Amor Morto, Casamento Absurdo romance Capítulo 142

Assim que Daiane terminou de falar, percebeu, ainda que tardiamente, que havia algo estranho.

Afinal, o que estava errado?

Daiane refletiu por mais de dez segundos, até que, de repente, teve um estalo. Olhou para Zenobia, depois para Gildo, e exclamou, assustada: “Espera aí! Você não é aquele senhor famoso da família Paixão de Rio Dourado, Gildo, é?”

Gildo ficou surpreso por alguns segundos. “Acho que... sou, sim?”

Afinal, ele era de Rio Dourado, seu sobrenome era Paixão e seu nome era Gildo.

Gildo voltou a falar: “Mas não tenho tanta certeza se sou o filho tão famoso da família Paixão de Rio Dourado de quem você está falando, talvez seja só uma coincidência de nome.”

Daiane se lembrou vagamente do que havia acontecido há pouco no estacionamento.

Ela estava tão ocupada tentando alertar Zenobia, que nem prestou atenção nos carros na garagem.

Agora, relembrando, percebeu que os carros alinhados na garagem, cada um deles individualmente, valiam mais do que sete dígitos.

Daiane respirou fundo, virou-se para Zenobia ao seu lado, arregalou os olhos e, em voz baixa, perguntou: “Zenobia, ninguém me contou que você se casou com o Gildo!”

Zenobia explicou: “Os assuntos do meu pai são um pouco delicados, então preferimos não divulgar isso.”

Daiane naturalmente aceitou a explicação, embora ainda sentisse que estivera alheia a tudo.

O principal era: era o Gildo!

Não era qualquer um!

Era o mesmo Gildo Paixão de quem ouvia falar com frequência quando organizava exposições em Los Angeles, sempre mencionado pelos grandes empresários.

A influência de Gildo era tamanha que, toda vez que Daiane se apresentava como vinda de Rio Dourado, esses grandes nomes passavam a olhá-la com outros olhos, apenas porque Gildo também era de lá.

Daiane precisou de um tempo para se recompor. Então, levantou-se solenemente e estendeu a mão para Gildo. “Sr. Paixão, é uma honra, de verdade.”

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