Resumo do capítulo Não é adequado de Amor além do tempo
Neste capítulo de destaque do romance Romance Amor além do tempo, Sol Rodrigues apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
Eu aproveitei cada minuto do meu abraço com o Dilan, depois que nos soltamos, ele viu o anel que eu carrego no pescoço que ele me deu quando nos separamos.
Quando ele falou que achava que eu o tinha esquecido, me deu um frio na barriga, pois eu me lembrei das várias noites que eu passei sem dormir, só imaginando como ele estaria, com quem ele estaria, e se ele ainda pensava em mim.
Assim como eu, ele também tinha vários questionamentos, como o fato de eu não ter o procurado antes.
Eu não podia deixar a minha vó, e também não podia voltar sem dinheiro.
Não que eu tenha dinheiro agora, mas pelo menos não vou precisar gastar dinheiro com aluguel por muito tempo.
Por mais que a intenção do Dilan seja boa, em me chamar pra ficar na casa dele, não acho que seja adequado, afinal, ele mudou, eu não o conheço mais.
Eu estou presa no que ele foi pra mim quando criança, mas muito tempo havia passado e a gente precisava tirar algumas coisas a limpo, e a moça da recepção seria um dos assuntos das conversas que precisaríamos ter.
Eu não queria questioná-lo assim tão de repente, a gente não tinha nada um com o outro, e ele não me devia nada, mas foi mais forte do que eu.
Eu não sou tão ingênua assim, eu sei que ele teve uma vida antes de mim.
Mas era difícil pra mim saber que o passado dele, estava ainda tão presente, então quando ele me confirmou que a moça da recepção era a ex dele, eu senti o meu coração apertar.
Eu vi que ele ficou sem graça com todas as minhas perguntas, mas eu não seria eu, se não perguntasse.
Eu vou precisar ter calma pra esperar o momento que ele finalmente se sentirá seguro pra me contar.
Eu pedi pra voltarmos pra pousada e ele foi me acompanhando, e eu me senti feliz, esse lugar apesar de alguns gatilhos pra mim, tem cheiro de felicidade, ter o Dilan tão próximo de mim me trouxe tanto conforto e alegria que eu nem sei explicar.
Ao chegarmos na pousada, avistamos a Dandara, que sorriu quando nos viu.
Foi um sorriso estranho, foi um sorriso que dizia que ela não estava acreditando no que ela estava vendo.
- Quantas vezes o Dilan falou de mim pra ela? pensei.
A resposta veio alguns segundos depois, quando ela me perguntou se eu era a Kyra do Dilan, e que ele não foi embora daqui porque sabia que um dia eu voltaria.
Eu fiquei sem jeito com o rumo da nossa conversa, pois eu sabia que o meu sentimento pelo Dilan era o mesmo sentimento dele por mim.
Eu tive que me desculpar por ter saído correndo mais cedo, ver o pai deles, quando ele foi tão presente na nossa infância, me fez ficar emocionada.
Como se eu não tivesse chorado o suficiente, o pai deles apareceu.
Ele ficou parado assim que me viu, como se o meu rosto fosse familiar pra ele.
Quando ele me reconheceu, eu comecei a chorar novamente.
Como foi bom receber o abraço dele.
Eu me lembro que ele corria atrás de mim e do Dilan na beira da praia.
A Dandara quase nunca ia pra praia, nunca soube o motivo, eu tenho poucas lembranças dela, mas do seu Dário eu tinha muitas.
Fiquei remoendo a minha vida aqui por muitos anos, era impossível esquecê-lo também.
Ele me chamava de pequena Kyra.
A irmã do Dilan chorou mais do que eu vendo a cena toda, era bom saber que eu não era a única sensível ali.
Teve algo que o seu Dário falou que me deixou bastante pensativa.
Ele disse: Talvez agora o Dilan se abra mais pra vida.
Voltei a sentir aquele aperto no coração.
Eu queria que o Dilan tivesse sido feliz, não que ele tivesse se fechado pro mundo.
Quando o seu Dário foi descansar, eu achei melhor me despedir e ir pro meu quarto também, mas a Dandara me chamou pra jantar.
Eu não queria receber tratamento diferenciado, os outros hóspedes poderiam estranhar e não gostar, mas daí ela me chamou de "Família", e eu realmente sentia que fazia parte dela, então eu fui, carregada pela Dandara, e ainda escutei as piadinhas do Dilan, dizendo que iria me perder pra irmã dele.
Sentamos na mesa, e ficamos conversando sobre vários assuntos, enquanto o Dilan me olhava a cada meio segundo.
Era nítido a vontade que ele tinha de ficar a sós comigo, e me enxer de perguntas.
Uma das coisas que o Dilan não consegue esconder, é a ansiedade dele.
Dandara: Kyra, você é solteira?
Dilan: Dandara, deixa de ser entrona , fica quieta.
Dandara: O que é Dilan? você mesmo está se segurando pra não perguntar isso a ela.
Fiquei rindo dos dois, que pareciam dois adolescentes.
- Eu tentei namorar com um cara, mas acabou rápido, eu não gostava de me relacionar com ninguém, então eu estou solteira.
Vó: É a família do garoto que não queria deixar você vim pra cá?
- Que memória é essa dona Ana?
Vó: Minha filha, a gente nunca esquece dos nossos amigos de infância, eu tenho essa idade e ainda lembro dos meus. E o seu tio falou que você chorou muito quando ele precisou trazer você, por isso estou perguntando.
- Eu sei que nunca falei sobre isso com a Senhora vó, mas o nome do garoto é Dilan, e hoje ele está um homem, muito bonito pra falar a verdade, e a gente fez uma promessa quando éramos crianças, de que se um dia a gente se separasse, a gente lutaria pra nos reencontrar novamente.
Quando vim pra cá, eu imaginava que ele já tinha feito a vida dele, que ele estivesse casado, ou até que tivesse ido embora.
Mas não vó, ele está aqui, e nunca foi embora esperando por mim, a senhora acredita?
Vó: Minha filha, como você escondeu essa história tão linda de mim esse tempo todo? eu nunca teria segurado você aqui Kyra, se soubesse que você tinha algo assim pra viver.
- Eu não teria vindo antes vó, eu só vim porque a senhora disse que ficaria bem.
Vó: Kyra, eu fui uma pedra no caminho da sua mãe, não a apoiei quando ela se apaixonou pelo seu pai, e jamais faria isso com você.
Viva tudo o que você tiver de viver minha filha, ame, se divirta, seja feliz, eu espero estar viva pra poder ver você vivendo um amor bonito como esse.
- Deus te livre vó, eu já perdi muito, não quero perder a senhora.
Vó: Nossa vida é um sopro Kyra, se tem algo que aprendi com a passagem nos anos, é que devemos vivê-la como se não houvesse amanhã.
- Vó? a senhora está chorando? não chora vó.
Vó: Sua vó é uma manteiga derretida, não ligue pros meus dramas não, a vó ama você.
- Também te amo vó, amanhã eu ligo novamente pra senhora.
Vó: Ta certo minha filha. boa noite.
Eu tive muita sorte de ainda ter a minha vó depois que minha mãe morreu.
A história que sei, foi que o conselho tutelar ligou primeiro pra minha vó paterna, por conta das condições financeiras, mas ela não quis saber de mim, com a recusa, ligaram pra minha vó materna, que apesar de não ter dinheiro, podia me criar.
Se ela não me quisesse, eu iria pro orfanato.
Então sim, eu tenho muita sorte, eu sou muito abençoada, apesar de não ter tido uma vida tão fácil.
Mas eu sou grata por tudo.
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