego também me ligou, dizendo que queria me ver, dei uma enrolada nele só para disfarçar, entretanto, era isso que eu queria também. Depois acabei aceitando encontrá-lo em seu apartamento, como eu queria, para poder prosseguir com meu plano.

A noite chegou e eu estava muito ansiosa. Já tinha deixado tudo combinado com a Bia e o Léo. Combinei com o Diego de ir às oito horas me encontrar com ele.

Coloquei um vestido bem sensual para conseguir ter o Diego em minhas mãos, me arrumei como se fosse para uma festa e, depois de pronta, dei um beijo na Beka.

— Sophia, a janta está pronta.

— Desculpe, Dona Emily, tenho um aniversário para ir de uma colega do hospital e será um jantar. Desculpe, esqueci de te avisar.

— Tudo bem, Sophia. Só me diz uma coisa, é hoje que o Fred chega, né?

— Nossa, Dona Emily, tinha me esquecido, ele chega depois das dez horas da noite. Bom, creio que estarei aqui antes, pelo menos vou tentar. Tchau, Dona Emily e Jully, até mais — falei dando um beijinho em cada uma das três e saio fechando a porta da sala.

Chegando à porta do meu carro, conferi se o medicamento estava na bolsa, ainda bem que não esqueci. Já aproveitei para ligar para Bia e Léo, avisando que estava à caminho e que mandaria uma mensagem no WhatsApp quando chegasse a hora certa.

Já estava na porta do apartamento do Diego e me sentia nervosa, mas não podia fraquejar agora, tinha que seguir com o plano. Quando fui bater na porta, ela se abriu.

— Oi, linda, entre — Ele falou me dando um selinho que não pude negar.

— Nossa, Diego, que cheiro delicioso é esse? — perguntei entrando.

— Estou cozinhando para nós.

— Você? Cozinhado?

Vi que a mesa da sala de estar estava preparada para nós dois e estava muito lindo, com um buquê não muito grande de rosas brancas em um vaso de cristal, que era muito bonito, por sinal.

— Sim, tem muita coisa ainda que não sabe sobre mim.

— Vejo que não mesmo.

— O jantar está pronto! — comunicou ele, puxando a cadeira para eu me sentar.

— Fique à vontade, vou pôr o jantar na mesa.

— Quer ajuda? — perguntei quase me levantado.

— Não precisa, não fiz muita coisa. Vou pegar, por enquanto, só a entrada para tomarmos um bom vinho — explicou ele indo até a cozinha e voltando em seguida com uma bandeja nas mãos.

— Espero que goste de brie com torradas.

— Sim, adoro.

— Vou pegar o vinho. — Novamente foi para cozinha e logo voltou trazendo o vinho. “Tenho que esperar uma oportunidade para colocar o medicamento no vinho”, pensei.

Diego me serviu, colocando o vinho em minha taça, depois colocou na sua, sentou do meu lado e me serviu o brie com torradas, que estava uma delícia. Ficamos ali conversando, apreciando o vinho.

— Me diz uma coisa, o playboyzinho chegou?

— Não vamos falar sobre isso, Diego.

— Por que não?

— Você não fez um jantar romântico para ficarmos falando do Fred, fez?

— Claro que não!

— Então não vamos falar nele.

— Tá certo, eu não toco mais nesse assunto, afinal, você está comigo agora, então não tenho com que me preocupar.

— Exato, não tem mesmo.

— Bom, vou lá buscar o restante do jantar — Ele falou se levantado e foi até a cozinha.

Olhei para a taça dele em cima da mesa, era o momento perfeito de colocar o medicamento no vinho e foi o que eu fiz. Coloquei as trinta e cinco gotas que estavam separadas de uma vez só e chacoalhei a taça um pouquinho para misturar no vinho. Não demorou muito e ele voltou.

— Espero que goste, fiz um arroz branco acompanhado de um delicioso filé de frango ao molho de amêndoas e um salpicão de frutas — Ele disse colocando na mesa.

— Nossa, parece delicioso.

— Vou colocar uma música para nós — Ele falou indo até a sala. Mais que depressa peguei meu celular e mandei a mensagem que estava programada para Bia e o Léo, avisado que o medicamento já estava no vinho. Apesar de que na mensagem dizia que era na água, mas vão entender.

— Algum problema? — perguntou ele, voltando para mesa e notando meu celular em minha mão.

— Não, nenhum, só verifiquei se meu celular não está no silencioso, pois quando saí de casa a Beka não estava bem e pedi para Jully me ligar caso ela piorasse.

— Entendo. Só não entendo por que se preocupa com ela? Não é nada sua — resmungou ele sentando a mesa, em seguida tomou um gole de vinho.

— Então, Diego, não queira entender, pois sou médica e me preocuparia com qualquer criança que estivesse doente.

— Ok, retiro o que disse. Sei que é medica, e é seu dever se preocupar. — Ele me olhou profundamente. Como se estivesse me avaliando. Dei um pequeno sorriso para disfarçar o nervosismo que estava começando a me consumir. — Posso te servir?

— Pode, claro! — Então ele me serviu e também colocou em seu prato, e mais uma vez tomou um pouco de vinho, faltava pouco para acabar. E observando ele, levei uma garfada da comida em minha boca.

— Diego, está uma delícia! Tem certeza que foi você mesmo que fez? — Dei um sorriso relaxado e ele deu um sorriso satisfeito. Ótimo, quanto mais eu enganá-lo, melhor.

— Ah, linda, que bom que gostou, foi eu mesmo que fiz — me respondeu e então tomou o último gole do vinho e com isso todo o medicamento, agora era só esperar vinte minutos.

Capítulo 25 Sophia Becker 1

Capítulo 25 Sophia Becker 2

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