Resumo de Contando a verdade – Uma virada em Amor além do tempo de Sol Rodrigues
Contando a verdade mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Amor além do tempo, escrito por Sol Rodrigues. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Acordei, sentindo o meu coração pesado, a minha mente me levou até a noite anterior, e eu só queria que tivesse sido um sonho ruim.
Se eu estivesse trabalhando sozinho, iria tirar o dia de folga, e passaria o tempo inteiro trancado no quarto, mas agora tendo uma empresa, eu não podia me dar ao luxo de fazer isso.
- Eu nunca vou perdoá-la por isso.
Falei pra mim mesmo, levantando da cama.
Tomei um banho, escovei os dentes, me arrumei e depois fui fazer o café.
Senti vontade de chorar, pensando no quanto a Kyra foi covarde comigo, me fazendo acreditar em uma relação, que pelo visto só existia na minha cabeça.
Tomei meu café da manhã, e tentei manter a minha cabeça em ordem, pra enfrentar o meu dia, e ter uma boa produção.
Meus funcionários chegaram, e já começaram sem pedir a minha ajuda, eles tinham aprendido muitas coisas no primeiro dia, e estavam bastante desenrolados.
- A Kyra e eu soubemos escolher muito bem vocês. Parabéns.
Falei admirado.
Era 10:30 da manhã quando o meu celular tocou, era a Dandara.
Com licença pessoal.
Falei, me retirando e indo pra área externa.
- Oi Danda?
Dandara: Dilan, tem um homem aqui, aparenta ter uns 45 anos, e disse que precisa falar com você.
- Como ele se chama?
Dandara: Ele disse que se chama Paulo, e pediu pra você vim aqui, que o assunto é urgente, e ele está com uma mala e me pediu um quarto.
Eu não me lembrava de conhecer nenhum Paulo.
E eu achei estranho alguém ter ido me proucurar justamente na pousada da minha irmã.
- Diga a ele que só posso ir no horário do almoço. Seja o que for, ele terá que esperar.
Dandara: Tudo bem.
Continuei o meu trabalho, e esperei o horário do almoço pra ver quem era o homem misterioso que estava a minha proucura.
- Bom gente, eu vou precisar sair agora.
Volto daqui a 1 hora, peçam o almoço de vocês e cuidado com o portão na hora de receber a comida, o tranquem direito.
Eles concordaram.
Eu sabia que ainda era cedo, pra dar esse grau de confiança pra eles, afinal, aquela era a minha casa, mas o assunto na pousada da Dandara parecia ser algo sério e eu precisava ver do que se tratava.
Quando cheguei na pousada, perguntei onde o homem estava, e ela disse que ele estava na área goumert.
Chegando lá, a minha mente me levou até o dia que a Kyra foi arrancada de mim.
Eu nunca esqueci o rosto daquele homem.
Eu fiquei assustado, pensando que havia acontecido algo com ela.
- Oi, você é o Paulo?
Perguntei assim que me aproximei de onde ele estava sentado.
Paulo: Sim, e você deve ser o Dilan.
Ele se levantou e apertou a minha mão.
Sente-se por favor, eu vim conversar com você sobre a Kyra, eu sou o tio dela.
- Eu me lembro de você. Você foi quem levou ela pra longe de mim, falei me sentando.
Paulo: Sim, foi eu, e peço desculpas por isso.
Eu e a Kyra não temos histórias boas pra contar, pois nunca nos demos bem, mas recentemente as circunstâncias me fizeram ver o quanto essa garota é especial e merecedora da felicidade, e é por ela que eu estou aqui.
A Kyra havia me contado que ela e o tio não se davam bem, então vê-lo falar dela com tanto carinho, me fez querer ouvi-lo.
- Eu não estou entendendo onde o senhor quer chegar, e o motivo que o trouxe aqui, pelo que sei, a sua sobrinha vai casar, e não será comigo.
Percebi que ele ficou tenso, e respirou fundo. Ele tinha as mesmas manias da Kyra.
Paulo: Dilan, eu preciso que você me ouça com atenção, pois a história será longa.
Mas eu tenho certeza que depois que você ouvir tudo, você irá entender o porquê a Kyra tomou essa atitude.
Fiquei pensando se valia mesmo a pena escutar algo que provavelmente não iria justificar nada, mas esse homem não teria vindo de tão longe, se não fosse algo importante.
Olhei no relógio, e vi que faltavam 45 minutos de almoço.
- Tudo bem seu Paulo, você tem 45 minutos pra me explicar por que a sua sobrinha me deu uma rasteira. Falei sem esconder o meu rancor.
Ele começou a falar, e a medida que ele ia falando, eu senti uma mistura de raiva, tristeza e alívio.
Raiva por ela ter mentido pra mim sobre ter tido namoros rápidos, tristeza por ela ter sido ameaçada, chantageada e não ter ninguém pra ajudá-la, e alívio por saber que ela me ama, e que só tomou a decisão que tomou por puro desespero.
