Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 9

— Júlio, saia da frente.

Ademir empurrou Júlio, o olhar frio substituindo a raiva de antes, retomando sua habitual expressão aristocrática e distante. Ademir falou friamente:

— O que você quer?

— Foi você que mandou me demitirem?

— Sim. — Ademir a olhou de relance. — Já respondi sua pergunta, Júlio, vamos.

— Sim, irmão...

— Espere! — Karina correu alguns passos para bloquear o caminho de Ademir. — Foi meu erro!

Karina mordeu o lábio inferior, falando com humildade. Ela realmente reconhecia seu erro! Quis usar o casamento para se vingar da família Costa, mas esqueceu que Ademir não era alguém com quem ela pudesse brincar. Foi pura imprudência dela!

— Eu imploro, não deixe que me demitam, este trabalho é muito importante para mim!

Ela estava no último ano da faculdade, ainda estagiando, e como estagiária não recebia salário. Dependia totalmente desse emprego de meio período para sobreviver. Os olhos de Karina estavam enevoados, parecendo que iria chorar a qualquer momento, ela suplicou:

— Não deveria ter voltado atrás, eu concordo com o divórcio...

Antes que ela terminasse de falar, os dedos longos e ossudos do homem apertaram com força seu queixo.

— Você acha que pode decidir se divorciar ou não à vontade? — Ademir estava no auge da fúria, suas feições irradiavam uma raiva intensa. — Quem você pensa que é para me provocar repetidamente? Você é muito ousada!

Depois de dizer isso, Ademir a empurrou com força.

— Saia daqui! Desapareça da minha frente!

Karina o bloqueou novamente:

— Ademir!

Ademir franziu a testa:

— Saia, não entende o que estou dizendo?

— Foi minha culpa. Eu não deveria... — Karina levantou os olhos para ele, com as órbitas vermelhas. — Por favor, me dê uma chance, minha vida já é muito difícil, eu realmente preciso deste trabalho...

Ademir, com o rosto bonito e sombrio, frio e desdenhoso, respondeu:

— Do que você está falando?

Vida difícil? Quem foi que gastou 200 mil reais do cartão dele?

As pessoas que trabalhavam no Clube de Lazer Yayoi podiam ser de dois tipos. Algumas realmente buscavam um salário alto. Outras usavam o emprego como trampolim. Ganhar um bom salário enquanto conheciam pessoas ricas, se tornando amantes para tirar algum proveito ou até mesmo se casar com alguém de uma família influente.

Esse tipo de mulher ele já havia visto muitas vezes.

E, claramente, Karina era do segundo tipo. Aquele “ferimento” dela provavelmente era obra de algum “cliente”!

Ademir deu um olhar gélido e sarcástico:

— Eu acho que, na verdade, eu impedi você de flertar com homens ricos.

— O quê? Que acusação é essa?

Karina ficou chocada e rebateu:

— Eu não fiz isso...

— Não, você fez! Se eu não estou feliz, você também não vai estar! Júlio, vamos embora. — Disse Ademir, se virando e saindo.

O belo rosto de Karina ficou sem expressão, enquanto ela mordia os lábios, segurando as lágrimas.

Já que não havia mais volta, as lágrimas e o arrependimento eram igualmente inúteis...

Dentro do carro de luxo.

A raiva de Ademir ainda não tinha passado, mas o telefone tocou.

Eunice chorava do outro lado da linha:

— Sr. Ademir! Finalmente você atendeu! Você vai realmente abandonar Vitória? Minha pobre Vitória...