Amor Morto, Casamento Absurdo romance Capítulo 127

No entanto, assim que Zenobia tentou dar o primeiro passo, quase caiu.

Suas pernas tinham ficado fracas por muito tempo, e agora ela sentia um certo receio.

O sorriso nos lábios de Gildo não pôde mais ser contido.

Ele se inclinou, e enquanto ria, ergueu-a nos braços como se fosse uma princesa.

No instante em que se sentiu suspensa no ar, Zenobia instintivamente envolveu o pescoço dele com os braços.

Gildo apreciou profundamente aquela sensação.

O sentimento de ser necessário por ela.

Ele subiu apressadamente a escada em espiral, e logo chegou ao quarto, exatamente como fazia antigamente, onde com um leve empurrão abriu a porta do cômodo.

O ambiente estava impregnado com a fragrância exclusiva dele: um aroma intenso de madeira e pinho.

Zenobia foi depositada sobre a cama, e o colchão afundou suavemente sob seu peso.

Gildo logo se juntou a ela, aumentando ainda mais o afundamento da cama.

“Quer ver um truque de mágica?”

Sua voz soou encorpada e profunda, como um bom champanhe.

Zenobia sentiu-se como se estivesse embriagada, acenando com a cabeça de forma confusa.

Gildo estendeu o braço, pegou o controle remoto no criado-mudo e, com um leve toque, as cortinas negras se fecharam lentamente.

O quarto, que antes estava banhado por uma luz ofuscante, mergulhou em completa escuridão, a ponto de não se enxergar a própria mão.

O truque de mágica de Gildo era transformar o dia claro em noite.

Assim, a noite de núpcias tornou-se algo perfeitamente natural.

Felizmente, com a escuridão, a timidez no rosto de Zenobia não era notada facilmente.

O ar-condicionado do quarto estava alguns graus mais baixo do que nos outros cômodos, o que ajudava a dissipar o rubor de seu rosto.

No entanto, a temperatura baixa demais fez com que Zenobia começasse a sentir frio.

Gildo, então, deitou-se sobre ela, e o calor do seu corpo completou o dela perfeitamente.

Sua voz ficou ainda mais grave, carregando uma nota de contenção que até Zenobia percebeu.

“Senhora Paixão, agora é, naturalmente, a nossa noite de núpcias.”

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