Eu só percebi que as lágrimas estavam caindo, quando a Dandara se aproximou de onde estávamos.
Dandara: Dilan? você está bem? porque está chorando?
Rapidamente limpei os meus olhos.
- Eu estou bem Dandara, mas preciso que você me faça um favor.
Ela olhou desconfiada pro Paulo, e depois me olhou, como se buscasse alguma explicação.
- Esse é o tio da Kyra, o Paulo.
Dandara: Tio da Kyra? aconteceu alguma coisa com ela?
Ele se levantou e a cumprimentou.
Paulo: Me desculpe por não ter me apresentado direito pra você. A Kyra está passando por uns problemas, mas eu e o Dilan estamos conversando a respeito.
Dandara: Como posso ajudar Dilan?
- Preciso que você vá lá em casa, e libere os meninos pra irem embora.
Diga a eles que amanhã eles também estarão de folga e que nada será descontado do salário deles.
Eu vou passar a tarde aqui resolvendo algumas coisas com o seu Paulo e amanhã tenho outras coisas pra resolver com ele também.
Dandara: Tudo bem.
O Paulo pareceu não entender o motivo de eu ter dito isso, afinal eu não havia marcado nada com ele no dia seguinte.
- Bom seu Paulo...
Paulo: Me chame só de Paulo, por favor.
- Tudo bem Paulo, eu escutei tudo o que você me disse, e eu estou disposto a ajudar a Kyra e vou lutar pra tê-la de volta, mas antes você precisa saber de algo muito importante, e essa pode ser a nossa única chance.
Paulo: Pode falar Dilan, estou ouvindo.
Passei mais uma hora explicando pra ele que o pai da Kyra estava vivo, e que ela tinha uma irmã que trabalhava na pousada, expliquei pra ele que a Cris não sabe que a Kyra é irmã dela, e que a Kyra não quer que ela saiba agora.
Mas dado as circunstâncias, ela precisaria saber pra me dizer onde o pai delas mora.
Paulo: Eu não estou acreditando nisso.
Tadinha da Kyra meu Deus, quanto sofrimento pra uma pessoa só, eu estou me sentindo péssimo por ter sido tão ruim com ela durante esses anos todos.
- Agora já passou Paulo, mas precisamos agir rápido, se quisermos impedir esse casamento.
Paulo: O que você quer fazer?
- O pai da Kyra, é um homem com bastante dinheiro, ele tentou deixar a Kyra bem financeiramente, mas a sua irmã nunca aceitou nenhum dinheiro dele.
Paulo: Isso eu sei, conheço bem a fortuna dos Campbell, e cheguei a conhecer o Fernando.
- Ótimo, pois isso pode nos ajudar a fazer contato com ele.
A minha ideia, é pedir ajuda a ele.
Paulo: Mas o que te leva a pensar que ele a ajudaria, se ele nunca a procurou durante esses anos todos?
- Na última carta que ele mandou pra sua irmã, ele disse que não pôde criá-la como gostaria, e pediu que a mãe dela não estragasse o futuro da Kyra recusando o dinheiro que ele mandava, e isso é sinal que de alguma forma, ele se importa.
Paulo: Mas que tipo de homem abandona duas filhas Dilan? pois pelo que que você acabou de me dizer, essa outra moça passou a vida inteira em um orfanato.
- Talvez exista mais nessa história do que possamos imaginar Paulo, eu não vejo outra saída, além de procurá-lo.
Paulo: Tudo bem, mas precisamos ser rápidos, pois falei pra Kyra que iria retornar em menos de uma semana.
- Hoje a noite eu procuro você, vou tirar essa tarde pra conversar com a irmã da Kyra.
Paulo: Tudo bem.
Fui até a recepção, e a Dandara já havia voltado.
Dandara: Quer me explicar o que está acontecendo?
- Depois explico Dandara, onde está a Cris?
Dandara: Ela vem só as 16:00hrs.
- Você pode dar esse dia de folga pra ela?
Dandara: Posso, mas porquê? você vai contar?
- Sim, eu preciso contar.
Dandara: Meu Deus, ela vai me odiar Dilan.
- Eu cuido disso Dandara, eu vou agora na casa dela, e depois eu conto tudo o que está acontecendo pra você.
Dandara: Tudo bem.
Saí da pousada e fui em direção a casa da Cris, e várias coisas tomaram de conta dos meus pensamentos.
- Ela não podia, e nem eu. Foi um pedido da própria Kyra.
Cris: A Kyra sabe? e porquê ela quis esconder isso de mim?
Eu pensei que só você sabia quando viu o sobrenome na carta.
- Não, quando eu vi o sobrenome na carta, falei pra Kyra imediatamente. Ela achou que era só coincidência, mas depois de ler a carta, ela mudou de opinião, mas ela mandou eu ficar quieto até ela descobrir se você era mesmo a irmã dela, mas eu fui mais rápido e falei com a Dandara. Só que pela madrugada ela foi embora, e eu acabei não dizendo pra ela que eu havia confirmado a minha suspeita.
