Amor Pós-Divórcio romance Capítulo 70

"Mas o Seth… ele está numa situação grave agora!" Eu não tinha tempo para pensar em como Patrick estava se sentindo.

Eu queria me livrar dele logo e ir atrás de Seth.

No entanto, Patrick estava segurando com força a minha cintura. Em seguida, ele disse, pronunciando lentamente palavra por palavra: "Estou com ciúme".

Fiquei chocada com aquela declaração!

"Sr. Cowell, o que foi que você disse?"

"Eu disse que estou com ciúme", Patrick repetiu. "Você é a minha esposa. Não admito que você dê atenção a outro homem e me trate como um zé-ninguém quando estou ao seu lado."

Se fosse em outra ocasião, talvez eu ficasse emocionada ao saber que Patrick estava com ciúme de mim.

Mas, àquela altura do campeonato, eu simplesmente não pensava assim.

Eu o empurrei com toda a força que tinha, levantei a cabeça e olhei para ele com uma expressão de descrença. Então, eu disse: "Sr. Cowell, na sua opinião, por que a empresa de Seth está quase falindo? Você acha que é porque ele é incompetente? Ou porque ele não tem visão de negócio? Pois eu posso garantir que a resposta é nenhum dos dois!"

Olhei para Patrick e continuei a falar: "Isso só está acontecendo porque sua amada mulher, Caroline, usou Ronald Weil para me incriminar. Como ela não conseguiu, ela o matou. Depois, ela ainda fez com que a esposa de Ronald ficasse na porta da Glorious Seth Design criando problemas, com a intenção de me mandar de volta para a prisão. Mas o plano dela falhou novamente. No entanto, o dono da casa onde Ronald morreu pediu uma indenização a Seth".

"Tudo isso foi causado unicamente por Caroline!"

Eu desabafei com Patrick.

Quanto mais eu falava, mais furiosa eu ficava.

Antes que Patrick pudesse responder qualquer coisa, eu continuei: "Vá lá ficar com ela. Vá em frente e continue amando a cruel Caroline. Você me causa nojo ficando aqui!".

Ao ver o estado de Seth, eu fiquei com mais ódio ainda de Patrick e Caroline.

Eu não conseguia entender por que eles envolveram pessoas inocentes!

Em seguida, eu fui atrás de Seth no hospital. Patrick não me seguiu.

Ao falar com o médico, fiquei sabendo que, como Seth havia bebido muita quantidade de álcool por um longo período de tempo, ele tinha sofrido uma perfuração gástrica.

Felizmente, ele havia chegado ao hospital a tempo e estava sendo operado. Se isso não tivesse acontecido, ele não poderia ser salvo.

Quando ouvi aquilo do médico, senti um alívio tremendo. Se acontecesse algo com Seth, eu nunca me perdoaria.

Sentei-me na porta da sala de cirurgia e fiquei esperando ele sair por muito tempo.

Após algumas horas, Seth finalmente saiu da sala de cirurgia e foi transferido para o quarto. Com medo de que ninguém cuidasse dele quando acordasse, aguardei ao seu lado.

Já eram 9h da manhã quando Seth acordou.

Ele despertou com o toque do celular.

Assim que seu celular começou a tocar, Seth acordou de uma vez, como se tivesse enlouquecido. Eu não tive escolha a não ser segurar o celular para que ele falasse.

Assim que atendeu ao telefonema, ele ficou muito agitado e disse: "Sr. West, o senhor me pediu para beber ontem. Fiz o que você disse e, agora, estou deitado numa cama de hospital. Você não pode voltar atrás na sua palavraa!"

Mesmo de longe, ouvi vagamente o Sr. West dizer ao telefone que o que ele disse depois de beber não tinha valor nenhum.

Fiquei indignada por Seth!

Seth implorou que ele mudasse de ideia, mas, no final, o Sr. West desligou o telefone sem dó nem piedade.

Vendo que Seth estava deitado na cama atordoado, olhando para o teto, eu tentei ser positiva e parecer otimista. Então, fui até ele e belisquei sua bochecha, dizendo: "Não se preocupe. Eu tenho uma solução".

"Charlotte, eu não quero que você…"

"Não precisa de formalidade comigo. Aceite o dinheiro que estou oferecendo e o encare como um investimento meu!", eu pedi, sorrindo. "Não tenho vinte milhões de dólares, mas tenho dez!"

Ele olhou para mim atônito e perguntou: "Como você conseguiu tanto dinheiro assim? Se for para pedir dinheiro emprestado ao Patrick, esqueça…".

"Claro que não vou recorrer a ele. Você se esqueceu do fato de que eu sou a segunda filha da família Archer? Além disso, e ainda mais importante, eu tenho uma avó que me ama muito."

Eu fiz o meu melhor para sorrir com leveza.

