Amor Por Ela, A Desprovida romance Capítulo 102

Nem Bryan nem Finley estavam de bom humor.

Franzindo o cenho, Kate olhou para Harry, que apareceu mais tarde, perguntando: "Sr. Miller, o que está acontecendo?"

"O sr. Turner parece estar apaixonado", disse ele, esfregando o queixo e estreitando os olhos ligeiramente.

"Por quem? A sra. Turner sabe disso?" Perguntou a governanta, preocupada com Finley.

"Você não viu agora a mulher? Não a reconheceu?"

"O que?" Perguntou ela, confusa.

"Ela é a sra. Turner, colocava uma maquiagem feia de propósito. Você acredita mesmo que o sr. Turner tem um gosto estranho?"

Uma discussão acalorada, então, seguiu esta explicação.

Meia hora havia se passado, quando Harry foi ao quarto de Bryan, conforme solicitado.

O homem, de roupão, estava sentado em frente a uma janela francesa, com um cigarro na mão.

"Diga a ela pra me tratar agora", disse ele.

O tratamento havia sido adiado por muito tempo, e ele havia se lembrado dessa bagunça naquele momento.

"Tudo bem, sr. Turner", disse Harry, saindo, e batendo na porta do quarto ao lado: "Sra. Turner."

A porta foi aberta após um rangido, e Finley, de pijama, olhou para ele e perguntou: "O que foi?"

"O sr. Turner a convidou para tratá-lo."

"Diga a ele que hoje não tô me sentindo bem, o tratamento começa amanhã", respondeu ela, virando-se e fechando a porta.

Harry ainda queria dizer algo, mas machucou seu nariz na porta, ao ser batida.

Então, esfregou o nariz e retornou ao quarto do chefe, entregando o recado: "A sra. Turner disse que não está se sentindo bem hoje, e que o tratamento começará amanhã."

"Diga a ela que eu quero começar agora", disse o homem com tom frio e atitude dominadora, apagando o cigarro no cinzeiro.

Harry, então, foi para o quarto ao lado, batendo na porta e dizendo: "Sra. Turner, o sr. Turner disse que precisa do tratamento agora."

"Diga a ele que eu tô ocupada e que posso reembolsá-lo, se necessário", respondeu ela, não abrindo a porta, apenas gritando de dentro do quarto, com arrogância.

O assistente percebeu, então, por que ela havia ganhado de tantas mulheres na conquista do coração de Bryan. Como a mulher era distinta!

Não restou mais nada a ele, então, do que voltar amargamente para o quarto principal e repetir o que ela havia dito.

Bryan, por sua vez, lançou a ele um olhar frio e disse: "Diga a ela que vou cobrar cinco vezes o pagamento, como indenização."

Ele acreditava que ela devia estar com pouco dinheiro, com duas indenizações para pagar ao mesmo tempo.

Ao ouvir isso, ela abriu a porta, saindo com um kit médico e dirigindo-se ao quarto principal.

Harry soltou um suspiro de alívio, sentindo-se agradecido pela tortura finalmente ter chegado ao fim, pois havia sofrido muito pela briga do casal.

Finley, então, sentou-se na frente de Bryan com seu kit médico, e com rosto inexpressivo, abriu-o e tirou as coisas de que precisava, dizendo: "Harry, diga a ele para se deitar."

"Hã?" O assistente ficou confuso.

O casal estava a apenas um passo de distância um do outro, então era necessário que ele lhes servisse de mensageiro?

Bryan explodiu. Aquela mulher o tratava como  se fosse surdo?

"Harry, pergunte a ela se posso sentar aqui", disse ele.

"Harry, diga a ele que pode fazer o que quiser, mas que não reclame de dor", respondeu a jovem.

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