Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 10

Sem o trabalho de meio período, Karina teve que viver de maneira humilde e precisava encontrar outro emprego o mais rápido possível.

No entanto, como ela esperava, devido ao seu estágio já ser muito ocupado e não ter tempo livre, encontrar um trabalho de meio período não estava sendo fácil.

Durante uma semana inteira, Karina passou todos os dias procurando trabalho, comendo apenas alguns pedaços de pão quando estava com fome, o que a deixou visivelmente mais magra.

Hoje não foi diferente. Karina terminou seu turno noturno e planejava continuar procurando emprego.

— Karina.

Helena, que também era estagiária, deu um tapinha no ombro dela:

— O Sr. Antônio te chamou no escritório dele.

Karina ficou surpresa:

— Você sabe por que ele quer falar comigo?

— Não sei. — Helena balançou a cabeça. — Vou coletar sangue agora. Vá rápido.

— Certo.

Karina franziu a testa, sentindo que essa situação lhe era estranhamente familiar. Sem perder tempo, se dirigiu ao escritório de Antônio.

Antônio era o chefe do departamento e também o responsável pelos estagiários.

Karina bateu na porta:

— Sr. Antônio, o que se passa?

— Sim. — Antônio olhou para ela e assentiu. Quando falou, havia uma nota de incerteza em sua voz. — Karina, recebi uma notificação do hospital, você foi suspensa do estágio. A partir de amanhã, você não precisa mais vir.

Karina ficou paralisada, seus olhos se arregalaram de choque.

— Como assim?

Antônio balançou a cabeça:

— Eu também não sei, perguntei por que fizeram isso, mas só me disseram para cumprir a ordem.

Como professor, ele sabia que Karina era a melhor entre os estagiários dessa turma. Seja na teoria ou na prática cirúrgica, ela era impecável.

Antônio estava realmente perplexo:

— Você não tem nenhuma ideia do que pode ter causado isso?

Que ideia ela poderia ter?

De repente, o coração de Karina deu um salto, e ela teve uma suspeita.

“Deve ser ele! Ademir!”

As lágrimas começaram a se acumular nos olhos de Karina, sua voz tremia quando ela falou:

— Sr. Antônio, não há nada que possa ser feito? O senhor pode falar com a direção por mim?

Antônio negou com a cabeça:

— Se fosse uma decisão do chefe do departamento, eu poderia intervir, mas isso veio da alta administração do hospital, então realmente não há nada que eu possa fazer.

— Entendi, obrigada, Sr. Antônio.

Saindo do escritório de Antônio, Karina sentiu um frio percorrer seu corpo. Ela agora entendia claramente: Ademir tinha dito que tinha mil maneiras de fazê-la pagar, e ele não precisava de todas essas maneiras, apenas essa única ação já era suficiente.

Com o estágio interrompido, ela não poderia se formar. Sem a formatura, todos os anos de estudo seriam em vão. Ele estava destruindo o futuro dela!

Não, ela não podia deixá-lo destruí-la! Ela precisava encontrá-lo e implorar para que a deixasse em paz!

Karina pegou o celular e, com as mãos trêmulas, discou o número dele. Como esperado, ele não atendeu.

Karina cobriu os olhos com a mão, as lágrimas finalmente escorrendo.

Por que o destino era tão injusto?

Durante mais de dez anos, a família Costa tinha atormentado ela e seu irmão, fazendo todas as maldades possíveis sem sofrer as consequências.

E agora, por uma única vez que ela retaliou, seria condenada ao inferno?

Mas Karina não estava disposta a desistir.

Se Ademir não atendia suas ligações, como ela poderia encontrá-lo?

Havia uma solução, esperar por ele na porta do quarto de hospital de Otávio.

Ademir era extremamente dedicado a Otávio e, mesmo com a agenda mais ocupada, ele visitava o hospital todos os dias.

Karina foi imediatamente para aquele prédio, preparada para esperar a chegada de Ademir. Mal chegou ao térreo quando viu Ademir saindo pela porta, acompanhado de Júlio.

Os olhos de Karina estavam avermelhados, e ela correu até ele. Quando falou, sua voz estava cheia de cautela e humildade: