Amor Iniciado pela Intriga romance Capítulo 164

Ele até levantou a mão para cheirar e sentiu um perfume ligeiro.

Carlos sabia que era o cheiro do perfume de Priscila, que havia ficado na mão dele quando apertou a mão com ela. 

A fragrância era fresca e elegante, assim como a própria aura de Priscila, de maneira que ele não podia deixar de querer cheirá-la mais algumas vezes.

Carlos fez isso. Enquanto abaixava a cabeça ligeiramente para sentir o perfume, apareceu na cabeça a cena de abraçar Priscila e colocar a cabeça no pescoço dela, sentindo o cheiro do perfume dela.

Em um momento, as pontas de ouvido de Carlos se tornaram mais vermelhas, com o batimento de coração muito acelerado.

Nesse momento, a porta do elevador se abriu.

André saiu do elevador, com uma caixa térmica na mão. Ele não previu que havia alguém na frente e faltou pouco para chocar com ele.

Felizmente, André pausou os passos a tempo e evitou essa situação.

- É você?- André enxergou o rosto de Carlos e levantou sua dúvida. - Porque está aqui?

Com a cena amorosa interrompida, Carlos estava originalmente descontente.

Depois, se lembrou da relação entre André e Priscila e ficou de cara ainda mais feia. Ele bufou e entrou no elevador passando por André diretamente, sem dar uma resposta.

André inclinou a cabeça e ficou mais confuso:

- O que se passou?

Ele não ofendeu Carlos né?

Porque é que Carlos agiu como se olhasse para um inimigo?

- Que esquisito! - André não entendeu. Ele resmungou, rolando os olhos e foi ao gabinete de Priscila.

- Querida - André empurrou a porta.

Priscila estava fazendo o trabalho de papeis. Ouvindo a voz dele, ela levantou a cabeça:

- Porque é que veio? Terminou o trabalho na empresa?

Desde que Caju Delight entrou nos eixos, André raramente veio aqui.

Afinal, ele precisava de tomar comando da sua própria empresa.

- Hoje não tenho muito trabalho e vim trazer comida para você. Minha mãe fez costela a molho. Eu sei que você gosta de comer e portanto trouxe para cá. - André ergueu a caixa térmica.

Os olhos de Priscila ficaram brilhantes:

- Costela a molho!Faz tempo que não comi. Muito obrigada à sua mãe!

- Prove já. Senão, vai ficar fria mais tarde. - André colocou a caixa térmica na mesa dela e a abriu.

Logo que abriu a caixa, um aroma intenso se espalhava no ar.

No entanto, ao sentir esse cheiro, Priscila ficou com a risada rígida e seu rosto virou pálido em um instante. Em seguida, ela tapou a boca, puxou a cadeira e correu para o banheiro.

- O que está errado? - André ficou confuso com sua reação e só percebeu quando a mulher começou a vomitar. Ele deixou o prato na mão e se apressou ao banheiro.

No momento em que chegou ao banheiro, André viu Priscila vomitar violentamente, se apoiando na pia e curvando a cintura.

- Querida, o que aconteceu com você? - André franziu as sobrancelhas, cheio de preocupações.

Priscila ajustou sua respiração, fechou levemente os olhos e se encostou à parede antes de responder em voz débil:

- Estou bem.

- Como é que está bem? Você vomitou tanto. Veja seu rosto pálido. Vou chamar um médico. - Enquanto dizia, André pegou o celular, prestes a ligar para o médico.

Priscila abriu os olhos e pressionou para baixo seu celular:

- André, não precisa. Não estou doente.

- Não está doente? - André estava cheio de dúvidas. - Então…

Priscila suspirou:

- Não vou mais ocultar de você a situação de hoje. Enfim, você vai saber cedo ou tarde. Eu estou grávida.

- OK, é gravidez né? Eu achava que… - Falando por aqui, André percebeu de repente e arregalou os olhos, elevando o tom. - O quê?? Você ficou grávida?

Priscila acenou a cabeça.

André se encontrou tonto completamente e só voltou a perguntar em voz rouca após muito tempo:

- Há quanto tempo?

- Quase 2 meses. - Priscila respondeu, abaixando os olhos.

