Amor Iniciado pela Intriga romance Capítulo 194

- Bolino, seja bonzinho e caminhe por conta própria. - antes que o Leonardo dissesse algo, Priscila já tinha se inclinado para Bolino e dito isso.

Ela conhecia Leonardo, este homem tinha mania de limpeza e não gostava muito de crianças.

Fazer com que ele pegue oBolino no colo era simplesmente impossível.

Bolino piscou os olhos e baixou seus bracinhos:

- Tudo bem, vou andar sozinho.

- Bolino é tão bonzinho! Vá com o tio agora. - Priscila sorriu e esfregou seu cabelo, depois olhou para Leonardo. - Sr. Leonardo, por favor.

Leonardo assentiu e tomou a iniciativa de pegar a mão de Bolino, indo na direção do banheiro.

No banheiro, Bolino era muito baixinho para alcançar o assento da privada.

Leonardo não teve outra escolha senão levantar seu minúsculo corpo pelos sovacos e dizer com uma cara preta:

- Tire suas próprias calças, seja rápido.

Bolino fez biquinho e baixou a cabeça para abrir o zíper das calças.

Ouvindo o som da água pingando, as têmporas de Leonardo pulsaram com força.

Ele nunca pensou que ajudaria alguém a ir ao banheiro na sua vida.

E ele mesmo havia pedido por este trabalho.

- Tio, acabei. - Bolino virou a cabeça para olhar o Leonardo atrás dele.

Leonardo voltou dos devaneios e o colocou no chão:

- Vista suas próprias calças.

Ele já tinha feito mais do que suficiente em trazer este pirralho até o banheiro e segurá-lo enquanto se aliviava.

Vestir calças não era algo que ele faria, jamais.

Bolino não protestou, ele levantou obedientemente suas calças e as vestiu lentamente.

Depois de colocá-las, ele olhou para a pia:

- Tio, Bolino quer lavar as mãos.

Leonardo segurou sua testa.

Por que este garoto tinha tantas exigências?

Se fosse seu próprio filho, ele definitivamente não daria tanto trabalho.

Pensando nisso, Leonardo congelou por um momento.

Seu próprio filho...

Seu próprio filho estava na barriga de Priscila, não estava?

Mas a Priscila não tinha a intenção de tê-lo.

- Tio, eu quero lavar minhas mãos! - ao ver o Leonardo vagueando nos pensamentos novamente, Bolino não pôde deixar de bater os pés.

O que havia de errado com este tio? Mesmo que ele fosse cego, por que seus ouvidos também não eram bons?

Leonardo viu a antipatia nos olhos de Bolino, e seus olhos se estreitaram.

Este pirralho, ele realmente não era nada fofo!

Com a cara preta, Leonardo colocou Bolino sobre a pia e o deixou lavar as mãos sozinho.

Depois de lavar suas mãos, ele arrastou Bolino de volta para a mesa de jantar.

Priscila estava esperando por eles.

Vendo que eles tinham voltado, ela colocou o copo de água na mesa e se levantou:

- Sr. Leonardo, obrigada.

- Não é nada. - Leonardo deu a Bolino um olhar torto e disse em uma voz leve.

Priscila colocou Bolino de volta no seu assento e virou a cabeça para encarar o Leonardo, que ainda não tinha ido embora, e disse intrigada:

- Sr. Leonardo, você deve estar aqui para jantar também, agora que Bolino terminou de usar o banheiro, não vou mais atrapalhá-lo, você pode voltar para comer.

Ouvindo a Priscila abrir a boca para afastá-lo, os lábios finos de Leonardo se apertaram.

Na verdade, ele não esperava que ela ainda fosse uma pessoa que simplesmente joga fora depois de usar.

Justamente quando o Leonardo estava de mau humor, um homem de meia-idade num uniforme de restaurante se aproximou, segurando um microfone em sua mão.

- Senhor, senhora. - o homem de meia-idade parou na frente de Priscila e Leonardo e os cumprimentou com um sorriso.

Senhor e senhora?

Os dois ficaram atordoados.

Logo, Leonardo reagiu primeiro. Ele não só não ficou incomodado com essa forma de chamá-los, como também ficou um pouco feliz por dentro, tanto que seus lábios finos se curvaram para cima levemente.

Não percebendo sua mudança, Priscila franziu o cenho e corrigiu:

- Desculpe, não somos...

- O que foi? - antes que ela pudesse terminar sua frase, Leonardo falou de repente, interrompendo-a.

Priscila olhou para Leonardo com surpresa, sem entender se ele estava fazendo isso de propósito ou não.

O homem de meia-idade não notou a estranheza dos dois e, educadamente, sorriu de volta:

- É assim, eu sou o gerente deste restaurante, estamos realizando um jogo de Pais e Filhos. Originalmente, cinco famílias seriam convidadas para brincar, mas a quinta família de repente teve urgência a resolver e saiu mais cedo, então queria pedir a vocês que tomassem o lugar da quinta família e participassem da atividade.

