Amor Moscato romance Capítulo 275

Cíntia ficou surpresa por um momento e logo olhou para Yolanda. "Yolanda, quando Marcos soube disso, se trancou no ateliê. Ele quebrou tudo lá dentro, só ficamos sabendo disso no meio da noite, quando ele saiu correndo do ateliê... Yolanda, por favor, tenha pena da Sra. Barreto e ajude o Marcos, tá?"

Heitor também olhava para Yolanda com um olhar cheio de esperança.

Yolanda tinha um coração mole, e a coisa que ela menos sabia fazer era dizer não.

Ela estava prestes a falar, mas Sandro segurou seu pulso, dizendo: "Não vem com essa, Yolanda não é psicóloga, o que ela poderia fazer? Com esse tempo todo, melhor seria procurar um psicólogo de verdade para ele. Dois milhões, isso é mais do que suficiente."

Nesse momento, uma voz ecoou da escada: "Deixa o Marcos vir morar com a gente!"

Todos se viraram e viram a velha Senhora descendo as escadas.

"Mãe", Cíntia enxugou as lágrimas e foi ao seu encontro, "A gente fez barulho demais e te acordou?"

A velha Senhora olhou para ela calmamente e depois se virou para Sandro, dizendo: "E você, Sandro, o que me diz?"

Yolanda podia ver, ele não queria que Marcos ficasse.

Mas as palavras da velha Senhora eram ordens para ele.

No fim, Marcos ficou.

Voltando para o quarto, Sandro puxou Yolanda.

Ela levantou os olhos e viu que Sandro parecia muito sério.

"O que foi?" ela perguntou.

"Você ainda gosta do Marcos?" Sandro perguntou, olhando nos olhos dela.

Yolanda balançou a cabeça, "Não, não gosto mais."

Sandro relaxou um pouco, "Deixar ele ficar foi ideia da vó. Yolanda, mantenha distância dele!"

"Sim", Yolanda concordou, submissa.

"O que aconteceu?" A figura de Sandro apareceu na porta da cozinha.

Ao ver a cena, seu rosto escureceu.

Ele se aproximou de Yolanda, franzindo a testa, e perguntou: "Ele te machucou?"

Yolanda, temendo que eles brigassem, apressou-se em negar, "Não! Foi... Marcos que sem querer quebrou os pratos. Eu estou bem."

Ela segurava firmemente a borda da camisa de Sandro, pálida.

A água do macarrão começou a ferver, e Sandro virou para abaixar o fogo, depois olhou para Yolanda ainda observando Marcos no chão, franziu a testa, segurou o queixo dela e virou seu rosto para si.

Então, inclinou-se e, sem se importar com Marcos ainda presente, a beijou.

Yolanda sentiu um formigamento na palma da mão e, no segundo seguinte, Sandro a pressionou contra o fogão, envolvendo-a em seus braços, beijando-a intensamente.

Marcos não sabia ao certo quando havia parado de fazer o que estava fazendo, ainda agachado no mesmo lugar, com a cabeça erguida, observando a cena à sua frente sem expressão alguma. O caco de porcelana que segurava nas mãos apertava-se cada vez mais, mesmo com as mãos cheias de cortes sangrando, parecia não sentir dor alguma...