Além da Traição: O Renascimento de Uma Estrela romance Capítulo 35

Descendo as escadas, Cíntia Andrade sentiu seu rosto esfriar numa fração de segundo, ergueu a mão para enxugar as lágrimas e sorriu com desprezo.

O plano de hoje finalmente não foi em vão.

Essas táticas desprezíveis, que ela havia desdenhado anteriormente, não significavam que ela fosse incapaz de usá-las.

Enquanto ela pensava, uma mão de repente se estendeu e agarrou seu pulso, empurrando-a com força contra a parede.

O impacto contra a parede dura fez Cíntia Andrade estremecer de dor.

Antes mesmo de ver quem era, ela ouviu a voz ameaçadora de Nilson Barbosa: "Achei que você tivesse mais dignidade, Cíntia Andrade. Por que você tem que ser tão baixinha?"

Surpresa, Cíntia levantou a cabeça e viu o rosto enfurecido do Sr. Nilson, tão próximo quanto o de um leão prestes a atacar.

Atrás dele, estava Jerônimo Laurentino, com quem ela havia passado a noite anterior.

Ele estava com as mãos nos bolsos, exibindo uma indiferença elegante e aristocrática. Seus olhos sombrios a observavam calmamente, permitindo que Nilson Barbosa a humilhasse.

O olhar dele era opressivo, mais intimidador do que a fúria de Nilson Barbosa.

Nilson era como uma lâmina afiada, mas era Jerônimo quem realmente controlava o destino com essa lâmina.

Ambos haviam visto Cíntia correndo para abraçar Carlos Andrade mais cedo!

Ambos pensaram que ele era o novo amante dela.

Ao ver que Cíntia não respondeu, Nilson Barbosa presumiu que ela concordava com sua acusação e ficou ainda mais irritado: "Você não conseguiu ser minha mãe e agora vai fugir para ser mãe da sua amiga, é isso?"

Cíntia rapidamente recuperou seu foco. "Me deixe ir! Quem eu escolho não é da sua conta!"

Ela olhou para Jerônimo Laurentino, formando um plano.

De repente, ela sorriu sedutoramente para Nilson Barbosa: "Ou você está tão bravo porque gosta de mim?".

Nilson Barbosa ficou atônito e, após alguns segundos, explodiu: "Que bobagem, que tipo de mulher você pensa que é? Você não merece meu carinho, não se iluda!".

"Se você não gosta de mim, o que importa com quem eu estou?"

"Eu... Eu..."

Cíntia agarrou a mão de Nilson e o puxou para longe.

Ao passar por Jerônimo Laurentino, ela sentiu uma dor repentina no braço e olhou para baixo para ver sua mão sendo segurada por outra grande.

"Solte-o."

Cíntia sorriu cinicamente, pensando que provocá-lo não teria efeito algum.

"Sr. Jerônimo, o que isso significa? Seu irmão vai entrar em um quarto com uma mulher e precisa de sua permissão? Ou... o senhor quer participar também?"

Jerônimo Laurentino olhou-a com um olhar repleto de perigo, sua voz fria e distante: "Srta. Cíntia, até a falta de vergonha tem seus limites."

Nilson Barbosa murmurou baixinho: "Irmão, já que ela falou assim, é claro que eu tenho que satisfazê-la!"

"Cala a boca!" A voz de Jerônimo Laurentino endureceu de repente, cheia de autoridade.

Nilson Barbosa cerrou os dentes e deu um passo para trás.

Foi então que ela provocou: "Sr. Nilson, pense bem, esta é a única chance que estou lhe dando. Depois de hoje, você nunca mais terá outra chance".