Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 107

Só ela tinha a capacidade, só assim ela e o irmão poderiam viver como seres humanos!

— Solte! — Vitória finalmente se soltou dela, se levantando de repente e apontando para ela com escárnio. — É claro que eu sei o que a carta de admissão significa para você! Justamente porque eu sei o que ela significa, eu a rasguei!

— O quê?!

Os lábios de Karina tremeram:

— Repete isso!

— Eu disse... — Vitória jogou o cabelo para trás da orelha, falando de forma lenta e venenosa. — Rasguei! Eu rasguei a carta de admissão!

Então Vitória soltou uma risada maníaca.

— Eu sei que você tem ótimas notas! E daí? Seu futuro foi destruído por mim! Você está destinada a passar o resto da vida sob os meus pés!

Karina abriu a boca, mas por muito tempo não conseguiu dizer uma palavra sequer.

A Vitória diante dela parecia um demônio!

Esse demônio era a prova da traição de seu pai, a mulher que havia tirado seu pai de sua mãe e destruído sua família!

Agora, até mesmo seu futuro, Vitória havia arruinado!

Era uma boca de demônio!

Karina apertou os punhos com tanta força que seus ossos estalaram! De repente, ela se lançou sobre o demônio!

Karina derrubou Vitória no chão, suas mãos apertando o pescoço dela.

O rosto de Karina estava molhado, mas seus olhos permaneciam secos, enquanto ela gritava:

— Com que direito você escondeu a carta do Nuvem para mim?! Você nos separou por três anos! E agora você escondeu a minha carta de admissão!

— Com que direito? Porque você é desprezível! Desde pequena, só sabe atrair os homens! O que você tem de tão especial? Por que o Túlio te ama tanto?! — Na época, quando Túlio e Karina estavam juntos, Vitória já morria de inveja. — E agora, o mesmo está acontecendo com o Ademir, mal consegui conquistá-lo, e você quer roubar ele também!

Vitória continuava cada vez mais descontrolada:

— Você ainda quer continuar estudando? Eu vou acabar com você!

— Quer me destruir? Tudo bem, então vamos nos destruir juntas! — Karina arregalou os olhos, apertando ainda mais.

Vitória ficou apavorada:

— Karina, o que você está fazendo? Solta...

Mas as mãos de Karina apertavam cada vez mais o pescoço dela.

Vitória começou a revirar os olhos descontroladamente, a respiração ficando cada vez mais difícil.

Sem querer, seu braço empurrou Karina para o chão.

Uma dor aguda percorreu o braço de Karina, e logo o cheiro de sangue se espalhou pelo camarim.

Ela olhou para baixo e viu que o braço havia sido perfurado por uma navalha de sobrancelhas que estava caída no chão.

Erguendo os olhos, Karina viu Ademir segurando Vitória nos braços. Em poucos instantes, ele a levantou e começou a caminhar em direção à saída.

Com a voz fria, Ademir gritou:

— Enzo, Bruno!

— Ademir...

Eles se foram.

Karina permaneceu caída no chão, e seus olhos, que antes estavam secos, agora se encheram de lágrimas.

Ela fechou os olhos e as lágrimas começaram a cair silenciosamente.

Nesse momento, a agente de Vitória, Nadia, entrou no camarim acompanhada por seguranças.

— Rápido! É ela! Peguem-na!