A sua pergunta fez Enrico rir, e disse:
- Quebrar a perna, conta?
Sua resposta fez o coração de Chloé doer.
É mesmo!
Comparados ao que houve com ele, os problemas dela não eram nada.
Enrico acariciou sua cachola, dizendo em um tom calmo:
- Eu me lembro que, quando acordei no hospital, o médico tinha me dito... Que eu nunca mais poderia ficar em pé. Naquele momento, eu pensei que seria melhor ter morrido. A minha família foi me visitar, e eu ter me machucado os deixava mais triste do que tudo. E foi por causa deles que eu segui em frente. Mas pensando bem, tem muitas pessoas que nascem faltando uma perna, ou faltando um par de olhos, e eles continuaram suas vidas, não é mesmo? Comparado a eles, eu ainda sou bem sortudo. Por isso, não tem porque ficar triste.
Era a primeira vez que Chloé o ouvia falar sobre o acidente de Enrico.
Ele estava falando sobre suas dores para consolar ela.
Mesmo que, comparados a ele, seus problemas não eram nada.
Mas ele ainda assim a consolava!
Quanto mais ele usava um tom indiferente, mais ela se sentia mal.
Terminando de escutar suas palavras, Chloé sentiu uma coragem inexplicável e se levantou, beijando-o...
De manhã, quando a Sra. Bruna terminou de preparar o café e viu o Gabriel vindo da sala, ela perguntou:
- Chloé hoje não vai para as aulas? Olha que horas são, e ela ainda está na cama?
- Ela tirou licença de falta por doença. – respondeu Gabriel.
- Está muito grave? – perguntou Bruna com tom de preocupação.
- Eu não sei muito bem. – disse Gabriel. Afinal, foi o que Enrico lhe disse quando ele ligou para ele o chamando para acordar.
No quarto, Chloé ainda estava dormindo. Tinha uma mecha de cabelo grudada na sua testa por suor. Parecia muito cansada.
Enrico estava sem camisa encostado em seu travesseiro. Segurava a mão macia dela nas suas mãos como se fosse a coisa mais preciosa do mundo.
Depois de muito tempo, as pálpebras de Chloé tremeram, e ela abriu os olhos.
- Acordou? – Enrico perguntou, sorrindo com ternura.
Chloé paralisou por um instante e, olhando para esse seu rosto maravilhoso, quase que por instinto, fechou os olhos novamente. Como se não visse esse rosto, as coisas que acontecerem na noite anterior também não tivessem acontecido.
Enrico riu com a garota que abriu os olhos e logo os fechou novamente.
Quando ele sorria, era tão lindo que dava a vontade de se jogar nele e lhe tascar um beijo.
- Levanta e coma alguma coisa. – disse Enrico carinhosamente.
Ele estava cordado há muito tempo, e estava esperando por ela. Sabia que ela estava muito cansada e não queria atrapalhá-la.
E ainda mandou Gabriel ligar para a escola tirar uma licença de falta pra ela.
- Não quero comer. – disse Chloé abanando a mão, e enfiou a cara nos braços, se escondendo.
Naquele momento, acordadíssima, Chloé estava indignada.
O que raios ela fez ontem à noite?
Ela não podia acreditar que ela tomou a inciativa de ter...
Agora ela estava seminua, e vinha pintadas de dor da parte de baixo do seu corpo.
Chloé agora tinha a certeza de que aquela sua primeira noite de “lua de mel” foi apenas um sonho.
Senhor era um grande babaca, mentiu pra ela!
O pior era que ela tinha acreditado nas suas palavras! Achava que a sua primeira vez tinha simplesmente evaporado!
Agora ela sabia, a primeira vez doía sim, e muito! Doendo tanto que ela queria desistir.
Ela agora só conseguia se lembrar da dor de seu corpo se rasgando.
E de Enrico dizendo:
- Aguenta um pouco, por mim, meu bem! Logo não vai mais doer, ok?
Ele estava sendo muito carinhoso, não parecia nem um pouco com o cara frio e orgulhoso que ele normalmente era. Ela nem imaginava que ele podia ser tão meloso, chamando-a de querida.
Ela tem apenas vinte anos, Enrico não pretendia tocar nela tão cedo. Mas, tem certas horas, quando a paixão sobe à cabeça, não é fácil de se controlar.
A grande palma dele pousou em sua cabeça, perguntando preocupado:
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Apaixonada pelo meu senhor
Plágio da segunda noiva ou ao contrário?...