Acordei casada romance Capítulo 7

Resumo de Capítulo 7 Sophia Becker: Acordei casada

Resumo do capítulo Capítulo 7 Sophia Becker de Acordei casada

Neste capítulo de destaque do romance Romance Acordei casada, T.Giovanelli apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

Mas quando minha mãe me viu, não deu tempo de nada e ela logo falou:

— Sophia, seu amigo é uma peça! — comunicou minha mãe revelando que eu estava ali, e o rapaz se levantou e veio em minha direção.

— Oi Sophia, você esqueceu seu casaco em minha casa e achei melhor trazer, você poderia precisar dele. — Me contenho para não revirar meus olhos, essa era a desculpa mais besta que já ouvi, já que nem era um casaco, apenas um bolerinho que fazia parte do vestido que estava usando à noite. Nem percebi que havia esquecido, porém, não podia ser rude com ele na frente da minha família, já que esse tal Fred se apresentou como amigo.

— Sophia, o almoço está quase pronto, convidei seu amigo para almoçar conosco.

— Mãe, eu acho que o Fred não pode, ele só veio me trazer o bolero. Aposto que tem que ir trabalhar — expliquei olhando com cara feia para o rapaz, para que se tocasse e fosse embora.

— Na verdade, Sophia, é minha folga hoje, então posso passar o dia com vocês. — Nossa que cara de pau desse rapaz! Que raiva me deu, nem o conhecia e ele queria passar o dia aqui com minha família, era muito folgado, isso sim.

— Viu, Sophia? Fred vai almoçar conosco — disse minha mãe me olhando com aquele olhar de quem estava adorando tudo isso.

— É, mãe... — Ela apenas me olhou satisfeita e foi para cozinha. Devia estar gostando mesmo, já que fazia um tempinho que não levava alguém para meus pais conhecerem, apenas Léo e Bia.

— O que você pensa que está fazendo aqui? Você tem que ir embora — resmunguei baixinho para ninguém me ouvir. Mila já não estava mais na sala e meu pai havia ido ajudar minha mãe na cozinha.

— Não vou embora não, sua família agora é minha também, e nós precisamos conversar — comunicou no mesmo tom de voz que eu.

— Não é sua família, eu nem sei quem é você! E nós não temos nada para conversar.

—Temos sim, sou seu marido agora e vamos conversar — esbravejou me olhando e mostrando a aliança no dedo. Aquela maldita aliança que eu nem sei como foi parar ali!

— Fala baixo! Ninguém precisa ouvir sobre essa sua brincadeira de mau gosto.

— Não estou brincando, Sophia, é muito sério e por isso estou aqui.

— Como me achou? — Levanto o queixo de forma desafiadora, quem ele pensava que era, afinal? Se ele achava que simplesmente iria aceitar tudo isso... Estava muito engando!

— Isso não interessa, Sophia, vim te buscar para irmos até o meu advogado, preciso provar que não estou brincando.

— Não vou a lugar nenhum com você — falei incrédula com essa ideia maluca de achar que eu sairia com ele.

— Ah, vai sim, pois você precisa acreditar que está casada comigo.

— Não vou e você não pode me levar à força.

— Posso sim, já que sou seu marido.

— Não é não!

— Sophia, você está me forçando a tomar uma atitude. Tem certeza que não vai?

— Tenho...

— Eu te avisei — Fred falou se levantando do sofá onde estava.

— O que você vai fazer?

— Isso — anunciou se aproximando de mim e me pegou como se eu fosse um saco de batata e me jogou em seus ombros.

— Para, me ponha no chão — gritei muito brava com esse idiota. Quem ele pensa que era? Não podia agir assim.

— Eu te avisei.

— O que está acontecendo? Por que você está gritando, Sophia? — falou minha mãe aparecendo na sala junto com meu pai, até Mila veio ver o que estava acontecendo.

— Me desculpe, Dona Lia e Seu Augusto, vocês conhecem sua filha, chamei-a para dar uma volta, enquanto o almoço não fica pronto, mas teimosa como é, não queria ir, então achei melhor levá-la a força — explicou Fred enquanto eu esmurrava as costas dele e gritava feito uma louca para me colocar no chão.

Minha mãe e meu pai estavam ali parados com a boca aberta. No entanto, pelas caras de deboche, estavam gostando da situação, já que para meus pais eu quase não saia de casa.

— Já gostei desse rapaz.

— Mãaae!

— Dona Lia, logo estaremos de volta. — Mila abriu a porta rindo muito da situação que eu me encontrava e saímos do apartamento.

Entretanto, não parei de gritar, pois eu queria que me colocasse no chão. Só que era tão teimoso, que não me colocou. Gritei tanto que os moradores do andar que moro, saíram para ver o que estava acontecendo e olharam assustados com a cena.

— Gente, ela não quer ir ao médico, está queimando de febre, então estou levando a força, não é nada de mais, voltem para seus afazeres. — Parece que todos acreditaram nessa besteira que o Fred falou, já que entraram para seus apartamentos logo em seguida como se aquela cena fosse algo normal. Fomos direto para o seu carro e abrindo a porta, ele me colocou no banco da frente.

— Agora, Dona Sophia, se comporte, pois nós vamos direto para o meu advogado.

— Você é um babaca! — gritei muito nervosa.

— Pode me chamar do que quiser, pois o babaca aqui é o seu marido, goste você ou não.

— Como pode falar assim com tanta frieza? — perguntei incrédula.

