Resumo de O sonho – Uma virada em Amor além do tempo de Sol Rodrigues
O sonho mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Amor além do tempo, escrito por Sol Rodrigues. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Cheguei em Belo Horizonte às 08:30, depois peguei um ônibus pra ir pro interior de minas, eu não queria ligar pro meu tio, pra ele mandar ninguém me pegar, eu não queria precisar dele pra nada.
Levei mais 4:00hrs pra chegar ao meu destino.
Da Rodoviária pra casa da minha vó era 20 minutos, então eu peguei um taxi e fui.
Quando cheguei, fui recebida por um dos meus primos que me ajudou com as malas.
- Você tem notícias da vó Derik?
Derik: Não, mas o pai está lá desde ontem.
- É, ele me ligou, e eu vou só tomar banho e vou pro hospital.
Entrei na casa, e como eu passei poucos dias fora, estava tudo do mesmo jeito, e o meu quarto continuou intacto.
Tomei um banho bem rápido, me arrumei, peguei meus documentos, o meu celular, fui na cozinha e peguei uma fruta, e me mandei pro hospital.
Assim que cheguei lá, encontrei o meu tio na sala de espera, com um copo de café na mão.
Paulo: Kyra? que bom que você veio.
Ele parecia desesperado. E eu nunca o vi assim.
- O médico já veio dar notícias?
Paulo: Foi um infarto Kyra, ela precisou fazer um cateterismo e depois precisou desentupir a artéria, mas o médico disse que ela vai ficar bem. Estou só esperando ele vim aqui pra dizer que já posso vê-la.
- Será se posso entrar também?
Paulo: Acredito que sim.
Passando alguns minutos, o médico veio conversar com a gente.
Médico: Olha, ela não vai ficar com nenhuma sequela, o que a salvou foi a rapidez do atendimento, mas ela vai precisar ficar de repouso, e ela só receberá alta daqui a três dias, quem ficará com ela de acompanhante?
- Eu sou a neta doutor, me chamo Kyra, eu posso ficar.
Paulo: Eu posso reversar com ela nesses três dias.
Doutor: Ótimo, preciso que vocês preencham a ficha de acompanhante, e informem os horários das trocas, em seguida podem ir vê-la, de um por um, depois um vai embora, e vocês decidem quem vai ficar primeiro com ela.
Paulo: Olha, se você quiser, eu posso ficar até você descansar, afinal a viagem foi longa.
- Não, eu consegui dormir um pouco no ônibus, você passou a noite aqui então deve estar mais cansado do que eu, depois que você ver a vovó, você pode ir pra casa, e a noite você vem.
Paulo: Combinado.
Existia algo diferente no meu tio. Como uma pessoa muda da noite pro dia? ele estava calmo, mais humano e gentil.
- Aí tem.
Depois de preenchemos todos os papéis, ele entrou e eu fui pegar a minha roupa de acompanhante, depois de me trocar, eu entrei no leito da minha vó e ele já tinha ido embora.
Ela estava dormindo, parecia tão indefesa.
Sentei do lado dela, e comecei a chorar, enquanto alisava os cabelos grisalhos dela.
- Eu estou aqui vó, eu não vou sair do seu lado enquanto tudo não ficar bem, a gente vai conseguir resolver tudo, fica bem, pois eu só tenho a senhora.
Encostei a cabeça na maca dela, e dormi.
Acordei com alguém apertando minha mão.
- Vó? você tá bem? tá sentindo alguma coisa?
Vó: Desculpa minha filha, não queria ter feito você vim de tão longe.
- Não fala nada vó, eu viajaria o mundo inteiro se fosse preciso, eu vou cuidar da senhora, fecha os olhos e descansa pra você se recuperar logo.
Ela fechou os olhos e voltou a dormir.
Quando olhei no relógio, já haviam se passado três horas, eu realmente tinha apagado de tão cansada.
