De um lado está Oscar, ocupado em dispensar as mulheres; do outro está Alice, comendo uns salgados, morta de tédio.
Eles não fazem ideia de que, não muito longe dali, vários homens e mulheres observam seus atos.
"É esse o homem que você não consegue desvendar apesar de todos os esforços?"
Os olhos de Madalena estão vidrados no grandalhão ao lado de Alice.
A distância não permite que ela veja claramente o rosto, mas pela elegância dos gestos e pelo formato de tronco, dá para ter uma ideia do quanto ele é bonito.
"É ele mesmo."
Rever aquele homem traz ao rosto de Vicente uma expressão sombria.
Madalena sorve um pouco de vinho e contempla o olhar cada vez mais profundo de Oscar.
"Enquanto ele estiver ao lado de Alice, não poderemos fazer nada." O tom de Hanna traz um pouco de ansiedade e de impotência.
Não é fácil conseguir aquela oportunidade, e Hanna não quer desperdiçá-la.
"Por que a pressa?" Madalena a olha com reprovação: "Temos que estar mais serenas conforme vai chegando a hora."
Dizendo isso, ergue a mão, e logo uma moça se aproxima.
"E então..."
Vendo chegar a desconhecida, Hanna e Vicente se entreolham, sem saber o que ela vai fazer.
"Vocês não falaram que, enquanto ele estiver o tempo todo ao lado de Alice, não podemos começar? Então eu vou tirá-lo de perto dela. "Madalena curva os lábios em um sorriso perverso.
……
"Estar em um banquete desses é, sem dúvida, a coisa mais entediante que existe." Oscar boceja, o rosto desconsolado.
"É muito chato." Alice dá um ligeiro gole no vinho de frutas que traz à mão e olha à sua volta. As pessoas conversam e riem em pequenos grupos, e o ambiente continua animado.
"Então vamos embora", diz Oscar, impaciente e com um brilho de esperança em seus belos olhos.
Alice sorri, "Você simplesmente quer ir embora, assim do nada?"
"Assim que voltei, meu irmão me despachou para proteger você. Nem tive descanso."
Dizendo isso, volta a bocejar.
Alice observa o azul apagado nos olhos e o cansaço nas sobrancelhas de Oscar, e então lhe vem o arrependimento.
Se ela não quisesse se juntar a essa festa, ele não precisaria ter sido arrastado.
Sentindo-se detestável, ela toma uma decisão repentina: "Vamos embora."
"A cunhada ainda cuida de mim.", diz Oscar, com uma risada.
Vendo aquela expressão infantil, Alice deixa escapar um sorriso. Ele é claramente mais velho, mas agora parece um irmão caçula.
Bem na hora em que eles se viram para ir embora, alguém descuidado cai nos braços de Oscar.
Após cambalear, ele logo estende a mão para amparar quem o atingiu.
"Desculpe, sinto muito…"
De cabeça baixa, a mulher que esbarrou em Oscar continua se desculpando.
Ele solta a mão dela e se afasta, indiferente: "Tudo bem. Só tome cuidado da próxima vez."
Ele olha para baixo, sente frio no peito e tem um mau pressentimento. Como esperado, sua camisa está encharcada de vinho tinto. Aquele tom de vermelho fica bem chamativo na sua camisa branca.
A culpada é a mulher à sua frente, que continua o tempo todo de cabeça baixa.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor doce de Henrique
História muito interessante, mas a ortográfica ta péssima, ta dificuldade a leitura, palavras erradas e as vezes repetidas...