Adotada Por Um Vampiro romance Capítulo 88

Larah

Abro meus olhos e percebo que estou em um lugar todo escuro, parece não ter fim, sinto algo a tocar em meu ombro, no mesmo momento me viro, vejo eu mesma em minha frente, seu olhar é diferente, um olhar mais seguro e confiante.

—quem é você? / Pergunto olhando para ela.

****** —eu não tenho nome mana. / Diz com um sorriso.

—mana? / Eu não entendo o que está acontecendo aqui.

****** —deixa eu explicar, eu seria sua gêmea idêntica se você não tivesse me consumido dentro da barriga de nossa mãe. / Fico um tempo tentando racionar o que ela disse.

—não é possível, eu não.... / Fico sem acreditar.

****** —irei resumir já que você é meio lerda, você me matou e me devorou dentro da barriga de nossa mãe, nossa outra irmã só nasceu bem porque estava em outra placenta. Mas por sorte minha alma conseguiu se prender em seu corpo, eu sempre quis viver, mas quando nossa mãe percebeu isso me bloqueou, me fez somente assistir tudo que você fazia sem poder interferir. Eu sempre te odiei, você é lerda, idiota e iludida, eu tive que assistir você sua infância inteira sofrendo por saber que nunca ficaria com o Derick, você é fraca, é acostumada e viver com o que as pessoas de dão. / Fico só a ouvir.

—era você não é? / Minhas escolhas, eu sendo decida e arrogante, era mesmo eu?

****** —se você está falando sobre as escolhas certas, sobre finalmente viver para si mesma, sim, depois que começou a se transformar meu bloqueio enfraqueceu, eu comecei a mudar sua forma de pensar e agir, fiz você parar de amar tanto aquele idiota do Derick, parar de dar tão mole, se não fosse por mim já estaria casada com ele, sendo o pertence dele, a bonequinha dele. / Ela odeia o Derick, isso é bem óbvio, tentar entender está sendo difícil.

—quer meu corpo. / É o que parece.

****** —sim, você vai desperdiçar essa vida que você tem, vai virar serva do seu marido, gerar filhos machistas iguais ao pai, você nunca percebeu mas o Derick gosta de mulheres submissas por isso nunca gostou da Daniela pois ela é uma mulher decidida e faz o que quer. Você não seria nada sem mim, eu fiz tantas escolhas boas por você. / Respiro fundo pois parece que minha insegurança está no meu controle, então é assim que é estar sem ela.

—eu não posso de dar meu corpo, ele é meu, eu quero viver. / Falo e vejo ela me olhar com ódio.

****** —eu também queria viver, mas você não me deu opção.

—a culpa não foi minha! Eu não tinha consciência como pode me culpar por isso.

***** —se não quer deixar eu dominar seu corpo tudo bem, vamos ver quanto tempo vive sem minha influência maninha.

(...)

Abro meus olhos assustada, olho para todos os lados mas está tudo certo, é de manhã e os pássaros estão cantando, talvez tenha sido um sonho, só um sonho.

Escuto a porta do quarto a abrir, Killian entra com uma bandeja.

Killian —espero que tenha dormido bem, trouxe café da manhã, você parece muito mau ontem e ficou falando enquanto dormia, deu para ouvir do quarto ao lado. / Fico vermelha de vergonha, ele me entrega a bandeja com um sanduíche, um suco de laranja e uma torrada com goiaba.

—me desculpa, eu tive um pesadelo horrível, nele eu tinha uma irmã gêmea idêntica que disse que eu a consumi no ventre de nossa mãe, que ela que me dava determinação e independência. / Falo e ele fica me olhando um pouco sério.

Killian —sabe que pode não ser um sonho né? / Diz sentando na cama.

—como assim pode não ser um sonho. / Pergunto e começo a comer.

Killian —gêmeos costumam consumir o mais fraco, isso aconteceu comigo, por isso meu pêlo na forma de lobo é preto e branco, mas é raro a alma se agarrar ao gêmeo mais forte, talvez isso tenha acontecido por ser meio anjo. / Saber que pode não ter sido um sonho está me deixando mais insegura.

—eu só quero descansar e ficar no quarto por enquanto. / Falo terminando de comer.

Killian —tudo bem, mas saiba que ficar presa nesse quarto não vai fazer as coisas mudarem, você precisa falar com seu pai, ele pode de ajudar a bloquear essa alma parasita em seu corpo, provavelmente é ela que fez você decidir fugir de lá com medo de seu pai descobrir a existência dela. / Faz sentido.

—eu quero pensar antes. / Falo terminando de comer e colocando a bandeja em cima da mesa.

Killian —se ela manipula seus sentimentos e decisões você nunca vai decidir de verdade. / Mas se eu decidir fazer algo contra ela nunca mais sentirei aquela liberdade novamente.

(...)

Eu não sei a quanto tempo estou dentro desse quando, estou ficando com fome de sangue e isso é muito ruim, eu preciso sair mais tenho medo do que pode acontecer, estou com medo de viver.

Escuto alguém bater na porta, ela é aberta e Killian entra, ele senta na minha cama.

Killian —acho que seria um boa ideia você falar com uma bruxa, tem uma sendo protegida aqui, o que acha?

—eu não sei. / Falo sentindo minhas presas crescerem.

Killian —esta com fome não é? / Pergunta me olhando.

—sim.....

Killian —eu deixo você me morder, mas só dessa vez. / Aceno com a cabeça e me aproximo do pescoço dele, mordo de uma vez e bebo o sangue, é tão gostoso quando sai direto da veia, paro quando estou satisfeita.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Adotada Por Um Vampiro