Amor Moscato romance Capítulo 474

Esta foi a primeira vez que Sandro foi ao médico desde que ficou cego.

O exame era bastante complicado, demandando duas horas, e após Sandro entrar, Yolanda ficou esperando do lado de fora.

Na tela LCD ao lado, passava uma reportagem sobre a Mansão Imperial, durante a qual mostraram uma escultura. A filmagem foi bastante completa, e foi só então que Yolanda percebeu que a escultura não tinha olhos, e até as mãos haviam sido cortadas, com o corpo amarrado por cordas. Só de olhar, já era sufocante.

Yolanda pensou, ainda bem que Sandro não pode ver, senão, quão triste ele ficaria ao presenciar essa cena...

"Tia." Uma voz infantil soou em seus ouvidos.

Yolanda deu um pulo, nesse momento, ela pensou ter ouvido coisas.

Logo depois, sentiu alguém puxando levemente seu dedo.

Yolanda olhou para baixo e viu um menininho ao seu lado.

"Tia, você viu minha mãe?" O menino era bonito, mas muito magro e pálido, o que deixava claro que estava doente.

Antes, Yolanda não sentia muito por crianças. Mas desde que teve Nina, ela passou a adorá-las.

Ela se agachou para ficar na altura do menino e perguntou gentilmente: "Você se perdeu da sua mãe?"

O menino assentiu. "Acho que sim."

O hospital estava cheio, e Yolanda, preocupada com a segurança do menino e pensando que Sandro ainda demoraria um pouco, pegou na mão do menino para procurar sua mãe.

Assim que chegaram ao térreo, ouviram uma mulher chorando e pedindo ajuda para uma enfermeira no balcão de informações: "Por favor, vocês têm que me ajudar a encontrar meu filho. Eu só fui pagar a conta e, quando virei, ele tinha sumido. Ele está doente, e se alguém mal-intencionado o levar..."

Yolanda soltou a mão do menino, que correu em direção à mulher: "Mãe!"

O menino se jogou nos braços da mulher, que, aliviada, começou a chorar de alegria.

Depois, a mãe do menino agradeceu a Yolanda.

Yolanda hesitou por um momento, lembrando-se de como Cíntia era, e imaginando que a pessoa na maca poderia ser Heitor.

Heitor se acidentou?!

Yolanda sentiu um calafrio e, sem pensar, seguiu adiante.

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Do lado de fora da sala de emergência, Cíntia foi impedida de entrar.

"A família deve esperar aqui fora."

Vendo a porta se fechar, Cíntia cambaleou para trás, soluçando.

Ela ficou de pé por um momento, sentindo as pernas fracas, procurou um lugar para se sentar, mas então viu Yolanda.