Priscila levantou seu queixo em confusão, pronta para recusar.

Mas antes que ela pudesse falar, gerente acrescentou:

- Temos recompensas muito generosas para o primeiro lugar! Por exemplo, os brinquedos preferidos das crianças, como Barbie, Lego...

- Lego? - os olhos de Bolino se iluminaram instantaneamente quando ele ouviu isto.

Ele gostava muito de brinquedos que podiam montar e desmontar.

Caso contrário, ele não teria sido comprado por seu tio com um Transformers para vir aqui.

Ao ver a expressão de Bolino, uma sensação de mau presságio brotou no coração de Priscila.

O Leonardo também concordou.

Mas ao invés de se sentir incomodado, ele sentiu ansiedade.

Quanto ao motivo pelo qual ele estava ansioso, ele não conseguia dizer.

- Sim, Lego. - vendo o olhar interessado de Bolino, gerente comemorou secretamente e assentiu com rapidez, continuando a falar. - Amiguinho, se você gosta, então peça para seus pais te levarem para participar do jogo.

- Está bem. - Bolino acenou com a cabeça pesadamente.

Os cantos da boca de Priscila se contraíram.

O mau presságio tinha se tornado realidade.

Uma luz piscou nos olhos do Leonardo, e a curvatura de sua boca ficou cada vez mais evidente.

- Mamãe, papai, podemos participar do jogo? - Bolino desceu no assento e puxou os cantos das roupas de Priscila e Leonardo, levantando sua cabecinha com um olhar pidão.

Ele os chamou de mamãe e papai de forma extremamente natural.

Tão natural que era como se Priscila e Leonardo fossem realmente seus pais.

Por causa de um brinquedo, a criança estava chamando outras pessoas de pais. Que dó!

Priscila riu enquanto esfregava o cabelo de Bolino:

- Bolino, você realmente quer muito isso?

- Quero! Muito! - Bolino acenou com a cabeça repetidamente.

Priscila desgrenhou seu cabelo:

- Mas não tem jeito, afinal, não somos...

- Participaremos. - Leonardo a interrompeu.

Priscila olhou para ele:

- O que você disse?

Os olhos de Leonardo cintilaram ligeiramente, seu rosto indiferente ao responder:

- Já que o Bolino quer tanto, então participaremos.

- Oba, obrigado, papai! - Bolino bateu palmas alegremente.

Leonardo estava muito satisfeito com a criança o chamando de papai, e finalmente teve uma impressão mais agradável deste pequeno garoto.

Priscila enrugou suas sobrancelhas:

- Não, não podemos participar.

Eles não eram um casal de verdade, apenas ex-marido e ex-mulher.

Se a notícia chegasse aos ouvidos de Camila, aquela mulher louca poderia tramar algo contra ela novamente.

Ao ouvir a recusa insistente de Priscila, as pálpebras de Leonardo caíram e ele estava prestes a dizer algo, mas Bolino soltou suas mangas e agarrou a mão de Priscila com ambas as mãos, sacudindo-a mimosamente:

- Mamãe, Bolino quer tanto participar... Por favor, diga que sim!

- Bolino... - olhando para o pequeno que estava prestes a chorar, o coração de Priscila amoleceu.

No final, ela não conseguiu resistir ao pedido do pequeno e acenou com a cabeça, desamparada.

- Oba! Obrigado mamãe. - Bolino pulou alegremente.

Até mesmo Leonardo ficou aliviado em seu coração.

Ele pensou que ela realmente não concordaria.

Inesperadamente, no final, ela ainda concordou.

Priscila olhou para o pequeno que pulava de alegria e puxou os cantos da boca, forçando um sorriso, depois respirou fundo e olhou para o gerente ao lado, perguntando:

- Esta atividade não será filmada e postada na internet, certo?

- Claro que não, é apenas um evento interno para nosso restaurante e sei que alguns pais não querem que seus pequenos mostrem seus rostos diante de um público nacional, por isso não foi pensado como um vídeo desde o início. - gerente respondeu.

Priscila ficou mais tranquila e acenou com a cabeça:

- Ótimo.

Desde que não seja publicado na Internet e não corra o risco de ser visto por Camila.

- Então, senhor e senhora, tragam a sua criança e me sigam para se inscreverem ali. - o gerente disse, apontando para a mesa que tinha sido improvisado.

- Está bem. - Priscila assentiu.

Ela pegou a mão de Bolino e seguiu atrás do gerente.

Leonardo andou ao seu lado.

Ela mordeu o lábio e perguntou hesitantemente:

- Sr. Leonardo, o senhor me interrompeu antes e não me deixou falar sobre nossa verdadeira relação de propósito?

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