Não demorou muito para que a voz de Patrick fosse ouvida do lado de fora da porta: "Vim aqui porque deixei alguns livros e documentos meus no apartamento e agora preciso deles".
"Ah…"
"Sim. Algumas coisas suas estão aqui ainda."
Logo após o divórcio, eu estava tão avoada que não me atentei para as coisas dele. Depois, eu fiquei tão ocupada com o meu trabalho que acabei me esquecendo desse assunto.
Não abri a porta para ele, mas respondi: "Tudo bem, Sr. Cowell. Por favor, espere um minutinho. Vou pegar suas coisas".
"Eu quero entrar",
disse Patrick.
Na verdade, fiquei um pouco desconfiada no começo, mas pensei que, como estávamos divorciados, o único motivo de ele estar ali era para pegar as coisas que ele tinha deixado em casa.
Depois que ele pegasse seus pertences de volta, provavelmente não nos veríamos nunca mais.
Então eu abri a porta, e o vento frio soprou diretamente no meu rosto.
Parado na porta, Patrick vestia um casaco preto acinzentado, e seus ombros e seu cabelo estavam cobertos de flocos de neve.
Fiquei surpresa e comecei a pensar: "Ele não estacionou na garagem? Por que ele parece estar tão frio? E por que há tanta neve em seu ombro?"
"Será que ele veio direto da rua?"
Mas eu não queria me preocupar muito com ele. Então, depois de deixá-lo entrar, eu me virei e disse: "Sr. Cowell, espere um minuto. Vou ajudá-lo a separar suas coisas".
Não havia muitos objetos dele na minha casa. Para ser mais exata, havia apenas alguns, que cabiam em um saco de papel.
Peguei um livro e alguns documentos que ele tinha deixado na estante, coloquei-os em uma sacola de papel e a entreguei a ele. Em seguida, eu disse educadamente: "Sr. Cowell, tudo o que é seu está nesse saco. Por favor, dê uma olhada e veja se está faltando alguma coisa".
Patrick pegou o saco de papel e não o abriu para olhar.
Ele apenas me encarou com seus olhos negros e profundos, enquanto abria um sorriso amargo. "Parece que você está muito bem depois de se divorciar de mim."
"Sim. Eu fico bem sozinha."
Eu fingi estar calma.
Para ser sincera, eu não estava nada bem. Naquele momento, aliás, eu estava muito desconfortável. Mas eu não podia dizer a verdade.
Patrick acenou com a cabeça e respondeu: "Tudo bem, então".
Olhando mais de perto, achei que seus olhos estavam um pouco opacos, mas eu não pensei muito sobre isso.
Acompanhei Patrick até a porta e me despedi: "Adeus".
Então, fechei a porta.
No entanto, assim que fechei a porta, ouvi um barulho vindo do corredor. Senti um aperto no coração. Eu hesitei por um momento, mas abri a porta para ver o que tinha acontecido.
Patrick estava deitado no chão, com os olhos fechados.
"Patrick!"
Eu fiquei angustiada e corri para tentar ajudá-lo. Comecei a dar uns tapinhas no rosto dele e, quando o toquei, percebi que sua pele estava superquente.
Então, coloquei minha mão da testa e no pescoço dele para tirar a dúvida e vi que Patrick realmente estava com febre alta!
Gritei seu nome e o forcei a abrir os olhos para me certificar de que ele estava realmente desmaiado.
Hesitei por um momento, mas senti que não poderia simplesmente deixá-lo ali no corredor. Então, comecei a pensar em uma maneira de arrastá-lo para minha casa. Mas Patrick era muito pesado, ainda mais estando desmaiado. Mesmo usando toda a minha força, eu só consegui movê-lo alguns centímetros.
Sem outra alternativa, interfonei para a guarita e pedi que o segurança me ajudasse a levar Patrick para o meu apartamento.
Juntos, carregamos Patrick para a minha cama.
Naquele momento, peguei meu celular com a intenção de ligar para alguém e pedir que o viessem buscar e o levassem embora.
Mas, quando olhei para o celular, fiquei paralisada.
"Para quem eu devo pedir que o leve embora?"
Entre as pessoas que eu sabia que conheciam Patrick, eu não tinha o número de celular de ninguém, exceto o de Caroline.
Peguei um termômetro e medi a temperatura de Patrick. Levei um susto quando vi que ele estava com 39,5 graus de febre.
Não entendi por que ele, que provavelmente já estava com febre alta, veio à minha casa buscar seus pertences em vez de ir ao hospital.
Mas eu não me ative muito a essa dúvida, pois estava preocupada que algo ruim pudesse acontecer com ele.
Então, tudo que eu podia fazer naquele momento era ligar para o número de emergência.
Enquanto a equipe de resgate estava a caminho, eu me virei para ir buscar uma bacia de água fria, na tentativa de baixar a temperatura dele.
No entanto, quando eu estava prestes a sair do quarto, Patrick me segurou com força e pediu: "Não vá."
Eu me virei para olhar para Patrick, que parecia atordoado. Eu senti que estava em um dilema…
"Patrick, deixe-me ir. Vou buscar um pouco de água para você, já volto."
"Não. Não vá…"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor Pós-Divórcio
Achei que Charlotte fosse mais inteligente e esperta não acredito que ela achou que de fato o tiozinho malvado gostava dela, pois é lá vem decepção....
Nossa Charlotte, quando ela vai poder parar de sofrer e enfrentar com bravura a sua pior inimiga , a sua família inteira,e contar a verdade ao Patrick de que ele foi enganado esse tempo todo....
Este livro se tornou muito sem sentido e enrolado. Não entendi nada nestes últimos capítulos....
Sabia que Shelton tinha alguma coisa haver com as tramóia contra Charlotte e o imbecil do Patrick, Caroline nunca agiu sozinha esse tempo todo...
O livro é muito bom, ansiosa para ler o restante. Se alguém souber onde consigo ler o resto, agradeço....
Quando será postado o restante do livro pós divorcio?...
cade o resto do livro gente to ansiosa...