Amor Moscato romance Capítulo 165

Yolanda acenou com a mão: "Não quero beber, obrigada..."

Antes que pudesse terminar a frase, sentiu novamente vontade de vomitar.

Tudo o que conseguia pensar era naquela criança segurando uma enorme lagarta torcida, antes de jogá-la na boca...

Yolanda fechou os olhos e perguntou: “De quem é esse menino?”

“Ele é filho da Linda, a empregada" Marcos fez uma pausa: “O que há de errado?”

Yolanda, lutando contra a vontade de vomitar, continuou perguntando: “Ele parece ter apenas sete ou oito anos de idade, como pode...”

“Linda tomou remédios quando estava grávida, o que afetou o desenvolvimento do menino. Ele nasceu assim, com deficiências mentais e alguns... problemas neurológicos.”

“Yolanda, o que há de errado?" Marcos estendeu a mão para apoiá-la: “O seu cara está tão pálida?”

Ela balançou a cabeça, sem conseguir resistir, e perguntou: “E naquela época, a Linda não fez nenhum exame? Eles não descobriram a malformação?”

"Dizem que ela fez os exames, mas não descobriram nada. Às vezes, os exames não são 100% confiáveis, há muitos erros de diagnóstico."

Yolanda mordeu o lábio, sem saber como descrever o que sentia naquele momento.

Se ela soubesse que seu filho nasceria dessa forma, talvez preferisse que ele não tivesse nascido. Mas o destino já estava traçado, Linda não tinha escolha, e o menino que nasceu também não.

De pé em frente à janela, Yolanda podia ver o menino ainda se mexendo na grama, não muito longe dali.

“Tome um pouco de água" Marcos apareceu ao lado dela.

Ela estendeu a mão e aceitou: “Obrigada”.

Marcos olhou para fora brevemente, antes de voltar seu olhar para Yolanda: “Linda até tentou deixar o menino em um orfanato uma vez, mas era muito ruim, cheio de crianças com deficiências, e ela não conseguia superar o sentimento maternal, ela acabou trazendo-o de volta para casa. Linda é uma das mais velhas da família e minha mãe sente pena dela, por isso a deixou trazer o filho para trabalhar conosco. O menino costuma brincar sozinho no quintal, todos nós já nos acostumamos com isso. Não se preocupe tanto, todos eles são pessoas que merecem compaixão.”