Resumo do capítulo Filho hipotético de Amor além do tempo
Neste capítulo de destaque do romance Romance Amor além do tempo, Sol Rodrigues apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
- Acorda Cris, por favor acorda.
Falei desesperada, vendo ela desmaiada depois de ouvir que eu e o Dilan transamos sem preservativo.
Dandara: Pega ali na cozinha, um copo com água, rápido Kyra.
Eu corri e peguei o copo com água e dei pra Dandara, que molhou um pouco o rosto dela, e logo ela foi recobrando a consciência.
Bastou ela olhar pra mim, que ela começou a chorar copiosamente.
Dandara: Cris, não chora. Você entendeu tudo errado.
Cris: Não entendi nada errado Dandara, eu ouvi muito bem quando você disse que a kyra era louca por ter transado com o Dilan sem preservativo.
-Cris, por favor me escuta, isso realmente aconteceu, mas eu pedi pra Dandara comprar uma pílula do dia seguinte pra mim.
Cris: Então vocês dois não estão planejando ter filhos?
- Claro que não Cris, eu não sou louca a esse nível.
Cris: Mas existe uma chance enorme de você engravidar, mesmo tomando essa pílula Kyra.
- Levanta desse chão Cris, senta nessa cadeira. Falei enquanto a ajudava a levantar.
Cris: Me desculpa por reagir assim, eu sei que você e o Dilan estão juntos, e eu estou agindo como uma ex namorada psicopata, mas eu não sei como reagir a isso Kyra.
Falou voltando a chorar.
Dandara: Cris, se acalma por favor, você está chorando por causa de um filho hipotético.
Não existe motivo algum pra você se desesperar desse jeito.
Cris: Me desculpem, eu estou morrendo de vergonha.
Nessa hora, eu pedi pra Deus pra não engravidar, pois eu não suportava ver a Cris nessa situação, e um filho meu e do Dilan, destruiria a Cris.
Depois dela estar mais calma, ela bebeu água e voltou pra recepção.
Enquanto eu e a Dandara ficamos nos olhando, sem saber exatamente o que fazer.
Dandara: Acho que devemos dar um tempo pra ela, eu não vou lá agora.
- Já eu vou pro meu quarto, eu preciso colocar minhas ideias em ordem.
Me despedi dela e passei pela recepção, onde encontrei a Cris com os olhos vermelhos.
- Cris eu...
Ela nem me deixou falar.
Cris: Kyra, você não me deve satisfações, é a sua vida, e eu não tenho nada haver com isso, eu só preciso ficar um pouco sozinha, pra conseguir me acalmar.
- Tudo bem Cris.
Deixei ela sozinha e fui pro meu quarto, e eu passei a noite inteira me revirando na cama, sem conseguir pregar o olho.
Eu vi exatamente quando o despertador tocou, e eu levantei no automático, escovei os dentes e me arrumei no automático.
Eu precisava falar pro Dilan sobre o que aconteceu.
- Será se ele não se tocou que transamos sem camisinha? pensei.
Fui tomar café da manhã e quem estava na Recepção era a Dandara.
Dandara: Você tá com uma cara horrível.
Foi melhor assim.
Quando eu acordei, já estava no final da tarde.
Comecei a pensar na minha casa, desde que cheguei, eu não havia feito exatamente nada pra sair da pousada.
Eu estava dormindo, comendo e bebendo de graça, e eu precisava do meu cantinho.
Lá pelo menos, eu poderia sentir a minha mãe mais perto de mim.
Aquele lugar nunca deixou de ser o meu lar.
E apesar de eu não ter tido tempo o suficiente com o meu pai, eu sabia que aquela casa era repleta de muito amor.
Eu tento me lembrar do dia que a minha mãe morreu, e alguém precisou ficar comigo. Existia uma pessoa na nossa casa que ficou dias cuidando de mim, a assistente social me levou pra um lugar cheio de crianças, onde eu só passei dois dias, depois eu voltei pra minha casa e fiquei com essa pessoa até que o meu tio chegasse.
Quando eu saí correndo atrás do Dilan, e o meu tio foi atrás de mim, nós não voltamos pra casa, então acredito que foi essa pessoa que fechou a casa e cuidou de tudo.
Mas quem era? eu só me lembro que era uma mulher.
Mas essa parte da minha vida, é sombria demais.
E minha vó e o meu tio nunca tocaram nesse assunto comigo.
Eu também nunca perguntei com medo de ter sido só uma invenção da minha mente pra diminuir o sofrimento que aquela época causou em mim.
Meus pensamentos foram interrompidos pela fome, mas não queria sair do quarto pra comer.
Eu não queria ver ninguém.
Então eu dormi de novo, pra que a minha mente pudesse ter paz, pelo menos por um tempo.
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