Além da Traição: O Renascimento de Uma Estrela romance Capítulo 34

Uma hora depois, Carlos Andrade acordou, olhou em volta instintivamente e não viu Cíntia Andrade; apenas uma enfermeira estava retirando uma agulha de seu braço. Ele suspirou, convencido de que havia ouvido errado. Aquela garota, como poderia ter vindo?

"Sr. Andrade, como o senhor está se sentindo?"

"Estou bem!"

"Descanse um pouco e, se precisar de alguma coisa, é só tocar a campainha."

A enfermeira saiu do quarto e a porta ficou entreaberta.

Carlos ouviu a voz de Cíntia Andrade.

"Embora eu o odeie, ele ainda é meu pai. Não quero que ele morra, não tenho mais uma mãe... Não quero perder meu pai também..."

A voz da garota tremia, carregada de soluços, indicando que ela havia chorado bastante.

Ao ouvir isso, Carlos sentiu o coração apertar e toda a raiva que sentia por Cíntia desapareceu num instante.

Essa menina, sempre foi teimosa e complicada, mas no fundo ainda era a pequena que costumava fazer manha com ele, sabendo como deixá-lo comovido!

Ele se lembrou de Cíntia quando ela era pequena, chamando-o de pai e correndo para seus braços.

"Dona Maria, como ele está, ele está bem?"

Carlos apareceu: "Estou bem!"

Ao ver Carlos, Cíntia hesitou por um momento e no segundo seguinte se virou para sair.

"Fique aí!"

Ela parou, mordeu o lábio e, com o pescoço esticado, disse propositalmente: "Você não quer me ver, então vou embora para não incomodá-lo".

As palavras foram ditas claramente para que Carlos pudesse ouvi-las.

Ela sabia como seu pai era obstinado e desconfiado. Se ela falasse diretamente, ele provavelmente não acreditaria nela.

"Você não pode falar diretamente comigo, seu cabeça de vento?"

Dona Maria lançou um olhar aos dois e discretamente se retirou.

"Se meu próprio pai não acredita em mim, o que mais posso dizer?"

"Você é tão teimosa, nunca se rende. Eu não acredito nos rumores que circulam na internet sobre você!" Carlos suspirou.

Após dar alguns passos, ela parou, virou-se e correu para Carlos, abraçando-o fortemente.

"Você não pode ficar doente, você tem que ficar bem, senão, quando você morrer, eu nem vou te visitar!"

Dito isso, ela correu embora.

Carlos ficou parado por um momento, balançando a cabeça e sorrindo.

"Aquela garota..."

Ela estava tão preocupada com ele, mas se recusava a falar corretamente.

Dona Maria o ajudou a voltar para seu quarto: "Senhor, o senhor está muito preocupado com ela, ela..."

"Eu sei, aquela garota é a mesma de quando era pequena, não mudou nada, tem um temperamento difícil e fedorento, mas seu coração é mais suave do que o de qualquer outra pessoa."

"Você deve ter sofrido muito, fico com o coração partido ao ver como ela está magra."

"Você poderia aconselhá-la a voltar mais cedo? Eu me sentiria melhor."

"Ah, é claro..."