Amor Iniciado pela Intriga romance Capítulo 163

Caso contrário, ele iria lidar com isso diretamente, ao invés de procurar Priscila especialmente.

Priscila não respondeu a pergunta dele, mas franziu suas sobrancelhas lindas, duvidando:

- Você que lida?

- Sim - Carlos acenou a cabeça.

Priscila sorriu:

- Mas isso se trata de meu assunto particular. Presidente Carlos, te agradeço muito por ter descoberto a verdade e encontrado as provas, mas por curiosidade, porque é que você quer lidar com isso? Não tem nada a ver com você, pois não?

- Saliento: eu faço isso não por conta de você, mas de mim próprio. - Carlos levantou uma mão, por medo de que ela entendesse mal.

Priscila rolou os olhos:

- Diga rápido. Eu quero saber o porquê.

- Na verdade, nada especial. Você também está ciente de que as famílias Martini e Guerra romperam os laços. Esta vez, a gente não conseguiu tomar a cadeira de parceria, perdendo para a família Barreto. - Carlos semicerrou os olhos de maneira perigosa.

Priscila ficou surpreendida:

- Não deu certo? Eu ouvi André dizer que a família Martini conseguiu mais um investimento e não ficou atrás da família Barreto. Porque perdeu de repente?

- O problema foi da família Guerra - Carlos tocou o dedo na mesa. - As famílias Martini e Barreto encontraram, ao mesmo tempo, a última empresa no Riacho Grande que estava disposta a investir. Inesperadamente, a empresa fingiu hesitante entre as famílias Martini e Barreto, mas investiu para a Barreto secretamente, de maneira que a Martini perdeu. E o presidente dessa empresa é parente da família Guerra.

- Portanto, foi a família Guerra que estava intrigando por trás? - Priscila franziu a testa.

Carlos ergueu o queixo:

- Isso mesmo. A família Martini tem lutado para esse lugar e quase dava certo, mas tudo foi arruinado pela família Guerra. Por isso, de jeito nenhum a Martini vai perdoar a Guerra. No entanto, a Martini é uma família nobre e não vai lançar ataques diretamente, de maneira que eu quero aproveitar o seu incidente, em que você caiu do cavalo, para lutar contra a Guerra passo a passo.

- Entendi - Priscila acenou a cabeça.

Carlos se aproximou dela:

- Então, você concorda? Apesar de ter cálculos pessoais, eu também estou tirando vingança por você.

- Eu sei, mas eu não preciso que você tire vingança por mim. Eu posso lidar com a família Guerra sozinha. Não se esqueça dos ódios entre os Grupos Salvatore Prussias e Caju Delight, entre eu e Camila. - RS lembrou.

Carlos ficou calado por dois segundos:

- Que tal cooperamos?

- Cooperamos? - Passou um brilho afiado nos olhos de Priscila.

Carlos disse sim:

- Já que ambos nós vamos agir contra a família Guerra, podemos cooperar. Você não tem poder nem capacidade, como é que faz a retaliação? Vai esperar o desenvolvimento de Caju Delight? Você tem certeza de que Edson não vai atacar durante esse período? Mesmo que ele não ataque, enquanto você fortalece Caju Delight, ele vai desenvolver Grupo Salvatore Prussias também. Você não tem como alcançá-lo, já não para falar de retaliar.

Priscila se encontrou incapaz de responder.

Tem razão. Ela está progredindo, mas Edson também não vai parar no mesmo local.

Se quiser fazer retaliação, ela ainda tem um longo caminho para prosseguir e é impossível tirar vingança sozinha em um curto tempo.

Perante o silêncio de Priscila, Carlos sabia que suas palavras funcionaram. Ele acrescentou depois de tomar café:

- Por isso, você só pode firmar aliança com alguém que também odeie a família Guerra. Caso contrário, será longe de tirar sua vingança. E eu sou o melhor parceiro justamente. Eu tenho poderio e posso te oferecer apoios inimagináveis. Em menos de um ano, você já conseguirá fazer essa retaliação. Não é uma boa ideia?

Na realidade, considerando o poder da família Martini, é muito fácil esmagar a Guerra. Poderia falir o Grupo Salvatore Prussias em apenas um mês, mas a família Martini não pode fazer assim.

Em primeiro lugar, a Guerra tem empresa imobiliária conhecida não só em São Tridente, como também em todo o país, com dezenas mil funcionários. Se o Grupo Salvatore Prussias falir repentinamente, esses funcionários vão perder emprego. O governo também vai investigar, identificando que a Martini é o autor, o que trará desastres para a Martini. Isso não compensa para a Martini.