2 meses…

Foi justamente a data de divórcio com Leonardo, não é?

Rolando a garganta, André disse em voz meio invejosa:

- É bebê de Leonardo?

- Vamos falar lá fora. - Priscila não respondeu.

André acenou a cabeça.

André ajudou Priscila a caminhar ao sofá na área de descanso, lhe pediu para se sentar e serviu uma água:

- Tome um pouco de água. Você acabou de vomitar e certamente se sentiu mal no estômago. Vai ficar melhor bebendo um pouco de água.

- Obrigada. - Priscila sorriu, recebeu o copo e bebeu água antes de responder sua pergunta. - Não é de Leonardo.

É uma história ridícula. Ela se casou com Leonardo há 6 anos e ele nunca fez sexo com ela. Além de não a amar, Leonardo fez isso também por motivo de “preservar a virgindade” para Camila.

Portanto, como é possível que o bebê seja de Leonardo?

- O quê? - André ficou surpreendido e mexeu os lábios, com dificuldade de perguntar:

- Se não for de Leonardo, é de quem?

Se fosse de Leonardo, ele ficaria triste, mas também aceitaria. Afinal, ela foi esposa de Leonardo e era normal ter bebê dele.

Mas agora, Priscila lhe disse que o bebê não é de Leonardo, de maneira que ele se viu descontente em relação àquele homem que engravidou Priscila.

- Eu não sei quem é, nem o nome. Até me esqueci da aparência dele. - Tocando a barriga, Priscila fez um sorriso amargo. - Como eu estava totalmente tonta e tinha medo naquele momento, só dei uma olhada naquele homem e fui embora. Nem me lembrei de perguntar o nome dele.

Ela obteve o contato dele e perguntou o nome mais tarde, mas aquele homem não pretendeu dizer a ela.

Portanto, ela não sabia a identidade verdadeira dele até hoje.

André segurou a mão de Priscila e perguntou impetuosamente:

- Querida, você foi…humilhada?

Já que não sabia quem é o pai do bebê, a única possibilidade seria que ele foi estuprada.

Porém, Priscila abanou a cabeça:

- Não fui. Eu estava bêbada e fiz sexo com um homem, com a cabeça totalmente bagunçada, justamente na noite do seu aniversário.

André recordou:

- Por isso, eu vi uma marca no seu pescoço no dia seguinte e a verdade não foi como você disse naquele momento…

- Peço desculpa, André. Eu te enganei - Priscila se viu culpada.

Ela achava que o episódio daquela noite passaria simplesmente. Se ela não revelasse, ninguém saberia.

Mas inesperadamente, ela ficou grávida, de maneira que não tinha como ocultar esse acontecimento.

André apertou o punho e chocou na mesa.

Priscila apanhou um susto:

- André, o que está fazendo?

- Eu estou chateado, por não estar ao seu lado naquele momento. Se eu estivesse lá, você não iria… - André debruçou a cabeça de forma culpada, até com a voz chorosa. 

Priscila pegou sua mão para verificar se foi ferida.

Ao ver que não tinha lesão, ela tomou um fôlego:

- Não é culpa de você. Fui eu que bebi demais, o que resultou naquele incidente.

- Querida, você apurou aquele homem mais tarde? Caso o aparecimento desse homem não seja acidental? - André perguntou.

Afinal, Camila também estava no bar no dia de aniversário dele.

Caso aquele homem fosse colocado por Camila intencionalmente? É isso o mais preocupante para ele.

Priscila também sentiu um choque no coração, mas depois abanou a cabeça:

- Eu pedi a Carlos para investigar, que não é assim. Além disso, aquele homem é amigo de Carlos, que até me prestou ajuda antes. Foi ele que deu um jeito para comprar o Grupo Iutorga do presidente Sr.Tácito e usar a terra de Leonardo.

- Ah é? - André ergueu as sobrancelhas de surpresa. - Afinal, foi ele!

Priscila fez um aceno:

- Sim. O que aconteceu naquela noite foi realmente imprevisto.

- KKK, mesmo assim, é verdade que ele te intimidou. Eu tenho que procurar Carlos, identificar esse homem e lhe dar uma boa espancada! - André caminhou para fora raivosamente e Priscila não conseguiu impedi-lo.

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