Amor Pós-Divórcio romance Capítulo 53

Eu não sabia quanto tempo havia se passado.

O carro finalmente parou.

Depois que o porta-malas foi aberto, Patrick ficou do lado de fora, olhando para mim lá dentro. Ele estava obviamente perplexo.

Então, ele franziu a testa profundamente.

"Deixe-me… deixe-me sair…"

Meu corpo tremia sem parar, como se eu tivesse perdido o controle sobre ele.

No entanto, temendo que ele fechasse o porta-malas novamente, fiz o que pude para me levantar e sair do carro.

Assim que saí, caí no chão com tudo.

Eu me machuquei feio com a queda, mas melhor machucada do que presa lá dentro.

Com base na situação atual, eu já havia percebido que, se Patrick não concordasse, eu não conseguiria ir embora de jeito nenhum.

Eu agarrei as pernas dele e disse, de forma calma e educada: "Deixe-me ir, por favor. Eu prometo que nunca mais vou aparecer na sua frente".

O ar fresco do lado de fora do carro provavelmente acalmou meus nervos.

Embora eu estivesse pronunciando as palavras devagar, não tive nenhuma dificuldade para falar.

Patrick abaixou a cabeça e olhou para mim, ajoelhada diante dos seus pés. Depois de um momento de hesitação, ele de repente me segurou e me levantou!

"Ponha-me no chão!", eu gritei. Só então percebi que o carro estava estacionado na porta da casa dele.

Ele ignorou minha objeção e me carregou em seus braços enquanto entrava na sala.

Então, ele subiu as escadas.

Depois de ir até o quarto e me jogar na cama, ele se deitou sobre mim.

Com uma das mãos, ele agarrou meu pescoço com força e me encarou. "Sra. Cowell, para onde você queria fugir?"

"Eu… aham…"

Ele estava pressionando meu pescoço com muita força, enquanto eu tentava dizer algo. Então, tossi violentamente antes que conseguisse falar qualquer coisa.

"É isso mesmo?" Patrick ergueu ligeiramente suas sobrancelhas em forma de espada. Embora ele tivesse uma expressão neutra no rosto, seus olhos frios estavam ainda mais escuros, como se uma tempestade estivesse se formando dentro deles.

Ele bufou e usou as pernas para segurar minha virilha com força. Com um movimento rápido com a mão livre, ele rasgou minha camiseta!

"Não!"

Eu sabia o que ele pretendia fazer.

Mas eu não queria!

Eu ainda não tinha conseguido me recuperar. E eu certamente não conseguiria lutar contra ele!

Eu tentei resistir a ele dando um empurrão. Sabendo que estava lutando em vão, no final, não tive outra opção a não ser me deitar.

Eu tive que aceitar e deixar Patrick fazer o que ele bem quisesse.

Mas, ao me ver daquele jeito, Patrick, que estava furioso, parou de repente. Ele se levantou e olhou para mim; eu estava imóvel embaixo dele. Então, ele disse, com uma voz zangada: "Charlotte, por que você está relutando em ser a Sra. Cowell?".

Aquelas palavras me surpreenderam.

Olhei para ele e abri um sorriso ambíguo. "Você já viu uma pessoa que pertença a uma família rica e poderosa ser tão infeliz quanto eu? Quando armaram contra mim, por que você, como meu marido, não fez nada?"

Enquanto falava, eu me sentei na cama, tirei minha camiseta rasgada e, depois, tirei minha calça.

Patrick olhou para mim como se não entendesse o que eu faria a seguir.

A maior parte do meu corpo ficou exposta. Então, eu levantei meu braço e mostrei a ele minha axila. "Olhe! Bem aqui."

Então, mostrei minha coxa para ele: "E aqui também".

As duas partes do meu corpo que não eram normalmente vistas por outras pessoas estavam cheias de cicatrizes. Estava claro que eu havia sido ferida lá muitas vezes.

Vendo que Patrick permaneceu em silêncio, perguntei, em tom de deboche: "Qual o problema? Por que você está tão quieto? Você não tem coragem de admitir o que fez?"

Depois de um tempo em silêncio, ele me perguntou: "O que é isso?".

"Como você ousa me perguntar uma coisa dessas? Essas marcas existem porque você mandou pessoas dentro da prisão me controlarem!", eu exclamei. "Na prisão, quem quer que esteja brigando ou ferindo os outros é punido se for pego. Por isso, aquelas pessoas que você ordenou que me reprimissem na prisão me feriram de propósito nessas duas partes do corpo!".

"Eu queria contar aos guardas da prisão, mas fui pega antes disso. E elas me colocaram em uma gaiola de cachorro!"