Portanto, a melhor opção é manipular secretamente. A Martini pode aproveitar a violação da lei da família Guerra para eliminar o posterior passo a passo. Apesar de ser um processo lento, é mais seguro.

No momento em que a Guerra descobrir que está sendo mirada, o Grupo Salvatore Prussias já terá mudado de comando. Não vai falir, os funcionários não vão perder emprego e o governo também não vai investigar, mas a Guerra já terá perdido tudo. Que legal!

O que Carlos analisou também vinha à cabeça de Priscila.

Ela fez um suspiro:

- Então, é impossível recusar a cooperação com você.

Carlos estendeu a mão sorrindo:

- Fique tranquila. Eu não vou deixar você perder. Fica para mim o seu incidente de cair de cavalo. Você não precisa fazer nada, nem dizer nada. Continue levando isso como um acidente. Quando houver problemas na família Guerra um ano depois, eu vou te avisar para lançar o último ataque.

Olhando a mão do homem, Priscila não a apertou:

- Você não teme que o presidente Leonardo rompa os laços com você? Afinal, a Guerra é família de quem ele ama mais.

- De quem ele ama mais? - Carlos ergueu as sobrancelhas e fez um sorriso complicado. - Você realmente acha que Leo ama Camila?

- O que quer dizer? - Priscila se viu um pouco surpresa.

Carlos sorriu:

- Que tal fazemos uma aposta?

-Fazer uma aposta? - Priscila comprimiu os lábios.

Carlos acenou a cabeça:

- Isso. Vamos apostar se Leo ama Camila. Eu acredito que ele não ama.

- Você está tonto? - Priscila lhe deu um olhar estranho. - Como é que pode dizer que Leonardo não ama Camila?

- Não estou tonto. Estou sério. Eu aposto mesmo que ele não ama Camila. Para comprovar, veja se Leo acaba a amizade comigo daqui a um ano. - Carlos riu de maneira confiante.

Priscila torceu a boca e também riu:

- Tá bom. Já que você está tão ansioso para perder, eu faço esse jogo com você. Qual é sua aposta?

Perder?

Passou pelos olhos de Carlos um raio curioso.

Ele não achava que perderia.

- Ainda não faço ideia sobre a aposta. Vamos falar quando tiver o resultado um ano depois. - Carlos ponderou e respondeu.

Priscila fez um aceno:

- Tá.

Depois, ela apertou a mão com ele.

A mão de Carlos é bastante grande. Como tem pele bronzeada, sua mão também é de cor escura.

Priscila, por sua vez, tem mão pequena e de pele clara.

Quando os dois apertaram as mãos, firmou um contraste de cor muito óbvio.

Sentindo a mãozinha de Priscila, Carlos sentiu algo sútil no coração.

Subconscientemente, ele apertou a mãozinha dela, que é suave e quentinha, como se não tivesse ossos. Com essa sensação boa, ele não se controlou a apertá-la mais algumas vezes.

Notando o movimento dele, Priscila torceu a boca:

- Presidente Carlos, minha mão é confortável para apertar?

Carlos congelou um pouco e percebeu o que tinha feito. Com os ouvidos avermelhados, ele soltou a mão dela apressadamente e colocou sua mão por trás:

- KKK, perdão. Me parece que a sua mão é confortável para apertar, então…

Priscila não sabia se devia chorar ou rir.

Apertou sua mão como se fosse um brinquedo, só porque é confortável para apertar? Que infantil!

- Tudo bem. Presidente Carlos, pode levar embora essas provas. - Priscila abanou a mão para dizer que não lhe importava e devolveu a pasta para Carlos.

Já que o assunto era trabalho ele, não fez sentido ficar com isso.

Carlos recebeu a pasta:

- OK. A seguir, a família Martini vai penetrando a Guerra devagar e vou te informar os andamentos. Claro, se eu precisar de alguma ajuda, você deve prestar.

- OK, eu vou - Priscila concordou.

Afinal, eles são parceiros. Claro que ela não ia recusar.

- Tá bom. Vou embora - disse Carlos.

Priscila o acompanhou para sair do gabinete.

Carlos caminhou para o elevador. Entretanto, não se controlou a recordar a imagem em que ele apertou a mão de Priscila. Aquela sensação suave até o fez sentir um pouco a falta.

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