Me levantei, e fui almoçar, quando eu estava comendo, senti o celular tocar no bolso da minha calça, com o DDD de SP, pensei que poderia ser o Dilan, mas eu não tinha dando o meu número pra ninguém, não que eu não quisesse, mas porque eu esqueci.
- Alô?
Dilan: Kyra, graças a Deus. Como você sai assim desse jeito? porque você não me falou nada?
Senti o meu peito explodir de emoção.
- Desculpa Dilan, como é bom ouvir sua voz.
Dilan: Você devia ter me contado Kyra, eu teria dado um jeito de te ajudar.
- Eu não queria preocupar você, nem estragar o nosso momento juntos.
Dilan: Agora me conta, o que está acontecendo? porque a sua vó está prestes a perder a casa dela?
Eu tive que contar toda a história que a minha vó contou, inclusive o motivo que fez com que ela passasse mau.
Dilan: Eu conheço bons advogados Kyra, esse promotor parece estar desistindo do caso antes do tempo, ela pode entrar com um pedido de usucapião, pois só agora depois de anos foram pedir a casa de volta.
- Eu não sei como está o andamento das coisas por aqui Dilan, ainda não conversei com esse promotor, mas quando a minha vó receber alta, eu vou entender melhor a situação.
Dilan: Você promete que não vai sumir? que não vai deixar de me avisar qualquer coisa?
- Prometo Dilan, como você conseguiu o meu número?
Dilan: Através do José. Mas a ideia foi da Cris, eu estava louco sem saber o que fazer, daí ela me disse que o José poderia ter sido a pessoa que te levou de madrugada, e que ele poderia ter seu números na lista de chamadas dele, daí eu fui atrás dele e consegui o seu número.
- A Cris está sempre me surpreendendo, ela é uma boa pessoa, capaz de ajudar alguém, mesmo tendo o seu coração fragilizado.
Dilan: É, ela também me surpreendeu com essa atitude.
- Eu vou precisar voltar pro quarto agora.
Dilan: Ta bom, me liga Kyra.
- Não se preocupa, você não vai me perder de novo.
Fiquei pensando na Cris, ela tinha uma bondade no coração e atitudes muito parecidas com as minhas.
Eu ainda não tinha confirmado se ela era mesmo minha irmã, mas talvez se fosse, não seria tão ruim, tirando o fato dela ser apaixonada pelo Dilan.
Voltei pro quarto, e a minha vó continuava dormindo, o médico foi no quarto, verificou os batimentos cardíacos dela, mediu a pressão, e disse que estava tudo bem.
Fiquei olhando pra ela, e pensando na história que ela me disse sobre a minha mãe e o meu pai, será se ela estava me contando a verdade? ou será que ela também mentiu? tem tanta história pra passar a limpo, eu já não sei o que é real ou não.
De qualquer forma, eu teria que esperar até a minha vó se recuperar pra eu perguntar.
Encostei a minha cabeça na maca, e dormi novamente, acordei com o meu tio me ligando e dizendo que já havia chegado no hospital, e que eu tinha que sair pra ele entrar.
Olhei o horário e ainda eram 16:30.
Eu achei estranho, já que só havíamos marcado de noite.
- Oi tio, porque você veio tão cedo?
Paulo: Porque já descansei o suficiente, e você precisa descansar.
Vai pra casa, dorme, e amanhã pela manhã você vem.
- Tudo bem, me liga qualquer coisa.
Eu já estava saindo quando o chamei novamente.
- Escuta tio, onde o homem que quer tirar a casa da vovó mora?
Paulo: O que você pretende fazer?
- Nada, eu só quero entender o motivo dele está fazendo isso.
Paulo: Ele mora na fazenda do sol nascente, a mesma que os meus pais trabalharam por anos pra conseguir ter aquela casa.
- Tá bom.
Paulo: Não vá se meter em problemas Kyra, o cara tem a sua idade, mas é super arrogante, parece que tem um rei na barriga.