Embora Seth estivesse relutante em aceitar a minha oferta, eu disse que, se ele tentasse se mexer antes de se recuperar, eu não iria mais me preocupar com ele.

Eu sabia que Seth se importava comigo.

No final, ele concordou.

Acompanhantes estavam disponíveis no hospital para ajudar os paciente. Pedi que um deles cuidasse de Seth e saí.

Na verdade, eu não poderia pedir dinheiro a Rosy. Então, a única saída que eu tinha era dar minha casa como garantia de um empréstimo.

Saí do hospital, parei na entrada e vi que o carro de Patrick ainda estava estacionado na mesma posição da noite anterior.

Eu não consegui disfarçar a minha surpresa.

Ao me ver deixando o hospital, Patrick saiu do carro e acenou para mim.

Eu vi que ele estava vestindo a mesma calça e a mesma camisa que ele tinha usado na noite anterior.

"Será que…"

Não quis me iludir tirando minhas próprias conclusões. No entanto, o forte cansaço nos olhos de Patrick deixou tudo muito claro.

Eu perguntei a ele: "Você passou a noite no carro?".

……

Patrick curvou o canto dos lábios e disse, com um leve sorriso no rosto: "Passei, sim. A minha esposa estava aqui, então para onde mais eu iria?".

O que ele disse me fez pensar que eu tinha ido longe demais na discussão que tivemos na noite anterior.

Mas tudo o que eu disse era verdade.

"Sr.… Sr. Cowell, pode ir trabalhar. Eu vou para casa agora." Hesitei por um momento, mas decidi continuar a chamá-lo de Sr. Cowell.

Eu tinha que manter a formalidade para não irritar Caroline ainda mais.

Eu não queria que outras pessoas se machucassem novamente.

"Posso dar uma carona", disse Patrick, já me segurando. No entanto, ele não estava me segurando com a mesma força de antes.

Eu olhei para seus olhos vermelhos como sangue e finalmente aceitei a carona.

Depois de me levar a casa, Patrick foi embora, porque tinha que cuidar de algumas coisas na empresa.

Passei o dia todo verificando as informações sobre a hipoteca imobiliária na internet. Finalmente, encontrei um banco estatal bastante confiável e contatei um dos gerentes.

Depois de explicar tudo ao gerente, o pessoal do banco teve que ir à minha casa para dar uma olhada. Somente após confirmarem que eu era mesmo a dona da casa e que a propriedade estava em bom estado é que o empréstimo poderia ser feito.

O pessoal do banco foi à minha casa no período da tarde.

Eles deram uma olhada geral e ficaram muito satisfeitos com o que viram. Eles queriam que eu voltasse ao banco com eles, para que me ajudassem a entender todo o procedimento do empréstimo imobiliário.

Pelo que eles disseram, o empréstimo poderia ser concretizado em cerca de uma hora.

Eu achei uma boa ideia.

No entanto, assim que desci com o gerente do banco, dei de cara com Shelton voltando para casa.

Naquele momento, o gerente estava me explicando algo sobre o empréstimo e Shelton ouviu um pouco da nossa conversa. Então, ele se aproximou e me perguntou: "Você está precisando de dinheiro?".

Achei melhor mentir e respondi: "Não".

No entanto, Shelton olhou para o crachá do gerente do banco e disse a ele: "Não faremos nenhum empréstimo hoje. Você já pode ir embora".

Embora o gerente tenha ficado descontente ao ouvir as palavras de Shelton, ele pareceu reconhecê-lo. Mesmo irritado, ele não ousou insistir. Então, ele virou para mim e disse: "Pode me procurar a qualquer momento se precisar de alguma coisa".

Em seguida, ele foi embora.

Depois que ele se foi, Shelton me perguntou o que estava acontecendo.

Como ele era tio de Patrick, achei melhor não contar nada.

Shelton não insistiu, mas me fez um pedido: "Venha comigo".

Eu não sabia o que ele pretendia fazer.

Nós subimos de elevador. Assim que saímos, ele apontou para o chão e disse: "Fique aqui. Não se mova. Já venho".

Shelton entrou em casa. E eu esperei por ele do lado de fora, como ele havia pedido.

Alguns minutos depois, Shelton saiu de sua casa com algo nas mãos.

Eu logo percebi que era um talão de cheques.

Ele pegou uma caneta e escreveu o número 5 seguido por um monte de zeros em uma folha do talão de cheques.

Antes que eu pudesse saber quantos zeros ele tinha adicionado depois do 5, eu o vi escrevendo por extenso, uma letra após a outra: “Cinquenta milhões de dólares”.

Então, ele destacou o cheque do talão e me entregou.

Eu respirei fundo e disse: "Irmão Cowell, tio Cowell, eu não posso aceitar seu dinheiro!".

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