Afeição tardia é pior que grama romance Capítulo 118

Cecília acenou com a cabeça, como se não fosse nada, e disse: "Ah, eu lembro que seu namorado é um executivo do Grupo Campos Construção. Eu tenho uma villa que quero reformar, será que eu poderia pedir a ajuda do seu namorado?"

"Claro que sim." Isabel respondeu sem pensar. Cecília era a sua chefe, e o seu futuro dependia dela, então ela naturalmente queria agradá-la.

"Eu vou pedir para ele ir até o set de filmagem, irmã Cecília, você pode falar diretamente com ele sobre o que precisa."

"Não precisa de incomodá-lo para vir até aqui, você pode enviar uma foto dele para mim, eu mandarei meu assistente procurá-lo na empresa... Isso não vai perturbar o trabalho do seu namorado?" Cecília perguntou, fingindo preocupação.

"De forma alguma. Você pode falar diretamente com ele." Isabel, confiante, pegou no telefone e enviou a foto e as informações do namorado para Cecília.

O namorado de Isabel chama-se Zenaldo Cruz. Cecília já não se lembrava mais como o filho de Maria se chamava, mas, olhando a foto, ela tinha certeza de que não estava enganada.

Maria, que se tinha divorciado há anos, criou o filho sozinha. Devido ao trabalho, ela negligenciou a educação de Zenaldo, que ainda jovem desenvolveu o vício em jogos de azar.

Maria era apenas uma empregada doméstica e não tinha como pagar as enormes dívidas de jogo do filho, então ela recorreu a Karina.

Cecília lembra-se do dia em que se escondeu na esquina da escada e viu Maria, segurando Zenaldo pelo braço, ajoelhada diante de Karina na sala de estar, chorando desesperadamente.

Karina, comovida e sabendo que o que era uma fortuna para Maria não passava de trocados para ela, decidiu pagar a dívida do jogo de Zenaldo.

Posteriormente, Karina ainda pagou algumas dívidas de jogo de Zenaldo. Infelizmente, Zenaldo nunca aprendeu a lição e, quando perdia, chegava a mandar os credores cobrar de Karina diretamente.

Quando os credores foram até a casa cobrar, Cecília, que acabara de voltar da escola, foi apanhada de surpresa e começou a chorar. Mesmo Karina, normalmente tão paciente, ficou furiosa.

Ela chamou a polícia para expulsar os cobradores e até pensou em demitir Maria.

Maria, entre lágrimas, súplicas e promessas de que iria controlar o filho e evitar mais problemas, conseguiu comover Karina, que a conhecia há muitos anos, e foi mantida no emprego.