— Sophia, entenda uma coisa: apesar da sua bebedeira, não te forcei a nada, você assinou porque quis e ficou tão feliz que até me beijou.

— Você é mesmo um idiota, já que sabe muito bem que eu, em sã consciência não teria assinado nada!

— Mas não estava sã e assinou, sem ser obrigada, então agora para de frescura.

O Pior de tudo é que ele tinha razão, não me lembro de nada, visto que eu poderia ter dito não. Sei lá, nunca bebi, então não sei se era capaz de dizer não.

No entanto, agora vamos ter que resolver isso, nem que eu tenha que arrumar um advogado para me ajudar a sair dessa burrada que fiz em uma única noite de bebedeira.

— Chegamos, Sophia — anunciou parando o carro. Permaneci no lugar enquanto ele descia do carro e fechava sua porta, então abriu a porta para mim. Já que eu não tinha escolha, sai do carro, e entramos em um escritório de advocacia.

— Prefiro ler sozinha e qualquer dúvida eu pergunto.

— Tudo bem, Sophia, fique à vontade para ler. — Então os dois saíram do escritório me deixando sozinha e com o contrato nas mãos, comecei a ler.

No entanto, não entendia nada, apenas que deveria permanecer casada por um ano e se por algum motivo eu quisesse me divorciar antes disso, teria que pagar uma multa de trinta e cinco mil reais e quando completasse um ano de casamento, eu iria receber dez por cento da empresa que Fred iria herdar, só então poderia me divorciar. Foi isso que entendi no meio de muitas palavras difíceis, mas iria levar para um amigo meu que também era advogado para ver se é isso mesmo, pois não confiava no advogado do Fred, já que os dois eram amigos.

— Sophia, conseguiu ler? Espero que tenha entendido — disse Ian ao entrar junto com o Fred no escritório.

— Na verdade, Ian, eu não entendi o porquê de tudo isso.

— Sophia, eu vou te explicar, então. O pai do Fred morreu já faz dois meses e deixou no testamento toda rede da empresa que ele possui para o Fred. No testamento diz que, para receber essa herança, ele teria que estar casado, pelo menos por um ano, e é estipulado um prazo para ele se casar. Esse prazo termina hoje à noite, por esse motivo teve que se casar desse jeito. Fred tentou arrumar alguém para se casar, mas qual a louca se casaria assim do nada? Então ele se aproveitou da sua bebedeira e se casou com você. Porém, você não vai sair perdendo caso resolva continuar casada por um ano, pois como viu, dez por cento da empresa será sua. — Ian fez uma pausa para ver se eu estava entendendo e continuou. — Imagino que você não deve estar muito satisfeita com este arranjo, mas veja pelo lado bom, você será beneficiada de uma forma generosa se continuar com a farsa. Caso não aceite, lamento, mas terá que arcar com a multa e lamento mais ainda que você tenha se comprometido desta forma estando bêbada.

— Fred, você não tinha uma namorada para se casar não? Tinha que se aproveitar de alguém que estava bêbada? — perguntei indignada com tudo isso, ele não percebia o quanto era injusto?

— Sophia, na verdade, nunca fui de namorar e nem de me amarrar em ninguém, sempre curti a vida sem me preocupar com mulher nenhuma. Olha que já fiquei com muitas, mas nunca me apaixonei. Foi uma atitude desesperada, Sophia, eu não poderia perder minha herança.

— É bem sua cara mesmo não é, Fred? Ainda assim, tenho que pensar sobre isso. E se eu aceitar, como vai ser?

— Como um casal normal, vocês vão ter que morar juntos, estar sempre juntos, realizando atividades cotidianas de um casal normal, para que assim, Fred consiga receber sua herança de maneira justa e satisfatória.

— MORAR JUNTOS? — Nós dois falamos ao mesmo tempo. — Como assim? Eu não tenho nem onde morar, como vamos morar juntos? Não tinha realmente pensado nesse detalhe. Que idiota! Se me casei, é claro que temos que morar juntos.

— Sim, Fred, esqueceu-se desse detalhe?

— Ian, onde vamos morar, se eu moro com você? Eu não tinha pensado nisso.

— Bom, eu vou pensar em algo e te falo, nós temos que resolver isso ainda hoje.

— Ian, eu também vou pensar e darei uma resposta talvez no final da tarde. Agora eu preciso ir, Fred.

— Ian, então eu já vou, depois conversamos sobre isso. Vamos, Sophia. — Nós nos despedimos dele e saímos.

Ian era um jovem muito bonito, loiro, de olhos claro e muito educado. Muito diferente desse idiota que me colocou nesta roubada. Entramos no carro e fomos direto para a minha casa, chegamos e ele estacionou o carro em frente ao prédio.

— Bom, eu vou entrar, mas você vai embora.

— Não, Sophia, eu vou entrar também. Sou um homem de palavra, falei para sua mãe que iria almoçar com vocês e vou. Você também ouviu Ian dizer que devemos estar sempre juntos.

— Não para minha família. Não vou envolver eles nisso, por enquanto não contarei nada a eles e nem você, está entendendo? Amanhã eles já vão embora.

— Mas... Pensei que você morasse com eles! — Uma ideia começou a se formar na minha mente.

— Pensou errado, Fred, eu trabalho e pago esse apartamento, quer dizer, trabalhava. Diferente de você, que não tem nem onde morar. — Nem bem terminei de falar, me arrependi. Se pudesse colocar as palavras de volta na minha boca grande.

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