Amor Moscato romance Capítulo 235

A mulher dormia profundamente, embalada em um sono tranquilo e sereno, respirando suavemente, enquanto seus longos e densos cílios cobriam suas pálpebras.

Sob o cobertor, suas pernas estavam bem juntinhas às dele, com uma mão repousando em seu pescoço, numa postura de abraço típica de amantes.

Ela inclinava ligeiramente a cabeça para trás, as narinas se movendo delicadamente, e seus lábios rosados entreabertos, como se estivesse lhe fazendo um convite silencioso.

Sandro não tinha ideia de como ela tinha acabado em sua cama.

Os homens tendem a acordar já bastante excitados, e estando tão próximo a Yolanda, ele sentia-se como um arco tenso, a tensão aumentando cada vez mais.

Mas ele não queria acordá-la.

Porque sabia que, assim que ela abrisse os olhos, Yolanda provavelmente sairia correndo, tomada pelo pânico!

Sandro observava seus lábios, engolindo em seco com dificuldade.

Então, inclinou-se e tocou seus lábios de leve.

Apenas um toque rápido e se afastou.

Vendo que Yolanda não mostrava sinais de despertar, ele se aproximou novamente, dessa vez demorando-se mais.

Ele pensou que isso poderia aliviar a tensão, mas só fez aumentar seu desejo.

Sob sua mão, o tecido de seda pura se fazia presente; hesitou por um instante, mas sem vacilar, deslizou a mão por baixo da camisola...

...

Yolanda estava meio adormecida, sentindo alguém beijando seus lábios.

No começo, pensou que fosse um sonho, mas a sensação foi ficando cada vez mais clara, até que ela finalmente abriu os olhos.

E deparou-se com o rosto bonito de Sandro bem próximo ao seu.

Por dois segundos, a mente de Yolanda ficou em branco, até que ela lembrou do que tinha acontecido na noite anterior.

Seu plano de fuga havia falhado, e ela acabou adormecendo ali?

E dormiu tão profundamente!

Quando acordou, já estava quase amanhecendo.

Mas, por sorte, Sandro ainda estava dormindo.

Ela sentia que, não importava o que dissesse, Eduardo simplesmente não acreditaria nela, apenas tornaria as coisas piores.

"Sr. Martins, não é o que você está pensando. Você poderia... não contar ao Sr. Amaral que eu saí do quarto dele esta manhã?"

Essa era a verdadeira preocupação.

Eduardo levantou uma sobrancelha, "Yolanda, você sabe quantas mulheres gostariam de ter alguma coisa a ver com o San? Por que é que você parece tão desesperada para negar qualquer ligação com ele?"

"Os outros são os outros, eu sou eu. Sr. Martins, eu imploro." Yolanda olhava para ele quase que suplicante.

"Tudo bem." Eduardo concordou rapidamente, "Considerando que você cuidou da Helena, eu prometo, não vou contar a ele."

"Sério? Muito obrigada, Sr. Martins, você é um anjo."

Eduardo riu, "É melhor você ir agora, antes que ele acorde e eu nem saiba como te defender."

Dizendo isso, ainda apontou gentilmente a direção para ela, "O quarto da Helena é reto até o fim, vira à direita, depois à esquerda."

"Obrigada, Sr. Martins." Yolanda fez uma reverência e saiu correndo.

Quase no mesmo instante em que Yolanda desapareceu, a porta do quarto se abriu por dentro.