Cris: Então ela não tem certeza, só desconfia?
- Sim, quando ela foi embora, ela escreveu uma carta dizendo pra eu não falar nada pra você, até ela mesma se sentir preparada pra ter essa conversa.
A Cris se levantou um pouco mais calma, e se sentou no sofá.
Cris: Se ela te pediu isso, porque você está me contando agora?
A parte mais difícil da conversa havia chegado, e só daria certo com o completo apoio da Cris.
Sentei do lado dela e pedi pra ela olhar pra mim.
- Cris, eu sei que pra você a Kyra ainda é uma estranha, mas ela precisa da sua ajuda, e eu também.
Cris: Ela não é uma estranha pra mim Dilan, eu adoro a Kyra.
- Então será mais fácil de você me entender.
Eu comecei a explicar toda a situação envolvendo a casa da vó da Kyra, falei sobre ela ter ido embora de última hora, e falei sobre o ex namorado que agora é noivo, falei do tio dela que veio me procurar, e ela ficou estarrecida ao ouvir tudo.
Cris: Que filho da puta doente, falou se referindo ao suposto noivo da Kyra.
Como eu posso ajudar nisso Dilan? me diz que eu ajudo.
- Preciso do endereço do pai de vocês.
Ela pareceu surpresa, e um pouco amedrontada.
Cris: Eu não entendo como ele poderia ajudá-la.
- Ele tem recursos que podem salvar a casa da vó da Kyra e salvar a Kyra de um casamento indesejado.
Cris: Isso parece uma novela mexicana, meu Deus Dilan, é difícil digerir tudo isso.
- Ele pode até não ajudar Cris, mas temos que tentar.
Cris: Sabe que eu acho que o problema não é o Fernando? eu sinto que o grande vilão dessas histórias de abandono vem da mãe dele, a minha vó.
- Porque você acha isso?
Cris: Porquê quem bateu a porta na minha cara, mandando eu voltar pro buraco de onde vim foi ela, e não ele.
Eu nunca tive contato com ele pra saber se foi escolha dele ou não me abandonar, mas ela parecia saber muito bem sobre quem era eu, e de onde eu vim.
- Quando a mãe da Kyra morreu, falaram pra vó materna dela, que ela só iria ficar com a Kyra porque a vó paterna não quis.
Mas o que é estranho, é que se o pai dela está vivo, porque não entraram em contato com ele perguntando se ele queria ou não cuidar dela?
Cris: Não sei Dilan, mas eu estou disposta a ajudá-lo a descobrir, eu nunca tive ninguém pra lutar por mim, mas agora eu tenho a Kyra, e eu vou lutar por ela junto com você.
Me senti emocionado ao vê-la de coração tão aberto, disposta a ajudar uma irmã que tinha nas mais o coração do cara que ela amava.
- Eu tenho orgulho da mulher que você é Cris, e tenho certeza que quando a Kyra descobrir tudo que você fez por ela, ela nunca mais vai soltar sua mão.
Ela começou a chorar emocionada e eu abracei ela.
Cris: Cara, se vamos fazer isso. Temos que fazer direito.
Compra 3 passagens pra São Paulo pra hoje, e eu vou tentar fazer uma reserva no hotel, vamos começar isso agora.
- Pra quem é a terceira passagem?
Cris: Pro tio da Kyra, ele será essencial pra gente conseguir entrar na empresa dele, porque na casa não existe nenhuma chance com aquela cobra da mãe dele lá.
- Certo, consegue a reserva que eu vou conversar com a Dandara e organizar tudo pra nossa ida.
Fui pra pousada, e usei o computador de lá pra comprar as passagens, e fui logo contando resumidamente tudo pra Dandara.
Dandara: Eu quero ir nessa viagem também.
- Não Dandara, eu preciso de você aqui.
Você precisa contratar alguém pra trabalhar na cozinha, coloca o papai pra cuidar da recepção e você vai ajudar os meninos lá em casa com as peças, a minha fábrica não pode parar e eu preciso de material pra abrir a loja, e você já me ajudou muito a fazer essas peças, então você está capacitada pra ensiná-los.
Eu pretendo voltar em dois dias se tudo der certo.
Como eu dei folga pra eles amanhã, você tira o dia pra encontrar alguém pra ficar na cozinha. Eu prometo que cubro os gastos depois, mas preciso de você aqui.
Dandara: Tudo bem Dilan, eu farei tudo o que estiver ao meu alcance pra ajudar a Kyra a sair dessa enrascada.
- Obrigado.
Fui conversar com o Paulo, e ficou tudo marcado pra gente sair em direção ao aeroporto às 21:00 horas, pois o nosso vôo era 03:00hrs da manhã e a gente ainda precisava pegar uma longa estrada até chegar ao aeroporto.
Liguei pra Cris, que conseguiu a reserva logo pela manhã, então estava tudo planejado, só restava torcer pra que tudo desse certo, a nossa vida juntos, dependia disso.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor além do tempo
😘🥰😍🤩🫰🤗...