Com um sorriso excitado no rosto, ela olhou uma a uma as roupas dispostas no guarda-roupa.
Entre elas, havia um uniforme escolar...
A mulher ficou atordoada por um momento, com o olhar fixo no uniforme.
Depois de algum tempo, seu sorriso se tornou um pouco mais frio, como se tivesse tomado uma decisão, e tirou o uniforme, o vestindo.
Diante do espelho, a figura que apareceu era a de uma jovem colegial.
Depois do fim do casamento, quando os convidados já haviam se dispersado, o hotel começou gradualmente a voltar ao normal.
Mateus foi chamado por Nina e acabou se atrasando um pouco.
Depois de se despedir dela, Mateus desceu imediatamente.
— Onde está a senhora? — Mateus perguntou ao sair do elevador.
Paulo e Délcio o seguiam de perto.
— A senhora entrou no carro do Sr. Henrique e foi embora com ele. — Paulo olhou para Mateus, hesitando por um momento, mas finalmente resolveu falar. — Sr. Mateus, o Sr. Henrique tem andado muito atrás da senhora ultimamente. Precisamos fazer alguma coisa?
Mateus franziu a testa.
— Você conseguiria impedi-lo?
Paulo hesitou. Impedi-lo? Claro que não!
Ele tinha o Grupo QY, mas recentemente, também estava tentando investigar o tal Sr. Henrique.
Supostamente, o Sr. Henrique tinha vindo para a cidade JC apenas com uma assistente, mas na realidade, havia seguranças o acompanhando secretamente.
A família Castro tinha um histórico de envolvimento com o submundo, que remontava a três gerações.
Na geração passada, surgiu uma figura lendária que, em apenas dez anos, conseguiu legalizar todos os negócios da família Castro. Desde então, a família se transformou completamente.
Mesmo assim, a influência do submundo não desapareceu totalmente da família Castro.
Quando o Sr. Mateus começou a lidar com Ademir, ele designou seguranças para proteger secretamente a senhora, além de uma outra equipe de proteção.
E essas pessoas eram justamente subordinados do Sr. Henrique!
Mas...
— Sr. Mateus, não podemos deixar que ele continue atrás da senhora... — Paulo estava muito preocupado, mas ao ver que o Sr. Mateus parecia tranquilo, Paulo não conseguiu evitar desabafar. — E se o Sr. Henrique tiver más intenções em relação à senhora...
— Ele não terá! — A voz de Mateus era extremamente firme.
Essa firmeza deixou Paulo ainda mais surpreso.
Mateus olhou para ele e disse algo que Paulo não conseguiu decifrar:
— O Osvaldo está no País J recentemente.
"O Sr. Osvaldo? No País J? E o que isso tem a ver com o fato de o Sr. Henrique estar atrás da senhora?"
Paulo não conseguia entender.
Délcio passou ao lado dele e deu a ele uma dica:
— A base da família Castro é no País J.
Paulo parou por um momento.
"E daí?"
Ao ver a expressão confusa de Paulo, Délcio balançou a cabeça com desprezo, quase expressando sua opinião de que Paulo era tolo.
Paulo ficou irritado.
"Que olhar é esse?"
Paulo queria confrontá-lo, mas Délcio o ignorou, seguindo Mateus.
Mateus andava apressadamente. Ao virar uma esquina, de repente, uma pessoa esbarrou em seu peito.
— Ah... — Um grito de surpresa.
Parecia que, devido à força do impacto, a outra pessoa foi empurrada para trás, deu alguns passos e acabou caindo no chão.
Quem esbarrou nele era uma mulher.
A mulher no chão usava óculos escuros e máscara. Ela levantou o olhar para Mateus e, naquele instante, mesmo através dos óculos escuros, era possível perceber o pânico em seus olhos.
— De-desculpe...
Se não fosse pelo vídeo de vigilância que Mateus apresentou antes do casamento, Nina nunca teria permitido que Sérgio fosse reconhecido como membro da família.
No final, a culpa era de Dulce!
Na manhã em que Nina os encontrou no mesmo quarto, dormindo na mesma cama, ela soube que algo mais estava acontecendo.
Ela conhecia Mateus e sabia que ele havia sido manipulado.
Ela não gostava do comportamento de Dulce, mas, como ela estava grávida, Nina aceitou o casamento.
Só quando Mateus mostrou o vídeo a ela, foi que ela percebeu que Dulce era ainda mais ousada do que imaginava. Dulce havia enganado a família Mello!
Assim, ela consentiu com o plano de Mateus a partir daquele momento.
Quanto a Sérgio...
— Elder sempre criou esse filho em segredo. Agora que Ademir se foi, é hora de conhecer esse Sérgio. — Disse Nina, com uma expressão pensativa.
No entanto...
— Sem minha permissão, a Srta. Dulce, da família Figueiredo, não pode pôr os pés na velha mansão.
Embora o casamento tivesse acontecido, Nina ainda a chamava de "Srta. Dulce", claramente não a considerando parte da família Mello.
— Sim. — Respondeu o mordomo.
O tumulto na casa principal estava ficando cada vez mais intenso.
Se podia ouvir os gritos de Elder, seguidos pelo som de objetos sendo destruídos.
Durante todo esse tempo, a expressão de Nina permaneceu inalterada. Só depois de terminar de podar as flores e colocar as ferramentas de lado, ela se lembrou do bordado que havia começado na biblioteca...
— Aquela Valentina da família Freitas é realmente interessante.
Era raro Nina se interessar por alguém.
Desde aquele jantar de família, Nina mencionou Valentina mais de uma vez.
O mordomo, ao ouvir isso, sugeriu:
— Então, devo convidar a Srta. Valentina para vir à Mansão novamente?

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