Amor com Meu Sugar Daddy romance Capítulo 1375

Diferente de Sílvia, que vivia de forma descompromissada, ela fazia questão de aproveitar cada dia ao máximo. Quando alguém lhe interessava, ela não hesitava em torná-lo parte do seu círculo íntimo, acreditando que viver de forma despreocupada e autêntica era o suficiente, sem se importar com as opiniões alheias.

Alguns a criticavam por sua falta de moderação, mas, se houvesse a chance de envolver-se com homens atraentes, quantas mulheres realmente recusariam tal tentação?

Aqueles que a criticavam estavam apenas invejosos, incapazes de viver da mesma forma que ela.

As convenções sociais, especialmente as restrições impostas às mulheres, eram consideradas por ela completamente irrelevantes.

No entanto, ela sabia que estava longe de ser o tipo de mulher que Ryan desejava, o que não era surpresa.

Não era de se admirar que ele apenas a desejasse fisicamente, sem querer um compromisso mais sério.

A dor em seu peito era insuportável, e as lágrimas começaram a correr livremente, enquanto seus lábios permaneciam firmemente fechados.

Ao levantar a cabeça, Ryan se deparou com a cena dela chorando silenciosamente.

Seu coração apertou, e ele rapidamente tentou pegar um lenço, mas, ao perceber que não tinha nenhum consigo, acabou rasgando um pedaço da sua manga e oferecendo a ela.

"Você sempre foi tão chorona assim?"

Nos últimos dias, ele a tinha visto chorar pelo menos cinco vezes. Será que ela era mesmo tão sensível?

Sílvia abriu a boca para responder, mas descobriu que não conseguia pronunciar uma única palavra.

Seu coração parecia ter um grande buraco, por onde o vento frio passava, deixando-a arrepiada.

Ela não conseguia enxergar claramente o que estava à sua frente, apenas desceu silenciosamente da grade, tremendo e parecendo tão frágil que poderia quebrar a qualquer momento.

Ryan levantou a mão, querendo consolá-la, mas o que poderia dizer?

Ele não sabia por que ela estava chorando; talvez fosse por causa de 001. Se fosse esse o caso, qualquer consolo pareceria inútil.

Ele lentamente retirou a mão, forçando-se a não olhar para ela.

"Ryan, você ainda ama a mulher daquela foto?"

"Não, já faz sete anos. O tempo é a coisa mais cruel deste mundo. Nos primeiros dois anos, eu pensava nela todos os dias, a ponto de não conseguir dormir. Mas agora, depois de sete anos completos, parece que nunca mais pensei nela. Apenas me acostumei a carregar a foto dela comigo, olhando-a antes de cada missão, como um lembrete para voltar vivo."

Sílvia enxugou as lágrimas, aliviada por saber que ele não a amava mais.

Eles haviam se separado por dez anos completos, e ele havia passado por muitas mudanças. Seria irracional exigir que ele não tivesse outra mulher em sua vida, isso seria pedir demais.

Mesmo uma pessoa comum, ao longo de dez anos, provavelmente teria mudado de parceiro várias vezes, quanto mais ele, que estava longe de ser uma pessoa comum.

Ao ver o sorriso dela se formar através das lágrimas, Ryan franziu a testa, perplexo com sua volatilidade.

"Já que você não a ama mais, você poderia me amar?"

O coração de Ryan pulou, e o som das batidas quase o impedia de ouvir o que ela estava tentando dizer. Sua garganta se apertou de nervosismo.

"Você gosta de mim, ou está vendo outra pessoa através de mim?"

Sílvia ficou paralisada, encarando-o.

Ele usou a ponta dos dedos para secar suas lágrimas.

"Olhando para 001, você pensa que eu me pareço com ele, certo?"

Era isso.

Ela baixou os olhos, e as lágrimas fluíram ainda mais intensamente, fazendo o coração de Ryan doer.

"Ryan, como você sobreviveu dez anos atrás?"

Ryan ficou surpreso, como ela sabia das adversidades que ele enfrentou há dez anos?

"Kleber me salvou. Naquela época, eu estava tão ferido que mal conseguia respirar, coberto de sangue na cabeça. Não sei como sobrevivi. Meu rosto também foi desfigurado. Fiquei três meses no hospital e, ao acordar, ele me pediu para trabalhar para ele. Eu, claro, aceitei."

Sílvia prendeu a respiração, aliviada por ele ter sobrevivido. Era como se tivesse recebido a benção divina.

Não deveriam perder mais nenhum minuto, pois cada momento desperdiçado era um desrespeito à vida.

"Você não quer saber quem é 001? Vá para o seu quarto, eu te contarei."