Resumo de Capítulo 40 – Uma virada em Apaixonada Pelo Meu Pior Inimigo de Tainara Duarte
Capítulo 40 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Apaixonada Pelo Meu Pior Inimigo, escrito por Tainara Duarte. Com traços marcantes da literatura Ficção adolescente, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Charlotte
A minha última lembrança é de eu estar procurando a vassoura pra limpar onde eu estava. Me lembro de estar super incomodada com a bagunça que o pessoal estava fazendo, depois disso eu acho que desmaiei, sei lá, perdi a noção de tudo e só fui me dar conta de mim mesma agora, com o sol raiando, deitada em uma cama que não eu não conheço, e por isso estou com dor de cabeça e nervosa. Muito nervosa.
Está bem, não estou nervosa só porque eu estou deitada em uma cama desconhecida e sim porque eu estou em baixo de um lençol completamente sem roupa.
— Eu não acredito — choraminguei com muito medo do que provavelmente aconteceu.
— E aí, gata? Beleza? Se puder levantar logo da minha cama eu agradeço, é que eu preciso dar uma saída e não gosto de deixar as minas sozinhas no meu quarto, então... — quem é esse cara sem camisa se dirigindo à mim de forma tão insensível?
— Eu não vou me levantar daqui pelada! Quem é você? O que eu estou fazendo aqui? Onde está a minha roupa? Onde está o meu celular? — pergunto levantando o lençol na altura do meu pescoço.
O rapaz começa a rir chacoalhando a cabeça.
— Gata, você estava mesmo muito louca ontem à noite, né? — ri procurando alguma coisa em seu guarda-roupa.
— Responde o que eu te perguntei! Onde está a Vitória?
— Ah, não sei não, vou lá pegar a sua roupa, tá no banheiro, já o seu celular não vi nem a cor.
No banheiro? O que a minha roupa está fazendo no banheiro?
Que merda de tontura é essa?
Meus olhos lacrimajam e começo a chorar assustada com essa situação.
— O que eu estou fazendo aqui? — sussurro, eu deveria estar na minha casa sendo forte e sendo uma mulher de verdade.
Eu sei que tenho apenas dezessete anos, mas sei de histórias de mulheres com trinta anos que nunca amadureceram... E se eu for uma dessas?
Não, pior, e se eu perdi a minha virgindade com esse cara desconhecido que eu nem sei o nome, insensível, babaca e nojento?
— Aqui estão as suas roupas, vista-se e vaza, gata, meu número já está em sua agenda, tá?
— O que a gente fez? Fizemos alguma coisa?
— Sabe que eu não me lembro? Acho que eu também estava muito mal ontem, — gargalhou vestindo a camiseta dele.
— Vai para fora do quarto por favor, preciso me vestir.
— Se liga, gata, eu já vi tudo isso aí, pode vestir na minha frente mesmo, eu é que não vou sair do meu próprio quarto só porque você está se sentindo a madre Tereza.
— Eu dei pra sua prima, ela guardou no bolso da jaqueta dela, depois que você foi embora percebemos que você tinha esquecido.
— Como pode ter percebido eu não fui embora.
— O que eu estou percebendo é que você não teve uma noite agradável, se tivesse ficado comigo eu te garanto que teria sido bem melhor — passa as mãos em meu cabelo e sinto uma vontade imensa de vomitar.
— Deixa o seu número comigo, depois que me deixar na casa da Vitória — faço um esforço e dou o sorriso mais falso que eu já dei em toda a minha vida.
Ele sorriu com cara de cachorro viciado e me puxou para junto de si, me guiando para fora da casa.
Não sei como eu vou conseguir olhar para a cara dos meus pais sabendo que eu passei por essa situação. Tá certo que o erro não foi só meu, como o meu tio consegue ser tão irresponsável? Como a Vitória consegue ser tão babaca e me influenciar a beber, fumar e usar outras coisas quando ela sabe que eu não sou disso? Como eu fui tão inconsequentemente e fiz todas essas coisas? Pior, como eu fui perder a minha virgindade dessa forma?
O pior é que eu nem me lembro de nada!
Não, pensando bem é muito melhor eu não me lembrar mesmo, ou eu teria sérios problemas psicológicos pelo resto da vida.
Subo na moto do Bruno me sentindo péssima, parece que levei uma surra, tudo está girando, se eu cair agora aqui eu sou capaz de adormecer.
A culpa disso tudo é do Christopher... Eu o culpo por estar nessa situação, eu o culpo por absolutamente tudo.
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