Apaixonada pelo meu senhor romance Capítulo 146

Estava em completo silêncio dentro do carro. Gabriel vendo o jeito de Chloé, não teve coragem de falar nada, apenas continuava se fazendo de paisagem.

Enrico olhava para a garota enterrada em seu colo, seus braços finos enlaçavam sua cintura, o abraçando com muita força.

Ela parecia como se tivesse andado uma maratona e cansada a ponto de desmaiar, caída em seu colo. Ele acabou esquecendo todas as palavras de raiva que tinha tido, e teve uma vontade repentina de protege-la.

Gabriel acabou descendo do carro, dando espaço aos dois.

Enrico apenas olhava para a garota nos seus braços, sem ter pressa de fazer perguntas.

Chloé estava quieta, como se estivesse adormecida, deitada em seu colo.

Depois de um tempo, Enrico ouviu Chloé tossindo de leve. Ele abaixou a cabeça, encostando sua testa na dela, e percebeu que ela estava muito quente.

- Você está com febre? - perguntou sério.

- Acho que não, só estou com um pouco de dor de garganta. Estou com muito sono, quero dormir um pouco. - disse ela, se esfregando em seu peito, e se contorceu para achar uma posição mais confortável. No fim, deitou a cabeça em seu peitoral e começou a dormir.

Meia hora depois, Benício abriu a porta do carro e entrou. Olhando para a garota nos braços de Enrico, perguntou:

- Por que me chamou até aqui, hein?

Benício ficava sem jeito. Ele tinha acabado de sair do trabalho, e nem tinha chegado em casa ainda, no meio do caminho foi chamado para vir até aqui.

Claro que Enrico não se sentiu culpado com o fato de tê-lo feito vir, ele tinha apenas olhos para Chloé.

- Ela está com febre. - disse ele. Benício o estendeu um termômetro. - Meça a temperatura dela.

Neste mundo, só ele mesmo podia mandar assim nele.

Depois de medir a temperatura, Benício pegou alguns remédios e disse ao Enrico:

- Está tudo bem, é apenas uma febre leve, deixe ela descansar e ficará bem.

Depois que Benício desceu do carro, Chloé abriu os olhos. Quando Enrico viu que ela acordou, disse carinhosamente:

- Tome o remédio primeiro.

Chloé pegou o remédio, colocou na boca e bebeu um bocado de água, o engolindo.

Estava muito frio nestes dois dias. O cuidado e a atenção de Enrico eram como uma fogueira em meio à neve, esquentava todo o seu coração.

Ela levantou a cabeça e seus olhos se encontraram. Ele a encarava, e disse:

- Volta comigo pra casa?

Ela não voltou para casa há dois dias.

E acabou desse jeito.

- Hum. - Chloé acenou, de acordo.

Ela estava realmente muito ansiosa nesses dias. Mesmo que estivesse se esforçando para tuitar todos os dias, estava muito abatida por dentro.

Esforçou-se por tanto tempo, e quando finalmente viu um pouco de luz, tudo acabou retrocedendo, e ela só via a esperança escapando diante de seus olhos, pouco a pouco.

Mas agora, diante de Enrico, ela sentia que nada era demais.

Se não der certo dessa vez, tudo bem. Ela pode recomeçar tudo de novo.

A vida era muito longa. Se não tiver a coragem de aceitar as derrotas e enfrentar as dificuldades, como vai continuar andando para frente?

Não precisou de muito tempo para que Natália trouxesse a mochila e o notebook de Chloé até o carro. Ela deu uma olhada em Chloé e disse ao Enrico:

- Chloé dormiu muito pouco esses dias, também não comeu direito. Você a leve de volta pra casa e deixe-a descansar bem.

Apesar de não saber no que Chloé estava se ocupando, a vendo assim, Natália também se preocupava muito.

Chloé olhava para Natália que havia a entregue de bandeja, protestou:

- Quem disse que eu não dormi nem comi direito?

Ela estava com medo da reação de seu senhor ao escutar isso. Com certeza levaria broncas, afinal, ele a mantinha sob um controle rigoroso.

Natália revirou os olhos, segurando o riso, e disse:

- E eu ainda posso errar com você, hein?

Gabriel olhou para Natália, dizendo:

- Muito agradecido, Srta. Natália.

- Não precisa.

Logo, o carro se distanciou da escola.

