Amor Moscato romance Capítulo 90

Yolanda arregalou os olhos, sem saber se ele ainda estava lúcido ou se já estava completamente sob o efeito de drogas. Apenas sentiu que essas palavras eram demasiado diretas e explícitas, nada parecidas com o que Sandro normalmente diria.

Ela mordeu o lábio, demorando um pouco antes de falar: "Sr. Amaral, a Srta. Alves está à sua espera em casa."

Os dedos de Sandro pressionaram o canto dos lábios dela, esfregando com força duas vezes: "Se você quiser, eu posso terminar com ela."

Yolanda não compreendia o que ele queria dizer com "terminar com ela", e antes que ela pudesse pensar ou questionar mais, Sandro já estava inclinando-se sobre ela, com a ponta do nariz tocando levemente o dela, olhando fixamente para seus lábios rosados. Sandro sentia-se como um arco tenso, pronto para disparar. Mas ele temia assustar Yolanda, então se esforçava ao máximo para controlar o fogo que fervilhava por dentro, seduzindo-a lentamente.

"Yolanda, você cheira tão bem." Sandro virou a cabeça, roçando a sua bochecha na dela, e a sua voz grave soou ao pé do ouvido dela.

"Sr. Amaral..." Yolanda olhava para o teto, com um olhar meio distante.

Ela não conseguia resistir a tal provocação.

De repente, Sandro capturou o lóbulo da orelha dela com os lábios, dando uma leve chupada.

"Ah—" Yolanda arqueou o corpo, tremendo incontrolavelmente. Suas mãos agarravam firmemente a roupa de Sandro, sentindo como se a sua sanidade estivesse por um fio.

Sandro continuava a tentá-la: "Yolanda, diga que você quer. Hmm?"

"Diga que você quer."

Ele sussurrava repetidamente em seu ouvido.

Yolanda sabia que ele também estava quase a perder o controle.

Sua bochecha estava muito vermelha, e Sandro, ao tocar na sua testa, percebeu que ela estava com febre, provavelmente não teria tido uma noite fácil. Ele pegou uma bolsa de gelo da geladeira, envolveu-a em uma toalha úmida, puxou uma cadeira para sentar-se ao lado do sofá e colocou a toalha na bochecha de Yolanda, tentando baixar a sua temperatura.

Olhando para o rosto tranquilo da rapariga dormindo, Sandro sentiu, de alguma forma, uma paz inédita.

Logo, ele também não conseguiu resistir ao efeito das drogas e adormeceu profundamente...

Do outro lado, desde que Sandro desativou a câmera, a tela de Eduardo tinha ficado preta. Ele balançou o seu copo de bebida, soltando um som de desaprovação: "Foi realmente um espetáculo interessante, uma pena não poder ver até o fim. Que frustrante."

Colocando o copo de lado, ele fez uma chamada: "Chame Flávia Guerra para me fazer companhia."

"Sim, Sr. Martins."