Apenas Clara romance Capítulo 457

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Vagner Ribeiro viu o local subitamente mergulhar no caos, todos correndo em direção à saída e gritou:

— Pessoal, não entrem em pânico—

Mas ninguém parecia ouvir suas palavras.

Diante da contagem regressiva do dispositivo no telão, confrontados com a ameaça iminente de morte, a fragilidade da natureza humana se revelava por completo.

Só que as portas do salão estavam trancadas por dentro.

Todos estavam presos ali, sem nenhuma possibilidade de fuga.

Do lado de fora, os seguranças haviam desaparecido.

Gustavo Gomes e alguns marinheiros subiram do porão e, ao chegarem, a confusão já estava instaurada. Ele se dirigiu rapidamente a mim e a João Cavalcanti:

— Só restou um bote salva-vidas no barco. Todos os outros já foram levados. Imagino que, enquanto todos estávamos reunidos aqui no salão, o grupo deles já tinha partido, sorrateiramente.

Ao ouvir as palavras de Gustavo Gomes, Vagner Ribeiro empalideceu um pouco:

— Só um bote? Quantas pessoas ele comporta?

— Dez, talvez um pouco mais. — Gustavo Gomes lançou um olhar para a contagem regressiva no telão — Receio que não dê tempo.

— Exato. Mesmo que tentássemos nadar, a distância até a margem é impossível de ser percorrida. Sem contar que há idosos e crianças entre nós. Ricardo, sobre aquele caso de anos atrás, você—

Ele se virou, tentando conversar com o colega, mas percebeu que ele já não estava mais em seu lugar.

— Onde ele está?

— No bote salva-vidas. — João Cavalcanti fitava a porta ainda aberta.

Clara Rocha, subitamente atenta, murmurou:

— Eles vão embora sozinhos?

— Esse Ricardo Godoy, ele enlouqueceu! — Vagner Ribeiro estava tomado pela fúria e se preparava para mandar alguém detê-lo, mas já era tarde demais.

Do outro lado, alguém que tentava quebrar a janela gritou:

— Tem uma lancha! Alguém já está fugindo!