"Elas me forçaram a uivar como um cachorro e até me levaram para passear com uma corda no pescoço. Se eu desobedecesse, elas continuariam a me machucar nessas duas partes do corpo que ninguém vê. Eu já estava com muita dor e não tive coragem de desobedecer."

“Mas faz parte da minha personalidade não deixar que ninguém veja o meu sofrimento. Sou assim desde que nasci. Então, sofri muito na prisão, mas sempre calada!”

Ajoelhada no chão, eu contei a Patrick tudo o que havia passado na prisão.

Eu estava histérica, como se estivesse finalmente extravasando toda a minha raiva!

Patrick ouviu tudo o que eu disse e se manteve em silêncio.

No final, suavizei meu tom de voz: "Você entende? O que você deseja já aconteceu, eu já sou muito infeliz! Então, por favor, deixe-me ir embora, tá? Mesmo se eu for a pessoa abominável que você imagina, eu já fui punida o suficiente!"

Patrick olhou para mim, e seus olhos refletiam emoções inexplicáveis.

Depois disso, ele me perguntou: "E o bebê que você mencionou naquele dia?".

"Como é que você tem coragem de me perguntar sobre o bebê? No primeiro dia em que eu estava na prisão, você não pediu que matassem meu filho? Eu já estava grávida de quatro meses! E eu não queria fugir. Eu só queria dar à luz em paz. Por que você não me deu essa oportunidade?"

"Sabe… Todo o sofrimento e dor que eu passei na prisão não foi nada comparado ao que eu sofri quando fui atacada por seus capangas e vi meu filho sendo despedaçado por eles com um alicate!"

Segurei Patrick e disse, palavra por palavra: "Eu nunca vou perdoá-lo, pelo resto da minha vida. Tampouco vou perdoar Caroline!".

Lágrimas escorreram pelo canto dos meus olhos. E eu estava fora de controle!

"Era o meu primeiro filho. E ele se foi sem mais nem menos."

Patrick se sentou no canto da cama sem dizer uma palavra, enquanto me observava contar minha história histericamente.

Mas ele não saiu do quarto, indicando claramente que não me deixaria ir embora.

Não sei quanto tempo eu fiquei lá chorando. Mais tarde, de tão cansada que estava, adormeci.

Enquanto dormia, senti um calor tomar conta do meu corpo, antes de ouvir alguém dizer ao meu ouvido: "E se eu disser que nada disso tem a ver comigo…"

Depois disso, voltei a dormir e não ouvi mais nada do que ele disse ao meu ouvido.

(Continua)

Na manhã seguinte, antes de acordar, ouvi o toque de um celular.

Não era o meu celular que tocava, mas, sim, o de Patrick.

Eu não me mexi, mas senti que Patrick se levantou para atender o telefone.

Assim que ele atendeu a ligação, pude ouvir a voz de Caroline do outro lado da linha.

Isso porque o quarto estava muito silencioso. Assim, eu ouvi claramente a voz agitada dela dizendo: "Por que você a deixou sair da cadeia sem nem me avisar? E se ela tentar machucar a mim e ao nosso bebê novamente?".

"Ela não vai."

Depois de dizer isso, Patrick desligou o telefone.

Eu fiquei me perguntando o que ele quis dizer com aquilo.

Meia hora depois, eu me levantei e percebi que minhas roupas haviam sido trocadas por um pijama.

Quando desci, vi que as empregadas já haviam preparado o café da manhã.

Quando elas me viram descendo as escadas, cumprimentaram-me respeitosamente: "Madame".

Patrick acenou com a mão e falou: "Você deve estar com fome. Venha tomar o café da manhã".

Eu olhei para ele e fiquei atônita por um momento.

Patrick não estava mais com uma expressão fria em seu rosto. Em vez disso, até achei ele meio gentil comigo…

Fiquei parada ao pé da escada por um tempo e depois respondi: "Sr. Cowell, em relação ao que eu disse ontem, o que você decidiu?".

Patrick ficou uma expressão sombria no rosto quando ouviu eu me dirigir a ele como "Sr. Cowell". Então, ele respondeu: "Você é a Sra. Cowell. Nada nem ninguém pode mudar isso".

"Então, isso significa você vai me torturar de novo? Que vai me mandar para a prisão? Ou você vai me forçar a morrer?"

Eu já tinha retomado o controle e estava muito mais calma.

Eu já tinha sido presa uma vez e quase acabei na prisão de novo. Então, eu já estava calejada e não alimentava mais nenhuma fantasia com relação ao Patrick.

"O que está no passado já passou. E no futuro…"

Toc, toc, toc.

Antes que Patrick pudesse terminar de falar, alguém bateu à porta.

Assim que a empregada abriu para ver quem era, Caroline entrou correndo. Vendo que eu estava de pijama, ela ficou possessa!

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