Apaixonada Pelo Meu Pior Inimigo Capítulo 37

Christopher
Já se passou uma semana desde que a minha tortura começou: a Charlotte não está indo pra escola, o Pedro não fala comigo e eu não estou conseguindo dar tudo de mim em campo. Luto entre a vontade de ir atrás dela pra saber se ela está bem, conversar com o Pedro e dizer que ele tem razão e entre continuar na minha me mantendo firme e fingindo não me importar... mas eu me importo! Caralho! Sou a merda de um Zé ruela, só pode. E tudo o que eu sei fazer é ficar aqui esperando e esperando alguma coisa acontecer, vou pra escola na esperança de haver alguma novidade e nada.
— Filhote, você está muito pra baixo, eu já te falei mil vezes que não tem nada de errado em ir atrás e pedir perdão... quem ama de verdade perdoa, vai lá atrás dela e resolva isso! Ligue para o Pedrinho também, não seja orgulhosa como a sua mãe... isso pode te custar caro.
Levanto os meus olhos do meu jantar e encaro a minha mãe que ficou totalmente sem jeito depois do que ela mesma disse.
— Do que você está falando, mãe?
— Não quero que você fique perdido, filho, entre o orgulho e o arrependimento.
Desabafei tudo pra ela, desde o início de tudo, criei coragem e contei. Eu me senti melhor no início, mas agora eu sinto uma necessidade de contar tudo de novo. Estranho demais. Só não consigo entender o que quer dizer com isso...
— Mas por que eu não devo ser orgulhoso igual você, mãe?
— Eu... Não perdoei o seu pai por puro orgulho, quando dentro de mim eu já havia perdoado... E agora...
— Agora ele já está casado com outra mulher — concluo.
— Só acho que você não precisa se fingir de machão, filho.
— Como assim? Eu não me finjo de machão, eu sou machão! E sou macho alfa ainda!
— Cris! Você me entendeu perfeitamente! Você pensa que fazendo piadas e pregando peças você vai continuar sendo o bonitão do pedaço, né? Pode até ser, na escola, mas você precisa focar à longo prazo, criar laços e os manter, o Pedro, por exemplo, ele é uma pessoa que você deve levar pra vida toda! E a Charlotte? Filho, isso que você me contou não foi pouca coisa! Eu tinha as minhas dúvidas sobre o que havia acontecido entre vocês, eu sempre quis entender o porquê de vocês nunca terem se dado bem, é óbvio que eu conseguia sentir que ali havia muito mais, acho que todo mundo conseguia ver, na verdade...
— Você acha?
— Sim, acho que ninguém se preocupa tanto em perturbar alguém assim por anos e anos incansavelmente se não sentir alguma coisa por essa pessoa.
— Sim, não sei o que eu sentia ou sinto, só sei que sinto muito a falta que ela está fazendo na escola, eu queria ela por perto mesmo que fosse só pra gente brigar.
— Então diga isso pra ela.
— Não sei como ela poderia reagir, não sei se ela me receberia, mãe, ela é a garota mais rancorosa que eu já conheci em toda a minha vida.
— Você já experimentou pedir perdão?
— Como?
— Como você quer que ela aja diferente de você sendo que foi você quem começou?
— Vai mesmo ficar do lado
— Você não vai ficar do lado
— Sei lá, eu acho que sim.
— Cris, não espere o tempo passar, o tempo passa muito rápido e quando você for perceber o estrago se tornou irresistível.
— Pois é, mãe, já se passou uma semana.
— Então acho melhor você não perder mais tempo.
— Será que ela já viajou?
— Não sei, eu ia ligar na casa dela pra saber, mas você nao deixou.
Deixa, eu vou lá
(...)
eu tenho coragem? Não tenho, mas vou sem coragem mesmo, que escolha eu tenho? Minha mãe tem razão, ninguém se daria ao trabalho de perturbar a vida de alguém por anos e anos se não sentisse alguma coisa por esse pessoa, o incômodo, a raiva que eu sentia era por estar acontecendo uma coisa totalmente diferente do que eu desejava. Isso explica tudo, por isso devo passar por cima do orgulho e do medo de rejeição e ir atrás
ela se case com outro homem.
carro e dirijo rumo à casa dela torcendo para que ela ainda não tenha ido viajar, eu poderia simplesmente pegar o telefone e ligar, mas eu correria um grande risco de ela não me atender, não, pessoalmente é a melhor forma de resolver isso, afinal, depois do nosso encontro ficou nítido pra mim que eu e ela juntos somos algo perfeito, a química é poderosa, é compreensível que ela tenha ficado mais chateada que o normal se ela também acha isso.
tudo dentro de mim se acalme quando eu vê-la, e se a gente só brigar e tudo voltar ao normal vai estar bom pra mim também... só não quero mais essa distância dolorosa, eu não vou me acostumar à isso.
(...)
Christopher? O que você acha faz aqui à essa hora? — o pai da Charlotte diz assim que me sentei no sofá da casa
o meu pescoço para todo quanto é lado na tentativa de descobrir alguma pista da
eu gostaria de conversar com a Charlotte, temos que organizar o baile dos pais juntos e... por isso preciso falar com ela, ela não tem ido ao colégio e estou preocupado... com... com o