Amor doce de Henrique romance Capítulo 271

Vendo que ela abaixa a cabeça, reconhecendo o erro, Alves também suaviza seu tom, apesar de ainda sentir alguma raiva.

"Maya, eu sei que você não quer saber de encontro às cegas, mas não pode simplesmente procurar qualquer rapaz para ser seu namorado. Pois veja, quando o Xande me disse aquele hoje, eu fiquei sem saber onde enfiar minha cara." Claro que a raiva vem da preocupação com a reputação.

Maya murmura consigo uma enxurrada de xingamentos, sem coragem de aumentar a voz.

Ela abaixa a cabeça, não diz palavra e tem uma expressão solene de quem reconhece estar errada.

Alves, de coração mole e suspira de leve, "Xande desde pequeno é esperto, entendido das coisas. Um rapaz muito bom. As idades de vocês são parecidas, vocês têm tudo para se dar bem. Por que não gosta dele?"

"Pai..." Maya ergue a cabeça e fala, determinada, "Não basta a pessoa ser maravilhosa para eu gostar dela. Eu não gosto nem um pouco dele, sério."

"Filha, a manutenção de um casamento não depende só de gosto. Sentimento faz parte, mas o mais importante é a compatibilidade das famílias."

Alves fala aquilo de coração, mas Maya responde com escárnio, "Pai, no casamento que eu quero, o mais importante é as duas pessoas se amarem. O resto é secundário, pode ter ou não ter que não me importa."

"Ahh..." Alves sente um amargor que acompanha o desejo da filha ser diferente. Por outro lado, ele não quer brigar e prejudicar a relação dos dois.

Enfim, o pai já falou isso com ela. Se ela não quer ouvir, não há nada que ele possa fazer.

Alves, então, suspira e diz, "Você que sabe, mas um dia vai se arrepender."

"Não vou, pai." É o que Maya responde convicta.

"Tomara." Alves não quer se preocupar demais com as coisas dela. Cada cabeça uma sentença.

Maya oculta sua satisfação e morde de leve o lábio. Seu pai é tão fácil de ser lidado por ela.

"Maya..." Alves chama de repente.

"Que foi?" Maya ergue a cabeça e olha para ele.

"Xande me pediu para dizer que ele vai te esperar, demore o quanto for."

O brilho nos olhos dela diminui um bocado. O que será que o Xande quer dizer com aquilo? Esperar? Só pode ser gozação, ele não tinha dado um fora nela há dois anos?

Esperar... que vá abraçar o capeta!

"Sendo sincero, querida. Eu realmente acho que o Xande serve para você. Por que não encontram algumas vezes e depois, se não gostar mesmo dele, você termina?"

Ele acabara de pensar em não se preocupar com a filha, mas, sendo pai, preocupar-se era quase inevitável.

"Pai!" Maya larga os hashis e encara o pai, insatisfeita, "Não fale do Xande na minha presença. Eu não quero ouvir falar nele, só de ouvir eu fico enjoada."

Quando acaba de falar, ela ainda imita o som de vômito duas vezes para mostrar seu desgosto.

Alves se enfurece, "Maya, que comportamento é esse?!"

"Pai, eu sinto ojeriza pelo Xande ao ponto de dar nojo." Maya se levanta e respira fundo, "Eu queria que não falasse mais nele, pai."

As palavras ditas, Maya ignora o semblante de indignação de seu pai, dá meia-volta e vai embora.

...

De volta ao hospital, Alice entra na enfermaria e não encontra Henrique.

Será que ele já foi embora?

Ela franze o cenho, vai até a cama e observa, pensativa, o rosto branco e azulado do pai.

Depois de um bom tempo, ela se vira e sai.

O pai dela não poderia continuar ali, é preciso levá-lo aos EUA, tanto porque lá se conseguiria um tratamento melhor, quanto porque, só longe dos problemas daqui é que se poderia ter paz.

Ela vai até a porta do escritório do coordenador, respira fundo e ergue a mão para bater à porta, mas esta abre de repente.

Ela olha para cima, surpreendida, e exclama, "Henrique, o que está fazendo aqui?"

É isso mesmo, quem ela acha que foi embora é justamente quem abre a porta.

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