- Eu vou tomar cuidado, eu vou lá amanhã quando eu acordar, de lá eu venho direto pra cá, tudo bem?
Me levantei da cadeira assustada, pois realmente eu não estava pronta pra confirmar isso.
Entrei no meu quarto, peguei meu celular, que ainda estava com a metade da carga por falta de uso, peguei meus documentos, e fui em direção a fazendo do homem que queria tirar a casa da minha vó.
Quando cheguei, a fazenda tinha uma grande cerca, eu abri a porteira e invadi a propriedade, afinal, se eu gritasse ninguém iria me ouvir.
Cheguei no casarão e bati na porta, a pessoa não atendeu, bati de novo, e nada da pessoa atender, quando eu ia bater pela terceira vez, a porta se abriu.
" Isso são horas de perturbar o sossego dos outros " ?
Quando eu olhei pra cara dele, eu nem acreditei no que eu estava vendo.
- Fala sério. É você?
Entrei casa adentro sem nem pedir permissão pra entrar.
" Kyra, kyra, como você me achou aqui"?
- E você acha que eu estava a sua procura Rafael?
Rafael: Ué, se está as 06:30 da manhã batendo na minha porta igual uma louca, é porque sim, estava a minha proucura, deu saudades meu amor?
Ele se aproximou de mim, tentando me beijar.
- Eu só posso ter jogado pedra da cruz. Falei me afastando dele.
Rafael: Agora falando sério Kyra, o que você tá fazendo aqui?
- Desde quando sua família é rica?
Ele sentou numa poltrona e ficou me encarando.
Rafael: Desde sempre, mas eu nunca usufrui dessa riqueza até o meu pai morrer e eu ser o único herdeiro.
Mas você ainda não respondeu a minha pergunta, como você soube que eu estava aqui?
- Eu sou neta da mulher que você quer tomar a casa.
Ele se levantou de uma vez, assustado e ficou me encarando como se não acreditasse no que eu estava falando.
Rafael: É isso que dá não querer apresentar o namorado pra família Kyra, falou sério.
- Eu não estou com paciência pra debater esse mesmo assunto com você Rafael, e se eu soubesse que você era tão ambicioso, maldoso e mesquinho eu jamais teria me envolvido com você.
Ele se aproximou de mim novamente e eu me afastei novamente.
Rafael: Se você tivesse aceitado o meu pedido de casamento, você não estaria passando por essa situação, mas você além de não aceitar, ainda me escondeu deles, como se fosse o pior erro do mundo namorar alguém. Falou já exaltado.
- Cala essa boca Rafael, você sabe muito bem o motivo de eu não ter aceitado.
Rafael: Porque não estava pronta?
Pois eu vou falar uma coisa bem séria pra você agora Kyra, aquela casa só vai continuar sendo da sua avó, se você se casar comigo.
- Você é inacreditável Rafael. Você quer fazer chantagem comigo agora? quer casar mesmo sabendo que eu não sinto nada por você?
Rafael: Sim, mas isso é só questão de tempo Kyra, eu vou fazer você se apaixonar por mim.
- Eu nem consego acreditar que você está sendo capaz de fazer uma coisa dessas.
Rafael: Eu te dou apenas 3 dias pra pensar na proposta. Lembre que eu tenho dinheiro, e eu consigo aquela casa sem precisar fazer muito esforço.
- Vai a merda Rafael.
Saí dando as costas pra ele, quando o ouvi gritar.
Rafael: E a próxima vez que você vim aqui, não vem de madrugada não, a não ser que seja pra gente fazer um amorzinho gostoso.
Senti as lágrimas voltarem a cair, o ódio me consumiu mais uma vez.
Quanto mais eu tentava resolver um problema, mas eu me afundava nele.
- Cadê você mãe? que disse que estava me guiando? falei já em soluços.
Eu não sabia mais em que direção ir, eu só sabia que estava cansada de tanta luta e decepção.
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