O tempo esfriou ultimamente. Tapetes felpudos foram estendidos pela casa e o aquecedor foi colocado para funcionar. Se fosse comparar, a casa era o céu e o dormitório era o inferno.

Chloé estava sentada no sofá, vendo Bruna tirar um monte de comidas da geladeira e tranqueiras do armário, empilhando sobre a mesa em sua frente.

- Venha, Chloé, coma o que quiser!

- Obrigada, Sra. Bruna. - Chloé respondeu. Tendo Enrico ao seu lado, nunca lhe falta coisa boa para comer.

Enrico apenas olhava para Chloé em silêncio, sem expressão.

Chloé sentiu seu olhar fixo por um tempo e falou, insegura:

- Não escuta o que ela falou, eu dormi bem, sim. E comi também.

Enrico não ouviu suas explicações, apenas cuspiu uma palavra friamente:

- Mentira!

As olheiras estavam muito visíveis, e seus olhos estavam repletos de veias saltadas. Eram a prova concreta dela estar exausta ao extremo.

Estava desse jeito e ela ainda tinha coragem de dizer que dormiu bem?

Chloé viu que Enrico não era fácil de enganar, então abaixou a cabeça, dizendo:

- Estou com dor de minha cabeça.

Bruna, vendo que Chloé estava daquele jeito, disse:

- Chloé está doente, Enrico, você não devia ficar brigando com ela!

Enrico emudeceu, não era óbvio que ela estava fingindo?

Ele estava dando bronca nela, e ela estava se fazendo de coitada.

Dava até preguiça de continuar falando com ela.

Deixa pra lá!

Ela era mais nova.

...

Por ter tomado remédio para gripe, Chloé sentiu um pouco de sono, então comeu algumas coisas e foi logo dormir.

Acordou lá pelas onze e pouco.

Lembrando das tempestades em seu Facebook, ela se arrastou até o computador e o ligou...

Enrico dormiu um pouco, e quando levantou a cabeça, viu uma certa pessoa bem ocupada, debruçada sobre o notebook.

Sentiu desamparado porque a sua mulher tinha que ser tão louca por trabalho!

Depois desta vez, ele reconheceu claramente um fato. Quando seu trabalho estava dando tudo certo, ele era seu marido.

Mas quando seu trabalho não estava indo bem, Chloé simplesmente não se lembraria de quem ele era.

Chloé estava ocupada, e Enrico também não dormiu.

Depois de três horas, Chloé finalmente desligou o notebook. Seu pescoço estava doendo como se fosse a cabeça fosse cair.

Ela se sentou na beira da cama, não se apressou em deitar. Viajou em pensamentos por um tempo, e de repente teve uma enorme vontade de deletar sua conta e deixar de lado o mundo do Facebook.

Aqueles comentários absurdos e sem noções, às vezes até mesmo mandando cumprimentos à sua família toda, estavam realmente a desgastando demais.

Pensando nisso, nos seus olhos se encheram de lágrimas, mas ela não as deixou cair.

Chloé se deitou, uma confusão na sua mente. De repente, uma mão grande se estendeu e segurou seu braço.

Ela parou por um instante e logo engoliu as lágrimas de volta, olhando em direção ao dono da mão.

- Eu te acordei? - perguntou Chloé. Enrico a abraçou e pousou um beijo em sua testa.

- Encontrou problemas? - perguntou Enrico.

Suas palavras repletas de preocupação fizeram com que aquelas lágrimas teimosas caíssem. Ela mantinha sua última força, mas naquele instante, tudo desabou. Ela contou, num tom de desespero:

- Eu realmente não sei mais o que eu posso fazer. Eu não fiz nada com eles, mas eles simplesmente não me deixam em paz.

As coisas eram como se o desastre tivesse caído do céu, repentinamente.

Ela nunca imaginou que, ela apenas usou o seu esforço para uma coisa ser o melhor que ela poderia fazer, isso poderia acabar atraindo inveja dos outros.

Praticamente usou todo o seu tempo de descanso nisso, e acabou num resultado desses.

Como poderia não ficar triste?

Enrico olhava para Chloé, que estava chorando sem parar, mas em silêncio, e estendeu a mão para secar suas lágrimas.

- Você já passou por situações assim, senhor? - perguntou Chloé de olhos vermelhos.

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